Foto 1. Paulo Guinho na EBA. Foto 2. O artista com obra que expôs na Galeria Cañizares. |
Disse que ao
entrar na Escola de Belas Artes tinha poucas referências pontuais de pessoas
que trabalhavam com fibra de vidro entre eles Juarez Paraíso, Márcia Magno,
Renato Viana e Nanci Novaes. Trouxe esta experiência que já tinha na prática -
pois desde 1985 que usava este material - para a academia, e passei a fazer
esculturas aqui. Lembra "registrei aqueles trilhos que existem no Solar do
Unhão, onde funciona o Museu de Arte Moderna da Bahia, que eram utilizados no
Brasil colonial para transportar em carros especiais as mercadorias que
chegavam em saveiros e outros barcos do Recôncavo e depois embarcadas para a
Europa." Lecionou em escolas públicas e privadas durante vinte anos. Quando ganhou a bolsa para estudar em Valencia, na Espanha,
continuou registrando o solo, agora daquela cidade, porém em formato menor
porque além de pesar muito o bronze custava na época que esteve por lá nove
euros por quilo, o que hoje equivale a cinquenta reais por cada quilo. Mesmo
assim nos nove meses que passou produziu quarenta e cinco peças. Foram na
maioria peças em formatos pequenos porque uma peça em bronze de 15 cm x 15 cm
pesa em média 1,5 Kg, e tinha outras um pouco maiores.
QUEM É
Paulo Guinho falando de suas ideias para o fortalecimento da Escola de Belas Artes. |
O Paulo Roberto
Ferreira de Oliveira ou Paulo Guinho, como assina suas obras, nasceu em 25 de
agosto de 1966, no bairro de Amaralina, em Salvador. Depois foi morar no STIEP
onde permaneceu por mais de trinta anos. Este bairro surgiu após a construção
de um conjunto habitacional de casas para os funcionários da Petrobras, daí o
nome STIEP que significa Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Extração
de Petróleo, e o pai do artista Glicério Temístocles Freitas Oliveira era um
dos trabalhadores que foi beneficiado com a construção de uma casa. Sua mãe
Ivanise Maria Ferreira Oliveira era funcionária pública. Quando criança gostava
de ficar desenhando e muitas vezes sozinho. Seu avô Pedro da Costa Ferreira
percebendo que o neto gostava de pintar e de desenhar sempre trazia algum
material como lápis de cor e cartolina para incentivar o seu talento. Estudou o
primário na Escola Santa Terezinha, no STIEP, e depois fez o ginásio no Centro
de
Paulo Guinho trabalhando numa escultura de resina. |
Guinho usando o aerógrafo numa prancha de surf . |
A ESCOLA
Prédios da Escola de Belas Artes e da a Galeria Cañizares , no Canela . |
A Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia teve e tem um papel fundamental na formação e no desenvolvimento das artes visuais em nosso Estado. Por lá passaram milhares de mestres e alunos que deixaram seus legados em obras de arte que hoje estão nos acervos de museus espalhados pelo país e até no exterior. No site da EBA você fica sabendo que a "Academia de Belas Artes da Bahia foi fundada em 17 de dezembro de 1877. Passou a ser denominada Escola de Belas Artes da Bahia em 1891, por força da Reforma do Ensino Secundário e Superior da República feita por Benjamin Constant. É a segunda Escola Superior da Bahia e a segunda Escola de Artes do Brasil. Em dezembro de 1948 passou a integrar a então instituída Universidade da Bahia. Atua no Ensino, Pesquisa e Extensão e está subordinada ao Estatuto e Regimento Geral da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Disse seu atual diretor Paulo Guinho que a Escola de Belas Artes oferece quatro cursos de graduação. São três bacharelados – Artes Visuais, Design e Superior em Decoração – e uma licenciatura em Desenho e Plástica. Atende alunos de pós-graduação nos cursos de Mestrado, Doutorado e Especialização
em Arte Educação. Está localizada na Rua Araújo Pinho, número 212, Campus do Canela, tem sede neste imóvel do século XIX , casarão da Galeria Cañizares, pavilhões de aulas, laboratórios e áreas do entorno. Foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia por meio da lei nº 8.895 de 16 de Dezembro de 2003 e pelo Decreto de Tombamento nº 8722, de 05 de Novembro de 2003, quando a EBA passa a ser considerada Patrimônio Cultural da Bahia.
