Foto Google |
O baiano Rubem Valentim na 16ª Bienal de São Paulo, com uma das peças do conjunto Templo de Oxalá,que está exposto na Capela do Solar do Unhão. |
Os museus e outras instituições culturais baianas estão carentes de recursos porque o Governo do Estado não mostra sensibilidade para com a nossa cultura. Isto vem acontecendo há alguns anos , e agora piorou. A preocupação do momento são as eleições municipais.
Estive no Museu de Ciência e Tecnologia, e só na entrada, já dá para sentir a situação do museu com o mato tomando da cerca, um velho outdoor enferrujado na entrada principal, ondulações na pista cheias de poças d'água, e assim por diante. (Leia reportagem sobre a situação deste museu - Museus Abandonados em nosso país, 17 de maio deste ano ,neste blog).
Recentemente, visitei o Museu Calouste Kulbenkian, em Lisboa, e pude sentir a grandiosidade daquela instituição , que estava com um público grande em seus jardins e nas salas de exposição. Vi muitos turistas, e todos são obrigados a contribuir, como acontece com monumentos e museus que a gente visita fora do país. Aqui é gratuito e mesmo assim muitos baianos não visitam e não conhecem os museus.
Obra de Reinaldo Eckenberger |
Portanto, você que mora em Salvador precisa visitar nossos museus. Passei uma tarde agradável e renovadora no Mam-Ba onde pude visitar exposições, que podem ser levadas para qualquer museu do mundo, especialmente a chamada "40 Anos de Linguagem Contemporânea no Mam", que ocupa o belo salão principal do Solar do Unhão, e a da Capela,que abriga o conjunto de obras "Templo de Oxalá", de Rubem Valentim.
Este salão do Solar do Unhão foi redesenhado pela saudosa arquiteta Lina Bo Bardi, e ganhou sua portentosa escada. Ali estão expostas obras do acervo do museu de autoria dos artistas :
Gravura de J. Cunha na mostra PA |
A terceira mostra chamada de Prova do Artista - PA apresenta trabalhos que foram produzidos pelos artistas colaboradores e alunos nas Oficinas de Múltiplos. O Mam-Ba organizou uma exposição, utilizando inclusive materiais que estavam disponíveis por lá, e assim, o visitante pode apreciar e comprar a preços convidativos trabalhos em litogravura e xilogravura de autoria de Sérgio Rabinovitz,GuacheMarques,Almandrade,J.Cunha,Ceceu, Eliezer Bezerra,Caetano Dias,Gabriel Arcanjo, Antônio Tarsis, Zivé e Bel Borba .
PALAVRA DO DIRETOR
Veja o que escreveu o diretor do Mam-Ba, Zivé Giudice sobre esta iniciativa :
O diretor do Mam-Ba Zivé Giudice |
A ressignificação
dos museus de arte iniciada na década de 60 apontava para a compreensão do museu como uma casa de reflexões, onde a arte experimental poderia ser
compreendida e não mais o lugar de guarda do objeto consagrado, frequentado
pelos especialistas.
Na metade dos
anos 70, o Mam organizou um extenso calendário com simpósios, debates e
exposições, com a presença de artistas e críticos renomados, com o propósito de
repensarem o museu e adequá-lo a esse novo conceito do museu de arte do
século XXI.
Exposições
como a Cadastro, Agora Mostra Sete, Agora Mostra Quatro, Exposição Proposta e a
criação das Oficinas de Múltiplos, objetivamente iniciam o flerte do Mam-BA com
as linguagens contemporâneas."
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