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sábado, 16 de dezembro de 2023

LEONEL MATTOS EXPLOSÃO DE TALENTO E SUPERAÇÃO

Leonel Mattos com  autorretrato que expôs na galeria
 do Acbeu na mostra Gaveta de Memória,  em 1998.
Vamos conhecer mais um pouco a partir de agora um dos artistas mais talentosos, inquietos, criativos e produtivos que já conheci e talvez o que mais tive oportunidade de acompanhar sua trajetória artística. Seu nome é Leonel Rocha Mattos ou simplesmente Leonel Mattos que demonstra nos primeiros instantes da nossa conversa uma disposição em contar sua história sem rodeios ou restrições a ponto de querer com a espontaneidade característica de sua formação  e personalidade conduzir a entrevista. Foi graças a este seu jeito de ser que vem superando problemas e tragédias que surgiram e surgem em sua vida. Conhecedor do personagem e sendo um velho   jornalista propositadamente marquei a entrevista fora do seu ambiente de trabalho e fomos conversar em minha casa para que assim pudesse entrevistá-lo com mais tranquilidade. O Leonel Mattos com seu temperamento impulsivo é também um dos artistas baianos mais presentes nas redes sociais onde sempre está postando as visitas ao seu novo ateliê no bairro da Saúde, em Salvador, suas andanças por exposições, e eventos que promoveu como o Circuitos de Arte e Moda no Shopping Salvador com várias edições e o Circuito Cultural Carmo e Santo Antônio , em 2014, suas idas às praias, restaurantes e outros eventos que comparece. Às vezes alguns acham exagerada esta exposição, mas tudo isto é fruto de um impulso quase incontrolável desta criatura que está sempre disposto a ajudar os colegas, a imaginar formas de enaltecer o trabalho de alguém ou mesmo acolher como fez com o Jayme Fygura que pintou por um bom tempo em seus ateliês nos bairros do Carmo, Amaralina e depois na Saúde, usando suas tintas e pincéis, e ainda conseguiu a venda de um lote de obras para um galerista em São Paulo que o possibilitou a comprar e mobiliar uma casa no bairro de Castelo Branco, em Salvador. Infelizmente o Jayme veio a falecer de um enfarte quase fulminante. Quando Leonel Mattos me ligou para falar desta triste ocorrência passei a me preocupar com ele, porque estava inconsolável e corria até mesmo risco de enfartar. É sempre fácil, e ao mesmo tempo ruim julgar e criticar as pessoas por seus atos externos e aparentes. É preciso conhecer melhor a pessoas e verá sempre coisas muito positivas que estão por trás de cada indivíduo, de cada artista.

Leonel no ateliê do bairro da Saúde,2023.
Leonel Mattos  é um artista que vem evolundo e  melhorando a cada dia sua pintura, tem uma produção contínua e de qualidade, com personalidade pictórica conhecida aqui e em outros estados. Já ganhou vários prêmios e fez várias exposições individuais e coletivas, participou de salões na Bahia  e no sul do país. Fez muitas intervenções em Salvador e até mesmo em Feira de Santana sozinho e com outros colegas. Está sempre atento ao que ocorre não só no Brasil como no exterior. Sua mãe cunhou a frase que resume o seu jeito de ser: “o Leonel chega saindo”. Ele mesmo conta que às vezes sente até dificuldade de parar a si próprio. Nasceu na cidadezinha de Coaraci, no sul da Bahia, em 4 de fevereiro de 1955 onde seu pai era funcionário da Petrobras e dono do primeiro cinema da cidade, além de radioamador. Como saiu de lá muito criança não conhece bem sua terra natal. Sempre teve uma curiosidade pela arte e gostava de desenhar em seus cadernos de escola e onde encontrasse espaço. Não era afeito aos estudos, fez o primário na Escola Nossa Senhora da Guia, no bairro da Boa Viagem. Conviveu com um colega de escola que só lembra do apelido como o chamavam por Serginho, que era filho de um coronel da Polícia Militar da Bahia. Moram muitos militares naquela região porque ali fica o principal quartel da PM, em Salvador. Juntamente com o colega ficavam desenhando animais e tudo que surgia de interessante. Fez seu primeiro ateliê ainda criança num apartamento onde morava na Rua Pirai, no bairro do Bonfim.

