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sábado, 12 de julho de 2025

MARISTELA RIBEIRO E SEU DIÁLOGO CONTEMPORÂNEO COM AS RUAS

A artista Maristela Ribeiro
trabalha em mais uma obra.
A artista Maristela Ribeiro iniciou seu percurso artístico em meados dos anos de 1990 nos salões de arte. A partir daí participou com frequência de dezenas de coletivas, salões e bienais na Bahia, aqui e em outros estados brasileiros, assim como no exterior, tendo sido algumas vezes premiada. É doutora em Artes Visuais, mestra em Poéticas Visuais e graduada em Artes Plásticas e suas obras estão em acervos públicos e privados. Desde 2004 realiza intervenções em espaços públicos, ruínas, edifícios abandonados e museus. Maristela “desenvolveu composições de poder evocativo, dando visibilidade a indivíduos reais, invisíveis na sociedade e propondo novos significados a lugares ou objetos, por meio da imbricação destes, com a Fotografia.” Costuma utilizar a ilusão de ótica como recurso poético, trazendo estranhamento e alteração na percepção do espectador, dessa forma, encontra diversas maneiras de falar sobre um determinado lugar, sua cultura, seu entorno e sua história. O conjunto do seu trabalho mostra preocupação com aspectos sociais e abre uma reflexão quando aborda questões sobre gênero, vulnerabilidade, solidão, universo cotidiano, desigualdade social e outros temas relevantes na sociedade contemporânea.  Portanto, sua pesquisa busca fazer uma reflexão sobre os modos de construção de imagens, tendo como fio condutor uma poética com ênfase na fotografia, baseado nos projetos artísticos realizados em Morrinhos, Feira de Santana, Bahia e em Cabanyal, Valencia, na Espanha.

Série As Meninas em acrílica sobre  tela
 que fez durante a pandemia, 2021.
A Maristela Almeida Santos Ribeiro nasceu em dezoito de maio de 1960 em Feira de Santana e oito meses depois seus pais Antônio Almeida Filho e Edla Santos Almeida foram morar em Itaberaba. Lá fez o primário na Escola Góis Calmon, que era anexada ao Colégio Estadual de Itaberaba, e ao terminar o ginásio veio estudar em Salvador no Colégio das Sacramentinas, no bairro de Fazenda Garcia. Em 1975 prestou vestibular para Licenciatura em Desenho e Artes Plásticas, na Universidade Católica de Salvador - UCSAL. Casou e logo depois decidiu fazer um curso de especialização em Varzinha, interior de Minas Gerais, quando se especializou em Metodologia do Ensino. Ao concluir o curso voltou para Feira de Santana passando a ensinar no Colégio Estadual Gastão Guimarães para os multiplicadores de professores de arte. Foi nesta época em 1995 que o então reitor professor Josué da Silva Mello, da Universidade de Feira de Santana lhe fez o convite para trabalhar no CUCA. Lá promoveu várias oficinas de artes visuais, inclusive convidando professores de Salvador. 

A Árvore , Um Poema Visual, pintura -
intervenção  feita num viaduto em Feira
 de Santana, 2016.
Em certo momento sentiu a necessidade de sistematizar os seus conhecimentos, e em 2002 decidiu fazer o mestrado, primeiro ficou como aluna especial, depois passou a aluna regular. Para Maristela Ribeiro "o mestrado na Escola de Belas Artes, da Universidade Federal da Bahia, foi muito importante porque me abriu a mente para as áreas da Poética e da Estética. Pude assim me aprofundar em minha Arte". Passou a trabalhar com experimentos e novas linguagens. Na sua dissertação do mestrado escolheu oitenta e nove mulheres que viviam separadas da sociedade em hospital psiquiátrico, lar de idosos e na penitenciária. Passou dois anos pesquisando e no final fez uma instalação com vídeos e fotos que chamou de Fendas e Frestas mostrando como essas mulheres aparecem parcialmente na sociedade e sobre a forma em que vivem . Depois expôs em Brasília em 2005 ocasião em que o curador Bené Fonteles escreveu: "Por Fendas e Frestas, Maristela deixa vazar a luz. As ausências e presenças fluem em meio a sombras, onde cada ser desvela sua humanidade. Todos nós, de alguma forma, estamos confinados em presídios particulares e, quase sem saída , vamos negando o outro em nós mesmos".
Colou fotos de  estantes com
livros em espaços públicos na
intervenção que chamou de
Sebos Urbanos, 2016
.

