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César Romero ao lado de uma de suas recentes obras de faixas emblemáticas. |
O artista César Romero está na
estrada há mais de cinquenta anos e sua pintura tem uma ligação intrínseca com
a cultura popular, tanto com as manifestações religiosas e profanas através das suas fotografias e pinturas. Ele já fotografou e pintou tambOretes das barracas de festas populares, as platibandas e janelas das casinhas do interior, as arraias ou pipas , as urdiduras e o imaginário, principalmente as fitas emblemáticas que trabalha com uma maestria invulgar . Transforma uma simples fitinha
usada nas festas religiosas e aqui muito disseminadas por ser um item de
oferenda que serve para os fiéis pedirem graças ao Senhor do Bonfim em um
elemento erudito na sua pintura rica em movimentos, cores e composições. Quando
examinamos de perto a composição de suas pinturas notamos um entrelaçamento das
fitas e trazem na sua estrutura camadas, sombras e vários símbolos da nossa
cultura popular. O mais interessante é que as cores, os movimentos e as
composições não se repetem usando como inspiração as mesmas fitinhas que nós
baianos e os turistas costumam amarrar no gradil em frente ao templo do Senhor
do Bonfim, o Oxalá para o povo de santo. Enquanto em Paris os namorados e turistas
deixam no gradil da Pont Des Arts os cadeados pedindo amor eterno e outras
graças aqui deixamos as fitas com suas cores vibrantes e variadas. Já fez mais
de 500 coletivas e 47 individuais no Brasil. No exterior 50 coletivas e 12
individuais. Ganhou vários prêmios inclusive cinco deles pela Associação
Brasileira de Críticos de Arte -ABCA. Tem livros escritos pelos críticos Geraldo
Edson de Andrade –“ César Romero – 50 Anos -Um Resumo”, “A Brasilidade na
Pintura de César Romero”, de Miriam de Carvalho e “A Escritura do Brasil”, por Jacob Klintowitz.
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Com a mesma temática César não se repete. |
Na Bahia onde o sincretismo
religioso é muito forte as fitas do Senhor do Bonfim têm cores variadas que representam os orixás do candomblé e cada uma delas traz um significado
simbólico, espiritual e estético. Na Umbanda também. O branco é de Oxalá, criador do universo,
símbolo da paz, o Senhor do Bonfim. A fitinha azul-claro é de Iemanjá, a Rainha
do Mar e protetora dos pescadores. No catolicismo é
sincretizada com Nossa Senhora do Navegantes, Nossa Senhora da
Conceição, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Piedade e Virgem Maria.
A de cor amarela é de Oxum, a deusa do ouro, representa prosperidade e para os católicos
Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora de Aparecida. A
azul-escuro é de Ogum, o orixá guerreiro, o São Jorge e São Sebastião. A de cor
rosa é dos Ibeji e Oxumaré, sendo Ibeji os gêmeos na igreja católica São Cosme
e São Damião, e Oxumaré símbolo da continuidade e permanência é São Bartolomeu. A
fita verde de Ossaim para os católicos é de São
Benedito um
santo negro, e também de Oxóssi para o povo Ketu que é o deus das florestas. A
de cor vermelha é de Iansã, Santa Bárbara orixá ligado aos ventos, tempestades,
relâmpagos e raios. Portanto, as fitinhas são verdadeiros amuletos para os que
acreditam em santos e orixás. Muitos amarram no pulso para se protegerem e
deixam até que a fitinha solte com o tempo. Vemos então que este elemento
icônico que inspira o pintor César Romero tem uma significância muito
importante para milhões de pessoas e sua arte carrega consigo este sincretismo
e ganha erudição.