                                                SUAS HISTÓRIAS

Leonel recebendo o Prêmio das mãos de Pietro
Maria Bardi, diretor do Masp, no Salão de Pintura
Jovem da Pirelli, 1987.
Disse que nasceu em casa e quem fez o parto foi seu padrinho Gilson e que no momento do parto entraram alguns bois na sua casa causando um reboliço. Lembro que era comum nas cidades do interior animais soltos nas ruas. Em Ribeira do Pombal na minha infância muitos animais ficavam soltos comendo nas ruas especialmente nos lixões que se espalhavam pelos fundos das casas. Eram jumentos, cavalos, bois, ovelhas, porcos e galinhas. Certa ocasião o prefeito mandou recolher os porcos e como não obedeceram a ordem que era fruto de uma recomendação sanitária do médico local o alcaide  resolveu mandar atirar nos porcos que estivessem soltos. Deu uma confusão danada! Certa vez um jegue no cio entrou perseguindo uma jega na missa que o padre Hildebrando  estava celebrando na igreja de Santa Tereza. Foi um Deus nos acuda! 
Voltando ao Leonel Mattos ele contou ainda que quando   sua mãe estava grávida tomou um choque muito forte no microfone do sistema de rádioamador de seu pai e ela costumava brincar que ele “não foi parido, foi chocado”, e avisava brincando aos amigos e conhecidos que não prometessem nada ao Leonel porque ele sempre vai cobrar.

Foto 1 - Intervenção na igrejinha da Ponta do
Humaitá que estava abandonada. Foto 2 - Velório de
protesto por mais combate a AIDS. Foto 3- Intervenção
em árvores mortas na Cidade, anos 90
Foto 4- Painel 
no Terminal Marítimo de Mar Grande , década de 80.


Em 1956 seus pais resolveram vir morar em Salvador  e assim foram estabelecer residência numa casa na Baixa do Fiscal. Tempos depois se transferiram para a Rua Arco Iris, no bairro da Boa Viagem, aí sua infância foi dividida entre os banhos de mar, babas e passeios de bicicleta pelas ruas próximas à sua casa. Teve portanto uma infância normal como a maioria das crianças. Depois foram morar na Rua J. Carlos Ferreira, também na Boa Viagem. Foi neste período que conheceu o Serginho e passaram a desenhar e mudou novamente desta vez para a Rua Piraí, no bairro do Bonfim, foi aí que improvisou um ateliê no quarto e decidiu criar alguns pintos. Talvez isto tenha influenciado a desenvolver estes elementos estilizados que alguns confundem com galos. Ele nega 

peremptoriamente que algum dia tenha pintado alguma galinha ou galo. Passaram alguns anos nesta rua quando foi estudar em 1964 no Colégio São Jerônimo, que funcionava defronte a famosa fábrica de refrigerantes Fratelli Vita, no bairro da Calçada. Foi nesta época que a Polícia Federal bateu  em sua casa e levou alguns livros e outros objetos pertencentes ao seu pai João Mattos que era da Petrobras e atuava politicamente contra a ditadura militar. Ele era do MDB e se candidatou a deputado estadual e não foi eleito, e em 1968 morreu de um enfarto fulminante no Hospital São Jorge. 
Acima Foto 1- Com Jayme Fygura exibe sua escultura Baiolé, 1998. Foto 2- Pinta uma Iemanjá na Colônia de Pescadores do Rio Vermelho. Foto 3- Pintando com alunos da Escola Sátiro Dias com o tema Paz. Foto 4- Com presos do seu projeto de Pintura na Penitenciária Lemos de Brito.

                                              O PRIMEIRO QUADRO

Com  tinta óleo pintou a primeira tela em 1971.
 Pintou seu primeiro quadro em 1971 após visitar uma afilhada de sua mãe chamada Sônia Sinval, que residia na Ladeira da Fonte Nova. Viu vários quadros pintados por ela nas paredes e aquilo lhe encantou, especialmente um deles que tinha uma casinha, solitária,  num local alagadiço. Logo depois a tia Dalva Mattos lhe presenteou com umas tintas, pincéis e telas e começou a pintar o que vinha à cabeça. Lembra que um dia foi para a Rua Rio Almada, no bairro da Boa Viagem, onde tinha um casarão abandonado e da janela avistava o mar. Foi quando resolveu pintar este quadro que está aí que foi o primeiro feito em tela. Lembrou da casinha que a Sônia Sinval havia retratado e desenhou e pintou assim a casinha no  quadro. Neste período conheceu o desenhista e pintor Edmundo Simas, o Super Boy, que era um exímio desenhista que lhe deu muitas dicas importantes.