Na intervenção que chamou de Sebos Urbanos a artista Maristela Ribeiro fotografou estantes de livros e colou em locais estratégicos em Feira de Santana,  interior da Bahia, procurando incentivar a leitura e também chamar a atenção dos moradores da cidade sobre a necessidade de ter mais livrarias. Brincando falou que “temos setecentas farmácias e apenas uma livraria na cidade! É uma farmácia em cada esquina. É hora de incentivar a leitura nas escolas, na universidade e nos lares. O livro é um companheiro que nos acalenta, nos informa e cura a mente”. Nas fotos dos Sebos Urbanos podemos ver pessoas comuns procurando ler os nomes dos livros, que compõem as imagens.

A artista Maristela Ribeiro afirmou ser uma pessoa inquieta que sempre está procurando manter contatos com artistas daqui e de fora trocando experiências, e gostou do amplo contato com o público durante as apresentações de sua instalação que tiveram uma boa afluência de público em São Paulo,
Intervenção urbana em dez casas no
 povoado de Morrinhos, município
de Feira de Santana.

Brasília, Valencia, na Espanha  e em locais onde apresentou. “O meu trabalho, portanto, não é só pintura porque gosto de me expressar em outras linguagens como a fotografia, por exemplo. Utilizo a fotografia para dar o sentido que espero como fiz com o projeto em Morrinhos. Não é a fotografia pela fotografia. É a fotografia onde esta técnica cria uma relação com o próprio ambiente. Veja que as fotos que tirei, ampliei e colei nas fachadas das casas cada fotografia era de um local onde o morador tinha alguma relação com aquele lugar que fotografei. Às vezes foi uma fazenda onde trabalhou, uma roça onde nasceu e assim por diante. Trouxe para eles lembranças que haviam quase esquecido.” Ficou muito orgulhosa quando um morador espontaneamente lhe disse. “Maristela agora Morrinhos entrou no mapa!”. Isto porque houve muita mídia, inclusive saiu com destaque num jornal de uma grande emissora de televisão que era líder de audiência. No estágio doutoral em Valencia, na Espanha, ela fez um estudo paralelo entre as casas do sertão e de Cabanyal, que é um bairro de pescadores daquela cidade, para entender até que ponto a arte é necessária ao ser humano. 
Obras da série Inventos que expos
no Hotel Sofitel, em Sauipe.
Maristela Ribeiro escreveu em sua dissertação do doutorado “que o espaço público é o espaço de excelência da ação política. As associações geradas pelas imagens nos espaços 
públicos incidem diretamente na relação homem-espaço. Elas contribuem para experiências subjetivas pressupondo que esta ação acontece com a apropriação simbólica do espaço. Na área rural do semiárido baiano, com seu lento fluxo de estímulos sensoriais, sugere um microcosmo à parte com suas manifestações culturais e práticas sociais próprias que demonstram a preservação e manutenção de sua identidade e tradição”.

Também na série que expôs no Hotel Sofitel apresentou a série de pinturas intitulada Inventos inspiradas na infância onde conseguiu se expressar através de desenhos de aparência ingênua e refletir sobre o passado da família brasileira e da sua própria família. Uma dessas obras intitulada Exílio está no acervo do Museu Regional de Arte do CUCA e serviu de modelo ao projeto A Escola Vai ao Museu como exemplo de momentos das artes visuais nos salões e bienais que aconteceram e acontecem.

Exposição em Valencia, na Espanha,
das fotos feitas do alto.
No período da  pandemia não parou. Aproveitou que estava em casa e trabalhou numa série de pinturas onde pintou suas netas utilizando principalmente o azul claro.  Para ela “a arte nos dá a possibilidade de reinventar e de termos a percepção de que não temos apenas as necessidades básicas.” Nesta série intitulada As Meninas, de 2021, ela conseguiu captar com maestria a inocência das meninas em suas brincadeiras e até em momentos de descanso. São obras que nos deleitam com a sutileza das formas e criou um ambiente quase celestial usando um azul claro e transparências que transmite tranquilidade e ternura.

Em 2020 mostrou a série de fotografias aéreas - plongées – realizada emValencia, Espanha, onde faz o contraste entre o claro e o escuro. "Plongée em francês, significa mergulho. No contexto do cinema e da fotografia refere-se a um ângulo de câmera onde a imagem é filmada de cima para baixo.” Para ela “a sombra tem uma dimensão ampliada porque além das questões técnicas e simbólicas, abordam problemas plásticos em si. Sendo um elemento tão comum e ordinário no nosso cotidiano, a sombra, neste caso, cresce e subverte a sua posição, ao protagonizar a cena, tornando-se maior que o personagem”.