OUTRAS OBRAS
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Obra da série Imaginária datada de 1969-1975. |
O artista César Romero além de
pintor é médico psiquiatra e exerce também a profissão há muitos anos. O
psiquiatra normalmente é uma pessoa que ouve como um padre num confessionário
as histórias boas e ruins dos seus fiéis e clientes. É preciso ouvir e ouvir
com muita atenção os desabafos para depois falar alguma coisa que venha
confortar aquele indivíduo. Tanto o psiquiatra quanto o padre além de necessariamente serem bons ouvintes são também observadores. O César Romero
observa o que se passa ao seu redor, em sua cidade. De olhos e ouvidos abertos ele enxerga os
detalhes das manifestações de seu povo a geometria das construções simples, dos bancos com seus desenhos coloridos geometrizados das antigas barracas das festas populares. Numa entrevista que deu definiu a
arte como sendo “invenção e transfiguração”. Disse que explora a cor até a
exaustão e também as possibilidades de combinações, os ajustes, as entonações,
as potencialidades cromáticas. Realmente ele faz o seu trabalho calcado no
popular onde busca inspiração como matriz e registra as “marcas que o povo criou,
seja na religiosidade afro-brasileira, na católica, nos brinquedos populares,
na cerâmica, nas festas do povo e lendas do Nordeste”, e em seguida faz sua
reinterpretação do que viu e vivenciou com uma metalinguagem.
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O artista iniciou pintando igrejas e casario. |
Seu contato com a pintura
teve início no Colégio Maristas quando se preparava para fazer o vestibular
para Medicina . Tinha um colega e amigo Frederico Gondim que estudava para
fazer Engenharia foi quando observou que ele desenhava e pintava. Perguntou ao
Fred como pintar e ele respondeu. “Compre umas telas, tintas e terebentina. Compre
poucas tintas porque você está começando”. Aquilo lhe tocou de perto a ponto de
comprar telas e tintas e passou a desenhar e pintar. Meses depois foi
organizada uma mostra chamada de Exposição Intercolegial de Artes
Plásticas - ECAP com obras de estudantes no Gabinete Português de Leitura.
Participaram estudantes dos colégios Maristas, Dois de Julho, Antônio Vieira,
Sacramentinas, Doroteias e os jurados foram Mercedes Kruschewisky, o mestre Rescála,
Riolan Coutinho e Juarez Paraíso. O César Romero pintou um casario com uma
casa amarela, outra azul e no meio uma igreja vermelha. Quando os colegas viram
fizeram a maior gozação: isto é uma igreja ou o Corpo de Bombeiros? "Fiquei com
muita vergonha. Voltei para os Maristas e pintei a igreja vermelha de branco", lembrou César Romero rindo. Como
as inscrições estavam prestes a terminar ele foi apresentar a obra para exposição.
Enrolou o quadro com a tinta ainda fresca numa folha de papel manteiga e quando
chegou que desenrolou viu que o papel estava colocado na tela e ao retirar saiu
um
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Série Gravuras de 1977-1988. |
pouco de tinta no papel. Ficou apreensivo, mas decidiu deixar a obra para
ser avaliada, foi aceita e até premiada. Isto porque o incidente deu à pintura
um aspecto de envelhecimento pelo tempo . Tinha descoberto acidentalmente uma maneira nova de envelhecimento da pintura. Foi premiado e o prêmio
foi entregue pelo então governador Luiz Vianna Filho. O evento foi publicado
nos jornais locais e o pai de César ao ler num jornal de Salvador a notícia rumou
para cá com toda a família para lhe tirar a ideia da cabeça de continuar
pintando. Para seu pai não era uma profissão que lhe sustentasse e sim uma profissão de boêmios. Então o irmão diretor do Colégio Maristas Capiles Capim
convenceu a sua família que a profissão não era tão mal assim .César Romero manteve
firme a ideia de continuar pintando. Estávamos no ano de 1967 portanto há cinquenta e sete anos . De lá para cá não houve um ano que deixei de fazer
exposição. Costumo fazer individuais de cinco em cinco anos. Começou pintando o
casario da Bahia e algumas vezes do Recôncavo. Fez algumas marinhas e
imaginária porque estudava no Colégio Maristas e lá tinha muitas imagens que lhe
inspiraram. Disse que muitas coisas com ele
acontecem por acaso e que costuma aproveitar os acasos para criar.
