Proposta para os Museus de Arte.
Os museus de arte se destacam como
instituições facilitadoras do desenvolvimento cultural e educacional, um espaço
privilegiado de produção, reprodução e divulgação de conhecimento a serviço do
pensamento crítico da sociedade e sua historia. Em particular os museus de arte
tratam das artes visuais, como é o caso do Museu de Arte Moderna da Bahia,
(MAM-BA) idealizado pela arquiteta Lina Bobardi para também ser um museu
escola. Ao conciliar a arquitetura histórica com a intervenção interna, mesclar
a preservação do antigo com as exigências contemporâneas indispensáveis a
instalação de um museu, a arquiteta criou o que hoje é um espaço para reflexão
cultural de reconhecimento nacional e internacional.
O Conceito atual de museu, com suas
atividades socioculturais, lhe deu visibilidade, por assumir um importante e poderoso
papel na economia e na credibilidade da imagem de uma cidade. Nas palavras de
Mário Pedrosa no texto “Arte Experimental e Museus” publicado em 1960, diz ele:
“ Diferente do antigo museu, do museu tradicional que guarda em suas salas as
obras primas do passado, o de hoje é, sobretudo, uma casa de experiências. É um para- laboratório . É dentro dele que se
pode compreender o que se chama de arte experimental, de invenção”. Ou seja,
uma arte que se relacione com a cidade de forma viva.
O MAM-BA faz parte desse novo conceito
de museu.
Historicamente, mas, sobretudo pela
natureza do objeto a que se dedica, que é o de implementar e difundir as artes
visuais, é que o Museu de Arte Moderna
esteve sempre vinculado á fundação Cultural do Estado, instituição com a qual fez o diálogo pertinente; o diálogo
das linguagens Artísticas atuais.
No ano de 2003, no Governo Paulo Souto,
os museus foram retirados da estrutura da Fundação Cultural do Estado da Bahia
e incorporados ao IPAC (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia).
Nós Artistas Plásticos, abaixo
assinados, em reunião no MAM-BA, (destacamos nessa oportunidade a presença de
Chico Liberato, Diretor por 12 anos do museu) para discutirmos uma pauta que
contemplava temas como Reforma do museu, Revitalização das Oficinas, Bienal da
Bahia, Salões e Projetos Expositivos, sugerimos a discussão de um tema
fundamental para a plena realização do MAM-BA, como de resto, dos museus de
arte: a volta dos museus ao seu lugar de origem, ou seja, a Fundação Cultural
do Estado da Bahia. Esta reivindicação,
há muito tem sido expressa pelos Artistas Visuais, às gestões anteriores do
IPAC e da Secretaria Estadual de Cultura.
Depois de exaustiva discussão, nós artistas,
pelo já exposto acima, e por compreendermos a natureza da Instituição IPAC como
um órgão fundamental na preservação do patrimônio material e imaterial do
Estado da Bahia, inclusive do sítio histórico do Solar do Unhão e por considerarmos que o diálogo das linguagens,
carece de uma interlocução que se afeiçoe à natureza dos museus de arte. Decidimos
por levar o nosso pleito ao Exmo. Secretario de Cultura, Sr. Jorge Portugal e
subsequentemente ao Exmo. Governador do Estado da Bahia, Dr. Rui Costa.
Imbuídos do espírito cooperativo, e do
estrito desejo de colaborar com a gestão da cultura na Bahia, ao tempo em que
manifestamos o nosso apreço ao IPAC, subescrevemos:
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