Sou a favor que estas restaurações, mesmo que o autor do monumento histórico ou artístico ainda esteja na ativa, ser preciso fazer uma licitação pública ,evitando apadrinhamentos que não mais é admissível nos tempos atuais.
Entendo que deve constar nessa licitação um dispositivo legal para que a restauração seja acompanhada pelo autor, se ainda estiver vivo ou mesmo por seus descendentes, para evitar descaracterização como já aconteceu com algumas realizadas na Bahia.
Quanto ao valor a ser pago pelo trabalho de restauração ganhará quem oferecer o menor preço e se propuser a realizar um trabalho dentro da técnica , obedecendo as características do monumento.
Está havendo uma discussão em torno da escultura Ode a Jorge Amado, inaugurada em 1985 em homenagem ao escritor baiano.
Esta escultura já foi completamente modificada, porque em sua estrutura central o seu autor Calasans Neto ( 1932-2006) havia colocado várias máquinas de escrever. Com o tempo algumas dessas máquinas enferrujaram e se soltaram da estrutura. Não tenho certeza se Calá ainda estava vivo ,quando foi feita uma restauração e as máquinas que restavam foram retiradas e substituídas por letras.
Estão questionando o valor cobrado por Tati Moreno ( R$ 686 mil ) para restaurar a escultura. O valor do trabalho artístico tem um conteúdo técnico,criativo e outro subjetivo. Daí a importância da realização de licitação pública para evitar dúvidas e democratizar a participação.
Outra escultura de Calasans Neto - Metamoforse - que fica no final de linha de Itapuã, bairro onde ele morava, está completamente deteriorada , precisando de restauração. A exemplo dessas duas esculturas
vários monumentos da Cidade estão necessitando de um trabalho criterioso de restauração.
A iniciativa privada poderia colaborar com a Prefeitura e o Estado na recuperação desses monumentos . Em todos os países do mundo civilizado os monumentos e obras artísticas públicas são pontos importantes de referência e de visitação de turistas.
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