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Obra da série Selos Comemorativos no período de 1975-1980. |
Confessa que não é bom em
desenho linear até hoje! Gosta mais do desenho
geométrico e que desenha suas faixas
na mão livre, na mão grande, como se diz no popular. César Romero se considera um construtivista lírico. O construtivismo foi um
movimento que surgiu na Rússia por volta de 1913 e a pintura e a escultura são
criadas como construções e não como representações. Tem uma relação próxima com
a arquitetura em termos de materiais , procedimentos e objetivos. Lembram os
relevos tridimensionais. No Brasil o escultor Amílcar de Castro com suas
esculturas de aço é considerado um construtivista. Mas, o César Romero disse
que sua arte tem uma conotação lírica que foge da crueza do construtivismo original.
“Faço uma arte agradável aos olhos. Não tem bruteza no que crio”.
COERÊNCIA
O artista César Romero disse que seu único tema é o
Nordeste brasileiro com suas manifestações populares religiosas e profanas. E
que sua pintura é a representação delas e fruto de observações que vem fazendo
ao longo do tempo. Quando estamos conversando com os artistas eles sempre falam
em fases de sua
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Fotos de Tamboretes de Festas Populares - 1981-1992. |
trajetória como pintor. Já o César Romero prefere falar de
cronologia temática seguindo a abordagem que o crítico Geraldo Edson de Andrade
escreveu no livro César Romero – 50 Anos de Arte. Portanto vou seguir esta
cronologia para entendermos melhor sua evolução. De 1966 a 1969 pintou casarios
principalmente de Salvador e do Recôncavo baiano. De 1969 a 1975 pintou o
imaginário inspirado nas imagens da capela do Colégio Maristas e nas igrejas de
Salvador. Visitava a capela e as igrejas desenhava e representava a seu modo. De
1975 a 1980 passou a pintar selos comemorativos tinha uma faixa contornando as
laterais com picotes arredondados como os selos dos Correios. Depois vieram as
litografias e serigrafias nos anos 1977 a 1988 com imagens da fase Imaginárias e
arraias emblemáticas. Vieram de 1981 a 1987 paisagens com faixas emblemáticas.
Se inspirou, segundo disse ao crítico Geraldo Edson de Andrade após uma visita
que fez com amigos à Lagoa do Abaeté e viu um varal com roupas coloridas
secando e o vento movimentando as peças. Ao voltar para casa fez um desenho de
uma colcha colorida e uma paisagem na parte inferior da tela. Daí apareceram as
faixas voando e embaixo paisagens litorâneas e até da caatinga. Em seguida
vieram 215 fotografias inspiradas nos tamboretes das barracas de festas de
largo de 1981 a 1992. Hoje são um documento especial porque os tamboretes foram
substituídos por cadeiras de plástico. Saindo das fotografias passou a pintar a
geometria dos tamboretes em telas em tinta acrílica de 1986 a 1992.
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As Arraias Emblemáticas de 1986-1993. |
Vieram as arraias emblemáticas de 1986 a 1993.
Disse que passou a criar a geometrização inspirado nas arraias que via durante
a sua infância em Feira de Santana e que empinava muitas delas pintando de púrpura,
violeta e cinza. Já eram suas pinturas bailando nos céus. De 1987 a 1991 fez
também os Enigmas que são as transfigurações das ferramentas e armas dos orixás
de 1988 a 1992 viajando pelo interior da Bahia observou a beleza das
platibandas das casinhas coloridas. Fotografou muitas delas e em seguida passou
a pintá-las e expô-las. Também observou as janelas e criou as Janelas
Emblemáticas de 2007-2009 e o que mais lhe chamou a atenção além dos recortes
foi o forte colorido. Numa evolução natural surgiram os totens tridimensionais.
São obras tridimensionais, esculturas em blocos de madeira maciça, sobre a qual
ele fez suas pinturas da série Faixas Emblemáticas. Também fez colagens de
vários materiais nestas esculturas. De
2009 a 2015 vieram as Urdiduras- Desenhos tudo sempre tendo por base a cultura
popular. Assim apareceram os panos de bandeja e pão, porta-copos, arte do fuxico
guardanapos, centro e caminhos de mesa, bico de metro toalhas de lavabo, jogos
de cama e outros apresentados em outra realidade. De 2013 a 2015 ainda com as
urdiduras só que nas pinturas, com a experiências dos desenhos de nanquim, lápis
aquarelável, guache e grafite sobre o papel decidiram transportá-los para a
tela em tinta acrílica. Buscou segundo ainda o crítico valorizar volumes
texturas, entonações e claro-escuro. Finalmente desaguou nas faixas
emblemáticas de 1984 até os dias de hoje. São uma marca sua que está presente na
pintura de nosso país e podemos dizer que fixou a sua originalidade. Hoje as
composições estão muito mais sofisticadas com o entrelaçamento, as sombras
sutis e a introdução de elementos afro-brasileiros.