                                                                                                     

                                                                             EXPOSIÇÕES

Instalação Fendas e Frestas no
 Conjunto  CEF ,  São Paulo, 2005.
INDIVIDUAIS - E2022  - Festa no Quilombo, Narrativas Visuais, Intervenção Urbana, Feira de Santana/BA. 2017 - Sebos Urbanos, Intervenção Urbana, Feira de Santana/BA .2014 - Casas do Sertão, Exposição a Céu Aberto, Morrinhos/BA. Casas do Sertão, MAC, Feira de Santana/BA. 2006 - Fendas e Frestas, Conjunto Cultural Recoleta, Bueno Aires, Argentina; Fendas e Frestas: instalações, Conjunto Cultural da Caixa, Rio de Janeiro/RJ. 2005 - Fendas e Frestas: instalações, Conjunto Cultural da Caixa, São Paulo/SP; Fendas e Frestas: instalações, Conjunto Cultural da Caixa, Brasília/DF. 2004 - Fendas e Frestas: uma poética do feminino, CC da Caixa, Salvador/BA. 1994 - Pinturas Recentes, Museu Regional de Arte, Feira de Santana, BA.

NO EXTERIOR - E2016 - Por Una Casa Llena de Recuerdo, Intervenção
Urbana, Valencia, Espanha (Foto acima ) . 2015 - Perspectivas: Arte, Doenças Hepáticas, Viena, Áustria; Casas do Sertão, com Neyde Congreso InternacionalANIAV,  Lantier, Teatro Munganga, Amsterdam, Holanda; Comunicação, Valencia, Espanha; El Horno y las Madalenas, Festival de Benimaclet, Valência, Espanha . 2010 - Congreso Internacional Mujer, Arte y Tecnología, Valência, Espanha. 2008 - VideoBraC, Intercâmbio Cultural, Dep. del Quindío, Armênia, Colômbia. 2006 - Fendas e Frestas, Individual, Centro Cultural Recoleta, Buenos Aires, Argentina. 1997 - Arte Lusófona, Galeria de Arte LCR, Sintra, Portugal; Pinturas e Esculturas do Nordeste Brasileiro, Duo, Centro Cultural OIKOS, Lisboa/PT. 
COLETIVAS - E2023 - Fabulações Visuais, Caixa Cultural Salvador/BA. 2019 - Prisma, Museu Regional de Arte,FeiraSantana/BA. 2016 -Intervenção Fotográfica, Museu de Arte Contemporânea, Feira de Santana/BA; O Remorso, Museu de Arte da Bahia, Salvador/BA. 2014 -  30 x 30 Pequenos Formatos. 2012 - Circuito das Artes, Salvador/BA. 2011- Pontos Cardeais, Museu de Arte Contemporânea, Feira de Santana/BA . 2009 - Panorama, Museu de Arte
Contemporânea, Feira de Santana/BA; Treze Contemporâneos - 13 anos de Museu, MAC, Feira de Santana/BA; Galeria Cañizares - Escola de Belas Artes - UFBA, Salvador/BA; Inauguração da Pinacoteca, Acervo CDL, Feira de Santana/BA; IX Bienal do Recôncavo, Centro Cultural Dannemann, São Félix/BA; XV Salão MAM/BA, Salvador/BA;  130 Anos da Escola de Belas Artes da UFBA; Instituto Goethe, ICBA, Salvador/BA; I Ocupação do Grupo GEMA, MAC, Feira de Santana/BA; Grandes Artistas da Bahia em Pequenos Formatos - MRA, Feira de Santana/BA. 2007 - Onze anos MAC, Artistas Convidados, MAC, Feira de Santana/BA; Grandes Artistas da Bahia em Pequenos Formatos, Prova do Artista- Salvador/BA; Acervo da Pinacoteca CDL - Feira de Santana/BA; 11 anos Museu Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira. 2006 - Coleção Pós-Modernismo na Bahia, Museu Regional Arte, Feira de Santana/BA. 2005- Arte para Hoje, Galeria ACBEU, Salvador/BA; Arte Sofitel, Costa de Sauipe/BA ; Lado a Lado, Duo, Galeria Carlo Barbosa, CUCA/UEFS, Feira de Santana/BA. 2004 - VII Bienal do Recôncavo, Centro Cultural Dannemann, São Félix/BA ; Távolas, Duo, Galeria de Arte Caco Zanchi, Salvador/BA. 2003 - I Salão de Arte de Rio das Ostras/RJ.  2002 -  VIII Salão; Nacional Victor Meirelles, Florianópolis/SC; Salão de Artes, Usina do Gasômetro, Porto Alegre/RS;  VI Bienal do Recôncavo, Centro Cultural Dannemann, São Félix/BA; Artistas Convidados, Museu de Arte Regional, Feira de Santana/BA. 2001- Artista selecionado pelo Programa Rumos Itaú Cultural Artes Visuais, Reabertura do Museu Regional de Arte. 2000 - Artistas remiados nos Salões de Artes Plásticas, MAC, Feira de Santana/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Feira de Santana/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Alagoinhas/BA ; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Porto Seguro/BA.
Foto 1. Cartaz mostra coletiva Prisma.
Foto 2 -A canadense Karen Ostron,
Maristela Ribeiro, Juraci Dórea,
Geórgia Lima e Edson Machado.
Foto 3- Visitan
tes, 2019.
 
