Fomos surpreendidos eu e alguns participantes da Exposição Geração 70, realizada em 25 de julho de 1985, da qual fui o curador , reunindo alguns dos artistas desta geração numa mostra que foi um marco de tudo que tinha sido feito em termos de exposição na Bahia.
Basta dizer que na abertura da mostra até o trânsito ficou complicado no Corredor da Vitória, especialmente nas proximidade do Museu de Artes da Bahia.Foram apresentados números de Dança, coordenada por Lívia, música com Andrea Daltro e a Orquestra do maestro.., além de performance de teatro.
Estranhamente tomei conhecimento que os artistas Zivé e outros estariam organizando uma exposição , como se fosse uma retrospectiva, desta mostra e que estariam descartando alguns artistas da primeira exposição. Acho isto uma atitude grosseira e anti-profissional, além de ser uma ingratidão com todas as pessoas que promoveram e participaram da verdadeira Geração 70.
Esta postura divisionista e individualista de algumas pessoas tem prejudicado em muito os artistas baianos, pois, essas pessoas teimam em criar igrejinhas ou clubinhos fechados , e se acham os representantes de uma geração que tem uma abrangência bem maior.
Tendo sido o curador da mostra Geração 70 jamais imaginei que pudesse se esgotar naqueles nomes que integraram a primeira mostra.Inclusive, iríamos realizar, na época, outra mostra com o nome Geração 70 II para contemplar vários artistas que ficaram fora da primeira.
A razão da limitação naqueles nomes foi porque o dinheiro que conseguimos para realizar o evento, graças ao empenho de Heitor Reis, que na ocasião era Diretor da Fundação Cultural do Estado,não daria para uma mostra maior.Também, o espaço concedido pelo Museu não caberia todos de uma só vez.
Mas, as desavenças foram tantas, e alguns tentaram até fazer uma mostra paralela, que diante de tanta confusão terminei por desistir de dar continuidade a este projeto.
Pensei depois em levar adiante este projeto mesmo com a posição contrário de muitos.
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