BAHIA FRACA
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César defende a necessidade dos artistas baianos investirem mais nos mercados de arte do sul do país . |
Entende César Romero que a Bahia está frágil em
representatividade plástico visual. Acha que houve a primeira geração de Mário
Cravo, Carlos Bastos, Rubem Valentim, Genaro de Carvalho, Carybé dentre outros e
esta geração foi muito divulgada e tinha representação e prestígio no Brasil
inteiro. A segunda geração intermediária que não teve a mesma ressonância da
primeira. Esta composta de Edison da Luz, Juarez Paraíso, Riolan Coutinho,
professor Rescala, Sante Scaldaferri, Calasans Neto, Antônio Rebouças e Lygia
Sampaio. Depois veio a minha geração que não teve muita disposição e
oportunidade de enfrentar o mercado do sul do país. Muitos se acostumaram a
trabalhar com galerias locais com exclusividade. Ele entende que a
exclusividade só é válida quando o contratante promove ao artista uma maneira
digna de viver. O artista não pode precisar de fazer outro trabalho senão o seu
ofício. Aí vale a pena. Compra a obra do artista por um preço justo a revende
por outro preço do mercado. Assim todos ganham. Existem muitas queixas nesta
relação”, diz César Romero;
Quanto ao mercado de arte baiano disse também que é
fraco. Existem poucos colecionadores na Bahia, pouca gente querendo investir em
arte e quando compram geralmente são obras de artistas do Rio de Janeiro e São
Paulo. Também falou sobre a arte moderna quando discorreu sobre o francês Marcel
Duchamp que nasceu 28 de julho de 1887 e faleceu em 2
de outubro de 1968, Neuilly-sur-Seine, França. Ele foi o artista que deu um choque na arte
contemporânea com seus readymades, especialmente com o mictório que expôs como
obra de arte. Mas, nos Estados Unidos ele ficou conhecido também por suas pinturas
e só foi reconhecido este seu lado artístico na França após uma retrospectiva feita em
2014 no Beaubourg, em Paris, quando sua pintura foi realçada. Criticou “artistas
que penduram giletes, fios de cabelo e expõe,m vaso sanitário e dizem que isto é
contemporâneo. Eu não acho. Acho uma bobagem, perda de tempo”. Ao lado obras da série Enigmas que ele pintou de 1987-1991.
QUEM É
O artista César Romero nasceu em Feira de Santana-BA, em 18 de outubro de
1950, e passou sua infância na cidade. É filho de Alaide de Oliveira Cordeiro, professora
primária, e de Hamilton de Lima Cordeiro, pecuarista. Seu pai era muito
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Uma curiosidade é que César Romero não gosta de utilizar cavalete para pintar. |
conhecido na região por suas atividades agropecuárias. pois possuía dezesseis fazendas.
Disse que não era muito de brincar na rua e que junto com sua mãe assistia
muitos filmes que tinham algum interesse cultural e também os programas
populares. Fez o primário na Escola Maria Quitéria e
depois foi prestar o Admissão no Colégio Santanópolis - fundado em 1933 e extinto em 1984 - era administrado pelo deputado
e educador Áureo Filho. Ao terminar o ginásio veio estudar no Colégio Maristas,
em Salvador-Ba onde cursou o colegial e se preparou para o vestibular de
Medicina passando em 11º lugar. Foi uma boa colocação porque centenas de alunos
disputavam as 180 vagas disponíveis. Na nossa conversa ele disse que uma das
coisas desagradáveis que lembra do tempo da faculdade foi o trote que os
chamados veteranos davam nos calouros que chegavam. Pintavam os corpos, lambuzavam
de farinha com água, colocavam no “coliseu”, um espaço de forma circular que
tem no imponente prédio da antiga Faculdade de Medicina, no Terreiro de Jesus.
