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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A LUZ E SOMBRA NA CIDADE DO SALVADOR

JORNAL A TARDE, SALVADOR,  SÁBADO, 30 DE DEZEMBRO DE 1978



Cada canto um ponto de luz. A cidade parece sorrir num jogo de luz e sombra.Luzes que acendem nos prédios públicos e particulares, nas sacadas dos apartamentos e até mesmos nos casebres mais humildes e necessitados das favelas e invasões. Algumas são verdadeiras, expressões plásticas, principalmente quando a noite desce e as luzes amarelas, vermelhas, verdes, azuis e brancas começam a piscar incessantemente.
A cidade recebeu um banho de luz. E esta coluna não poderia deixar de registrar esta manifestação espontânea de toda comunidade. Não podia porque esta manifestação reflete não um simples ato artesanal, mas uma manifestação artística, principalmente quando seus autores anônimos conseguem criar, com essa luzes, expressões fantásticas apenas o pinheiro europeu ou a barba de algodão dos Papais Noéis cansados de tudo. Cansados até de carregar os sacos vazios, porque na verdade está difícil enchê-los para retirar depois o próprio sustento, quanto mais para distribuir presentes com tantos pretendentes e necessitados.
Daí prefiro tirar deste final de ano proveito desta espontaneidade das luzes, expressões, como agora, superou a própria Prefeitura que não iluminou a cidade como devia. Portanto, quando você passar pelo Vale do Bonocô, pela Avenida Otávio Mangabeira, pelos bairros residenciais, mesmo aqueles mais humildes, olhe com cuidado que verá um ponto qualquer de luz contrastando com o negro da noite. Olhe e medite pois apesar de tudo as pessoas continuarão pintando paisagens fazendo arte experimental, fazendo esculturas de troncos embrutecidos e também colocando em cada lugar um ponto de luz.
Estas palavras são dedicadas a todos estes artistas anônimos que souberam usar a luz e a sombra para embelezar a cidade com seus objetos de arte, com duração determinada.
Quando o Ano-Novo chegar certamente serão retirados, porque já cumpriram o seu papel, mas ficarão gravados nas memórias daqueles souberam admirá-los.
As fotos são de Lourdes Barbosa.



           ROUBARAM QUADRO DE REMBRANDT

Obra Retrato de um Rabino, roubada 
Um quadro de Rembrandt, avaliado em 1 milhão de dólares (20 milhões e 920 mil cruzeiros, foi roubado do museu M.H. Deyoung de São Francisco, situado no parque de Golden Gate, segundo informou a polícia.
Os policiais disseram que os ladrões entraram por uma clarabóia que não estava ligada ao sistema de alarme. O museu não tinha guardas. O roubo foi acontecer num domingo, mas só foi descoberto no dia seguinte.
Além do quadro de Rembrandt o Retrato de um Rabino, os ladrões levantaram mais três obras de mestres Holandeses do século XVII- Delorme, Van de Vale e Van der Neer- avaliadas, em conjunto, em 60 mil dólares (1 milhão de 255 mil cruzeiros).
O diretor do Museu, Ian White, revelou que os ladrões retiraram a clarabóia um painel de vidro reforçado com fios de aço, e pularam um espaço de dois metros, caindo no teto da galeria.
Os ladrões entraram por esta
clarabóia acima
Então, retiraram um gradil e desceram por uma corda o pularam para o chão da galeria, numa distância de quatro metros. Os ladrões fugiram pela mesma via, usando um baú de madeira de carvalho do Século XVIII, de 270 quilos de peso, como ponto de apoio.
Mais três quadros, inclusive outro Rembrandt, O Retrato de Joris de Caullery, também avaliado em 1 milhão de dólares, foram retirados das paredes, mas não chegaram a ser levados leos ladrões.
Quando os dois guardas do museu se retiraram, às 17:00 horas (22:00 em Brasília de domingo, os quadros ainda estavam no local. O roubo foi descoberto dia 25 às 09:00, quando os guardas voltaram ao serviço.
O mesmo quadro de Rembrandt tinha sido alvo de outra tentativa de roubo há três meses. Um guarda, porém, descobriu um ladrão no interior da galeria e disparou sua arma. O ladrão conseguiu fugir.
O roubo poderia ter sido cometido sob encargo de algum colecionador clandestino de arte, segundo comentou hoje o detetive particular Arnold Miller, que o investiga.

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