Já adolescente disse a minha mãe que iria passar uns dias na ilha de Itaparica na casa de um parente e na realidade foi para o Rio de Janeiro de carona com um colega que tinha família que morava lá. Só o irmão mais moço o Fernando Antônio Mattos,j á falecido,  sabia da aventura. Foram de caminhão até Feira de Santana e ao chegar à noitinha pretendiam dormir num posto de gasolina foi quando o dono do posto os ameaçou: “se estes hippies tentarem dormir aqui vou colocar gasolina e tocar fogo”. Neste interim apareceram dois carros para abastecer e diante da ameaça foram pedir carona. Para sorte eram pai e filho que estavam dirigindo cada um dos carros. Foi o filho que lhes deu carona até Brasília. Ele ainda os acolheu em sua casa e de lá foram de trem para Belo Horizonte, sempre pedindo ajuda e carona para viajar. O destino era o Rio de Janeiro e assim conseguiram chegar. Lá chegando os viajantes se desentenderam e o Leonel ficou sozinho. Conseguiu naquela noite dormir na cozinha de uma pequena pousada, e quando estava dormindo "veio um gay fritar ovos e quase pisa em mim," conta Leonel Mattos rindo.  O jovem deu um grito e ele tentou acalmar preocupado que o dono da pousada lhe descobrisse e o expulsasse. Pediu que ficasse calado, e saiu ao amanhecer do dia. Já na noite seguinte teve que dormir na praia de Copacabana. Eram outros tempos... Confessa ter passado muitas dificuldades e fome. "Resolvi voltar para casa. Fui até a Rodoviária do Rio e passei a pedir ajuda para vir para
Obra de 2005  já mostra  evolução .
Salvador. Teve um dos passageiros na Rodoviária que se aborreceu dizendo que era a segunda vez que ele pedia ajuda. Geralmente davam de um a dois cruzeiros. Foi então que aborrecido o passageiro lhe deu dez cruzeiros e completou o valor da passagem. Sentou-se junto de uma senhora que durante o trajeto estava chupando  laranjas e comendo outras guloseimas  e ele olhando, até que ela ofereceu e a partir daí dividia os lanches com ele. 
Resolveu retornar aos estudos e foi para o Colégio São Jerônimo, no bairro da Calçada, estudar Contabilidade, mas na realidade seu interesse era desenhar e pintar. Veio outra mudança e foram morar na Rua Rio Itapicuru, perto do Forte de Monte Serrat. Continuou pintando e entalhando e em 1971 participou  de uma coletiva na Galeria O Candeeiro. Com o apoio da tia Dalva Mattos que trabalhava na Receita Federal conseguiu realizar em 1974 fiz a primeira individual na Galeria da ESAF, no rall do prédio do Ministério da Fazenda, no Comércio, em Salvador e teve a apresentação de José Dirson. Não foi de pintura e sim de entalhes que aprendeu com os entalhadores Paulo Bahia e Hugo Rios, que residiam no bairro de Roma, em Salvador. Em 1980 fez outra exposição
Esta obra de 2023 é resultado de muitos anos de
pintura num crescimento contínuo.
desta vez na Galeria Panorama, no Jardim Brasil, no bairro da Barra, em Salvador e eram pinturas primitivas inspiradas na obra do pintor naif Faróleo. Este artista nos anos 70 vivia no Centro Histórico, em Salvador, e chamava-se Josaphat Honorário de Santa Cecília, era já um senhor, natural de Sergipe.  Faleceu em 1987 num hospital público em Aracaju vítima de uma úlcera. Lembro que divulguei na coluna uma exposição coletiva em 1975 , na Galeria Sereia, no Pelourinho, eram cerca de trinta artistas, e um deles era o Faróleo, com obras tendo como tema as sereias. Nesta época o Leonel Mattos vendia seus entalhes e muitos outros artistas, inclusive o Faróleo mostravam sua arte numa feira que existia no Terreiro de Jesus e que numa dessas intromissões da administração municipal, resolveu “organizar” a feira e terminou foi acabando. Ali muitos artistas moradores de área do Centro Histórico mostravam e viviam da venda de suas obras e objetos de artesanato  aos turistas.