Em seguida improvisavam duas traves e colocavam um limão para os calouros jogarem
com as bundas o cubol, enquanto os veteranos gritavam assistindo do alto. No mais o curso transcorreu normalmente fez
boas amizades com colegas e numa dessas conversas com a colega Telma Tavares
ela disse “Por que você não faz especialidade em Psiquiatria?”. Isto porque eu
sempre estava disposto a ouvir as pessoas ao meu redor. Foi aí que decidi
seguir esta especialidade da Medicina que considero encantadora porque a pessoa
é que escolhe o seu psiquiatra ou alguém escolhe por ele porque confia. Sim, as
pessoas relatam suas intimidades, seus problemas e isto tem que ter um alto
nível de confiança e por outro lado o psiquiatra a exemplo do sacerdote tem que
guardar o sigilo eterno", disse César Romero.
Falando de sua atividade na medicina considera um
privilégio ter a capacidade de escutar as pessoas com a atenção que merecem.
Para ele hoje em dia as pessoas vivem nos seus celulares ou são muito
individualistas e no dia-a-dia não param para ouvir ninguém. Além do corre corre
da vida na luta pela sobrevivência muitos já têm seus problemas e não querem
saber dos problemas dos outros. Assim o psiquiatra é o ouvinte atento e sempre
tem uma palavra de conforto orientação. Disse que depois da pandemia do Covid
19 aumentou muito o número de pessoas com problemas. E que é muito importante
ter uma pessoa para conversar quer seja um psiquiatra, psicólogo ou um
religioso.
TRAJETÓRIA E EXPOSIÇÕES
O artista feirense César Romero nasceu e Feira de Santana, Bahia, no ano de 1950. Autodidata,
iniciou-se em artes plásticas em 1967. É pintor, fotógrafo, curador e crítico
de arte. Vive e trabalha em Salvador desde 1966. Formado em Medicina, em 1974,
pela Universidade Federal da Bahia, optou pela Psiquiatria, especializando-se
em Psicoterapia Individual e Grupal, com intensa atividade clínica.
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Janelas Emblemáticas que criou de 2007-2009 |
Participou de mais de 500 coletivas e 47 individuais no Brasil. No exterior,
teve 50 coletivas e 12 individuais. Mostrou seu trabalho em: As Neves,
Barcelona, Berlim, Bilbao, Buenos Aires, Bragança, Cayenne, Chiasso,
Chaves, Coimbra, Colônia, Düsseldorf, Espinho, Fort-de-France, Granada,
Hannover, Honolulu, Lisboa, Los Angeles, Lousã, Leiria, Madrid,
Marsailles, Miami, Montevideo, New York, Paris, Porto, Punta Del Este,
San Francisco, Santiago, Washington, Bordeaux, Sorde L'Abbaye, Guimarães,
Santarém, Oñati, Macau, Orthez, Monein, Lourdes, Tarbes, Saint Savin, Pau, Dax,
San Sebastian, Jaca, Sabiñanigo, Saragossa, Sevilha e em Pamplona. Fez
parte dos principais Salões Oficiais realizados no Brasil. Obteve 43 prêmios de
pintura, 5 de fotografia e 4 Salas Especiais. Possui trabalhos em 48 museus
brasileiros e estrangeiros, inúmeras referências nacionais e internacionais
sobre suas obras em livros, de países lusófonos e Espanha.