1999 - Salão de Artes Plásticas da Bahia, Feira de Santana/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Conquista/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Valença/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Juazeiro/BA ;100 Artistas da Bahia, Museu de Arte Sacra da Bahia, Salvador/BA. 1998 -VIII Salão Latino Americano de Artes Plásticas, Santa Maria/RS; IV Bienal do Recôncavo, São Félix/BA; Encontro de Contemporâneos, MASC, Feira de Santana/BA; Inauguração da Galeria de Arte Caetano Veloso, Santo Amaro/BA; Três, ACBEU, Salvador/BA; Abertura da Galeria Carlo Barbosa, CUCA/UEFS, Feira de Santana/BA. 1997 -  Salão de Artes Plásticas da Bahia, Itaparica/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Valença/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Itabuna/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Porto Seguro/BA; Três Artistas Contemporâneos, Galeria ACBEU, Salvador/BA. 1996 - Pintura e Bahia de Artes Plásticas, MAM, Salvador/BA; Inauguração do MAC de Feira de Santana/BA; Arte Lusófona, Sintra, Portugal;  Salão de Artes Plásticas da Bahia, Feira de Santana/BA; Artistas Contemporâneos da Bahia, MAC, Feira de Santana/BA;  Núcleo de Artes Visuais do Museu de Arte Contemporânea, F. Santana/BA. 1995 - XIV Salão de Artes Plásticas da Bahia, Alagoinhas/BA;  Salão de Artes Plásticas da Bahia, Feira de Santana/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Valença/BA;  III Bienal do Recôncavo, Centro Cultural Dannemann, São Félix/BA. 1994 - Panorama da Arte Feirense, Museu Regional de Feira de Santana/BA; A Estética da Fome, Biblioteca Julieta Carteado, UEFS, Feira de Santana/BA. 1993 - VI Salão de Artes Plásticas da Bahia - Feira de Santana/BA.

Obra Genesis,objeto . cerâmica,
30 x 5 x 2 cada, 1998. Premiado
 no Salão de Artes de Valença-BA.
PREMIAÇÕESE2015 - Edital Bolsa CAPES Estância Doutoral, UPV,Valencia, Espanha. 2012 - 1° lugar no Concurso Público, Professor EBTT, Instituto Federal da Bahia; Edital Programa Cultural BNB/BNDES, Projeto Casas do Sertão. 2010 - Prêmio Salão de Arte da Bahia, Membro do Coletivo GEMA, FUNCEB. 2007 - Prêmio Sacatar, Residência Artística Internacional, Itaparica/BA. 2006- Edital de Apoio à Produção/Exposição de Arte, CC Caixa. Rio de Janeiro/RJ; 2º lugar Concurso Público Professor Assistente, Universidade Federal Recôncavo da Bahia/UFRB. 2005 - Edital de Apoio à Produção/Exposição de Arte, CCCaixa, Brasília/DF; Edital de Apoio à Produção/Exposição de Arte, CCCaixa. São Paulo/SP. 2004 -Prêmio Aquisição, VII Bienal do Recôncavo, São Félix/BA; Edital de Apoio à Produção/Expo de Artes Plásticas, CC Caixa, Salvador/BA. 2003 - 1º lugar Seleção Mestrado em Artes Visuais, Universidade Federal da Bahia. 2001 - Artista selecionado pelo Programa Rumos Itaú Cultural Artes Visuais 2001/2003.  2000 - Menção Honrosa XXIX Salão Artes da Bahia, Porto Seguro/BA. 1999 - Menção Honrosa no Salão Artes da Bahia, Vitória da Conquista/BA; Prêmio no XXIII Salão Artes da Bahia, Feira de Santana/BA; Prêmio no XXVII Salão Artes da Bahia, Valença/BA. 1998 -  Menção Honrosa VIII Salão Latino Americano de Artes, Santa Maria/RS. 1997 - Menção Honrosa XVIII Salão Artes da Bahia, Feira de Santana-BA; Prêmio XXI Salão Artes da Bahia, Alagoinhas/BA. 1996 - Pintura e Escultura do Nordeste do Brasil, Espaço Oikos, Lisboa,Portugal. 1995 - Menção Honrosa XI Salão Artes da Bahia, Feira de Santana/BA; Menção Honrosa XIII Salão Artes da Bahia, Valença/BA; Menção Honrosa XIV Salão Artes da Bahia, Alagoinhas/BA.

 

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