Foto 1- Obra da Gaveta de Memória, no ACBEU.
foto 2- Leonel com o casal Vera e Paulo Prado,
famosos galeristas paulistas Foto 3-Leonel jovem .
Foto 4- Bel Borba, Chico Diabo, Justino Marinho,
Sérgio Rabinovitz e Maria das Graças, na
Galeria O Cavalete , década de 90. Foto 4- Com
o artista Siron Franco e Cleber Gouveia, na 
Galeria Abaporu, no Pelourinho, década de 90.
Foi nesta época em 1974 que decidiu casar-se com a hoje artista Rogéria Mattos. Comprou uma toalha rendada e uma sandália de couro na feira do Terreiro de Jesus. Da toalha fez uma bata, colocou uma pena de pavão num chapéu e assim se apresentou para casar-se na igrejinha da Ponta de Humaitá. Os noivos chegaram numa carroça puxada por um burro e o celebrante foi o padre Hugo, pároco da igreja. A recepção foi feita com dois quilos de balas jogadas no estilo galinha gorda. A noiva estava vestida de cigana e deste casamento nasceu sua filha Rebeca que mora em São Paulo. 
Nesta época Leonel Mattos também fazia impressões em camisas que eram vendidas a um barraqueiro do Mercado Modelo chamado Bernadino Machado  com motivos da Bahia como capoeira, o casario, puxada de rede e outros desenhos inspirados na cultura popular. Foram morar em Umburanas, na ilha de Itaparica e lá fez muitos entalhes das placas indicativas do Hotel Mediterranée que foi um grande sucesso este resort que recebia turistas de todo o mundo. Com esta encomenda conseguiu construir uma pequena casa em Mar Grande, na Fonte da Prata defronte para o mar. Decidiu fazer um mural  no terminal das lanchas em Mar Grande e pintou muitos quadros inspirados nas coisas e gente da ilha e contou  com a ajuda do prefeito de Vera Cruz Aginoel Aquilino dos Santos . Depois fez um mural no terminal de Bom Despacho no desembarque   tendo como suporte placas de Eucatex com 4m x 3m que ficou muito tempo e foi retirado durante uma reforma e não mais o recolocaram no lugar. Ele não sabe o paradeiro da obra.

                 SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO

Decidiram ir morar em São Paulo em 1985 e ficaram durante uns quinze dias numa pousada procurando uma casa para alugar no bairro do Sumaré. E foi através de d. Helena, que era russa e amiga de sua tia Dalva Mattos que conseguiu alugar uma pequena casa na Rua Desembargador do Vale e partiram para procurar galerias que pudessem aceitar o seu trabalho. Algumas nem os recebiam até que o Paulo Prado, conhecido galerista da Galeria Prado, que sempre apoiou jovens artistas os recebeu e expôs suas obras. O primeiro prêmio na carreira do Leonel Mattos foi em 1977 no Festival de Arte de Itapuã recebido das mãos do saudoso Sante Scaldaferri. Os artistas Leonel e Rogéria Mattos se inscreveram em vários salões inclusive no Salão de Pintura Jovem da Pirelli que teve uma participação de cerca de três mil artistas de todo o Brasil, e tanto Rogéria quanto o Leonel foram premiados e a exposição foi realizada no Museu de Arte  de São Paulo -MASP, sendo que Rogéria ficou entre os três melhores, segundo o júri especializado. Neste mesmo ano foi premiado no  Prêmio Chandon Arte e Vinho, no Paço das Artes e no VII Salão de Arte de Presidente Prudente, ambos em São Paulo; em 1986 foi premiado na I Bienal Arteoeste de Presidente Prudente, em São Paulo, com o Prêmio de Aquisição; em 1995 premiado na III Bienal do Recôncavo Baiano, realizado em São Félix/Cachoeira, com o Prêmio de Aquisição e em 2004 com o prêmio Braskem de Cultura e Arte com a Caixa Preta, que expôs no MAMB.