Foi membro de júri em vários concursos e Salões Oficiais de artes plásticas no
Brasil e alvo de 12 conferências sobre seu trabalho por críticos de arte e
historiadores. Em seus 42 anos que escreve sobre arte - um esforço
provavelmente sem igual em nosso país, de divulgação da arte brasileira -
publicou cerca de 900 artigos e aproximadamente 350 textos de apresentação |
Pinturas de Urdiduras que criou de 2013-2015. |
em
catálogos e livros. Proferiu dezenas de palestras, participou de diversos
congressos e debates sobre artes plásticas e o papel da crítica de arte,
ressaltando-se duas Bienais de São Paulo e o V Congresso Nacional da ABPA -
Associação Brasileira de Pesquisadores de Arte, São Paulo. Realizou trabalhos
teóricos Aracaju (SE); O Exercício Livre da Memória - Adilson Santos - P55
Edições - 2013- Salvador-(BA); 50 anos de Arte na Bahia - Uma Homenagem a
Matilde Matos - Edições EPP- MCM -2013-Salvador - (BA); Um sentir sobre
as artes visuais de Sergipe - 50 artistas - Coleção Mario Brito - Ed.
Jornal O Capital LTDA - ME - 2013 - Aracaju (SE); Riolan- Desenhos,
Gravuras e Pinturas - Edição Faz Cultura do Governo do Estado da Bahia
-2013 - Salvador - (BA); Jenner Augusto - Cores de Uma Vida - Org. Mario
Britto e Zeca Fernandes - Ed. Sociedade Semear - Banco do Brasil - 2012; Güell
Silveira- Verdades do Inconsciente - Ed. Santa Marta - 2011 - Salvador -
(BA); Antônio Maia - Ex-voto , Alma e Raiz - Ed. Export. 2015 Salvador,
2016 Rio de Janeiro e São Paulo. Nos últimos anos, César Romero tem
recebido inúmeras honrarias e ocupado cargos ligados à crítica e às artes
visuais, no país e no exterior. Entre tantas: Ordem Municipal do Mérito
de Feira de Santana, Membro regular na Classe de Oficial - Medalha de Mérito; -
Academia de Letras e Artes de Feira de Santana (ALAFS); Ordem do
Muyrakytä - Embaixador no Estado da Bahia- Rio de Janeiro; Associação dos
Artistas Plásticos Modernos da Bahia (Arplamb); Sala César Romero - Museu
de Arte Contemporânea Raimundo Oliveira - Feira de Santana - BA; Prêmio
TOP OF Quality - Destaque - OPB - Ordem dos Parlamentos do Brasil -
Brasília - DF; Associação Brasileira de Pesquisadores em Artes - São Paulo;
Membro do Instituto Preste João-Lisboa - Portugal; Comenda Maria Quitéria -
Câmara Municipal de Feira de Santana; Acadêmico de Mérito da Academia
Portuguesa de Ex-Líbres - Lisboa - Portugal;; Membro da Academia Feirense de
Letras - Feira de Santana; Acadêmico Estrangeiro da Academia de Letras e
Artes de Portugal - Monte Estoril - Portugal; Cidadão da Cidade do
Salvador - Câmara Municipal de Salvador; III Prêmio Homem do Ano - 2005 -
Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São aulo; Medalha Thomé de
Souza - Câmara Municipal de Salvador - 2016.
É membro da
Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e da Associação internacional
de Críticos de Arte (AICA) - ONG reconhecida pela UNESCO com sede em
Paris. Tem 43 prêmios em sua carreira, sendo os mais importantes os cinco
que recebeu da ABCA: Por duas vezes o Prêmio Mario Pedrosa (artista de
linguagem contemporânea).
Parabéns amigo Reynivaldo Brito belíssimo trabalho da divulgação da trajetória artística do mestre César Romero
ResponderExcluirSe faz tanta coisa e Salvador ao tem um museu, nós moldes de um MASP
ResponderExcluirViva César Romero e a sua criativa arte , cheia de magia e beleza. Bela trajetória artística, belo crítico, afinal um grande artista Baiano. Excelente texto, Reynivaldo Brito, agradeço por mais um nome indispensável que só engrandece a nossa cultura.VIVAS!!
ResponderExcluirJanete Freitas
ResponderExcluirBom dia ! Hoje, mais do que nunca, você “acertou no alvo” !César é um grande artista !!!!
Leonel Rocha Mattos
ResponderExcluirAmigo Reynivaldo, ainda não li, mas já adianto que César Romero, sem sombras de dúvidas, é um excelente artista não valorizado como deve. Uma injustiça presente.