Bloco de mármore Bege da Bahia sendo esculpido por Guinho. |
"A Conquista", acrílica sobre tela, de 2006. |
Atualmente conta com 680 alunos matriculados, sendo que as aulas presenciais ainda sofrem reflexos da pandemia que paralisou o ensino em todo o país, e as aulas passaram a ser feitas virtualmente. Já teve mais de um mil alunos matriculados e Paulo Guinho está empenhado em promover ações que venham a fortalecer ainda mais a EBA, que também está necessitando de melhorias em seu espaço físico. Tem um pavilhão em péssimas condições, necessitando de uma reforma total e mesmo outros espaços importantes. Para ministrar as aulas conta com quarenta e sete professores, sendo a grande maioria do corpo docente formado por doutores e mestres. O Paulo Guinho ressaltou ainda a importância do Núcleo de Apoio a Pesquisa e Extensão -NAPEX onde os professores e alunos visitam as escolas públicas e privadas para falar da importância da arte na sociedade e procurando sensibilizar os jovens para se dedicarem às artes . Também promove cursos livres abertos ao público externo. A propósito vão abrir agora inscrições para os cursos livres de Litografia, Desenho, Pintura e Computação Gráfica. Realiza ainda anualmente doze exposições na Galeria Canizares e igual número na Galeria do Aluno com o objetivo de mostrar a arte produzida por seus professores , alunos e mesmo por artistas oriundos da EBA. Além de promover anualmente a Feira de Arte e Design que este ano será realizada de 4 a 6 de setembro , onde os alunos poderão ter contato com o público exterior para mostrar e comercializar os seus trabalhos. Tudo isto é uma forma de inserção no mercado de arte e também para que interajam com a sociedade.
Achei excelente além de falar sobre os artistas de nossa terra a sua matéria de hoje é sobre esse artista, colegsa que tenho grande admiração
ResponderExcluirPerfeito.
ResponderExcluirLeonel Rocha Mattos
ResponderExcluirReynivaldo o que você tem feito como resgate é maravilhoso, eu particularmente nunca ouvi falar em Paulo Guinho..
Domingos Dantas Brito
ResponderExcluirUm artista completo.
Benjamin Brito Gama Junior
ResponderExcluirPalmas
Laudicea Rocha Reis
ResponderExcluirPalmas
Graça Ramos
ResponderExcluirPessoa maravilhosa!
Juan Carlos Barr
ResponderExcluirbom dia feliz fim de semana
Ivo Neto Artes
ResponderExcluir👏👏👏👏👏
Maria Das Graças Santana
ResponderExcluirParabéns ,sempre homenagem a cultura e a arte baiana. Maravilhoso.
atelier.maria.adair
ResponderExcluir·
MUITO BOM REYNIVALDO !!!
Parabéns para você e para a nossa escola ...
Fernando Freitas Pinto
ResponderExcluirPaulo Guinho é um Belo Professor da Escola de Belas Artes. Tenho admiração pelo seu trabalho. Abraços para o Professor e o Critico de Arte e Jornalista Reynivaldo Brito.
Janete Maria Dos Reis
ResponderExcluirExcelente!
Edicarlos Santana
ResponderExcluirParabéns pelo seu trabalho
Berenice Carvalho
ResponderExcluirParabéns Reynivaldo! Gosto muito do seu trabalho, porque leva bem estar e alegria para os artistas da nossa terra.
Parabéns Paulo e muito sucesso!
Terezinha Cezar Viana
ResponderExcluirBravo!
Genilda Braz de Macedo
ResponderExcluirPalmas
Graça Gama
ResponderExcluirParabéns Reynivaldo sempre nos mostrando grandes artistas baianos. Não conhecia o trabalho de Paulo Guinho
Lígia Aguiar
ResponderExcluirMuito bom, Reynivaldo, conheci Paulo Guinho recentemente, porém não sabia do seu lado artístico. Obrigada pelo belo e informativo texto. Parabéns ❤️
Norma De Athayde Couto
ResponderExcluirParabéns à Reynivaldo e Paulo Guinho
Ivanbarretto Barretto
ResponderExcluirParabéns mano
Graça Gama
ResponderExcluirParabéns Reynivaldo sempre nos mostrando grandes artistas baianos. Não conhecia o trabalho de Paulo Guinho
Luciana Brito
ResponderExcluir👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