Márcia Cristina Silva Barros
ResponderExcluirUm artista maravilhoso sob o olhar de grande jornalista cultural! Parabéns a ambos! Sou fã da Arte de César Romero e orgulhosa por ter sido aluna de Reynivaldo Brito !
Leonel Rocha Mattos
ResponderExcluirReynivaldo, sua capacidade de captar a essência do entrevistado, vai além , chega na alma. Impressionante é a sua capacidade de captar em trinta minutos a vida e história. César Romero, é um artista disciplinado, exigente, coerente e muito inteligente. Um verdadeiro artista com uma obra que bebe na fonte do popular e expressa com uma linguagem própria e universal. Sabemos que o mercado de arte chega ser estranho , mas com certeza a obra transcende as barreiras do tempo. Reynivaldo , você está registrando a história, doando uma grande contribuição, que com certeza seria perdida no tempo. 🤗
Darcy Brito
ResponderExcluirMaravilha. A arte expressa na visão de um psiquiatra artista.
Luciano Rosa Santos
ResponderExcluirMais um artista; apresentando pelo amigo,Renivaldo Brito!... Obrigado, irmão!... Satisfação!!! ✌️😇🎨🎭👍
Tânia Redig Lisboa Simões
ResponderExcluirParabens para voce Reynivaldo Brito ? Cesar Romero merece ... um artista de telas com
"Alma" e muito talento..
Teresinha Nogueira
ResponderExcluirPalmas!
Berenice Carvalho
ResponderExcluirParabéns e sucesso para Cesar Romero!
Parabéns também a Reynivaldo Brito!
Washington Arléo
ResponderExcluirParabéns a César Romero por sua Arte e Linguagem...parabéns por mais esta, Reynivaldo Brito !!!
Graça Gama
ResponderExcluirGrande artista César Romero .Parabéns pelo grande talento
Lurdes Jacobina
ResponderExcluirPalmas!
Rogeriateixeiramattos Mattos
ResponderExcluirQue belo texto, sobre a obra e a vida do artista plástico César Romero. Uma bela trajetória artística, um trabalho de pesquisa de cores e formas geométrica, com o foco nas festas populares. Gosto muito das suas obras.
Ivo Neto
ResponderExcluirBelíssimo trabalho de divulgação das obras do mestre César Romero
Tereza Souza
ResponderExcluirMaravilha!
Tereza Souza
ResponderExcluirTrabalho maravilhoso, parabéns pela matéria e escolha do artista! 👏👏👏
Fernando Freitas Pinto
ResponderExcluirPenso que os trabalhos de Cesar Romero, tem diferentes combinações, com texturas visuais próprias, técnica apurada e estruturas baseadas na cor e na forma. Parabéns ao Amigo pela sua Obra e ao Jornalista, Reynivaldo Brito pelo belo Texto. Abraços!! 🌻🌻
Iara Brito
ResponderExcluirSuper!
Domingos Dantas Brito
ResponderExcluirGrande artista
Enio Celestino
ResponderExcluirReynivaldo traz em seu texto a longa trajetória do artista plástico César Romero, pois inclusive seu trabalho circula na sociedade que aprecia e interage. César Romero é também psiquiatra e crítico de arte com vários prêmios conquistados aqui no Brasil, considerando seu know-how na área.
Maria Nazaré Santos
ResponderExcluirSou admiradora do seu talento ! Artista impecável ! Parabéns e obrigada amigo Reynivaldo Brito ! 👏🏿
Luiz Claudio Campos
ResponderExcluirUm dos maiores artistas da Bahia. Parabéns Reynivaldo pela escolha dessa grande talento
José Henrique Silva Barreto
ResponderExcluirParabéns pelo excelente texto, sobre o melhor colorista da Bahia. Adoro o trabalho do amigo César Romero
Celia Coutinho
ResponderExcluirUma das melhores obras de arte. Inspiração para minhas imersões aí artesanato. Gratidão.
Carmen Carvalho
ResponderExcluirExcelente a obra de César Romero e Excelente a sua matéria Reynivaldo Brito !!!!!
Joao Calazans
ResponderExcluirGostei da arte de Romero e seu texto é precioso