Obra recente onde incluiu rostos de conhecidos.
 Ficou cinco anos e meio em São Paulo, se separou e foi para Rio de Janeiro . Quando chegou ficou provisoriamente num apartamento do artista Jadir Freire, que foi para a Alemanha e lhe cedeu por um tempo. O Jadir também era baiano e  já faleceu. Continuou fazendo suas exposições na Galeria Anna Maria Niemeyer, no Rio de Janeiro; no Museu de Arte Moderna, no Paraná; no MAMB, e na Galeria O Cavalete, ambos em Salvador; em 1987 cria o projeto Extremo juntamente com Dina Oliveira, que é paraense; Ricardo Aprígio, de Pernambuco e Brito Velho, do Rio Grande do Sul, que foi uma exposição itinerante que percorreu dez estados brasileiros, inclusive teve uma exposição aqui no Museu de Arte Moderna da Bahia. Logo depois foi convidado pelo crítico de arte Jacob Klintowitz para participar da 1ª Seleção Helena Rubinstein no MASP, em São Paulo, e as obras foram mostradas em Paris e em Bordeaux, na França. Voltou para  Salvador e conheceu Indaiara e daí nasceu seu filho Leonel Rocha Mattos Filho, o Leo, já falecido, do qual eu era o padrinho.

GRANDE REVÉS E SUPEERAÇÃO

Fazendo escultura de
  cimento na prisão.
E
m 2000 sua vida sofreu um revés quando foi preso permanecendo 3,5 anos de reclusão, mas o Leonel Mattos não parou. Três meses depois que foi preso e sentenciado já dava a volta por cima e passou a pintar  inclusive as portas das celas e a ensinar alguns presos a trabalhar com tintas e pincéis. Quando faltava tinta improvisava com pó de café e continuavam pintando. Passou a escrever muitas cartas em qualquer papel que encontrasse, inclusive tenho algumas delas guardadas, onde mostrava toda sua revolta e sua ansiedade e o desejo de voltar a ser livre. Sou testemunha do empenho e da tenacidade de Isa Oliveira, com quem viveu 28 anos, sua ex-mulher, que teve um papel fundamental juntamente com seu irmão mais velho o João Mattos, que sempre procuravam as pessoas, inclusive a mim, que trabalhava no jornal A Tarde, e na época o veículo tinha um grande prestígio na sociedade baiana, e assim conseguiram que algumas reivindicações fossem atendidas. Ele é grato também ao André, da Bigraf, que fornecia os papéis para desenhar, e quem intermediava tudo isto era ela e o irmão João. Mesmo preso sua esposa à época conseguiu por exemplo, vender 173 telas para o Hotel Plaza de Camaçari e isto deu um certo alívio financeiro.

O Cristo que integra sua grande obrada Caixa
Preta onde conta toda a suatrajetória com 
com muitas fotos e textos .
Atualmente está no seu quarto relacionamento desta vez com Alba Trindade, que também pinta. É um artista diferenciado, reconhecido aqui e em outros estados brasileiros, inclusive com apreciação dos principais críticos de arte brasileiros como Geraldo Edson de Andrade, Olívio Tavares de Araújo, Olney Kruse e Theon Spanudis além dos críticos locais. Já participou de dezenas de salões, exposições coletivas e mais de vinte individuais em Salvador; Goiânia em Goiás; Porto Alegre; Brasília; Olinda em Pernambuco; Belém, no Pará; Recife, em Pernambuco; São Paulo, Capital; Santos, Ribeirão Preto, Presidente Prudente e Campinas, em São Paulo; Belo Horizonte, em Minas Gerais; Curitiba, no Paraná, e no Rio de Janeiro. Estas exposições foram anotadas até 2004, deste período para cá tiveram outras que ele deixou de computar. Com a sua capacidade de criar coisas novas e de pintar com entusiasmo de um iniciante Leonel Mattos continuará nos brindando com sua arte singular hoje disputada por colecionadores e galeristas.  E tem ainda muita estrada pela frente e coisas a realizar.



35 comentários:

  1. Esse texto é um retrato perfeito do artista Leonel Mattos

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  2. Graça Gama
    Parabéns amigo Reynivaldo Brito pela oportunidade de conhecer grandes artistas.Parabens Leonel muito sucesso .Você merece 👏👏👏👏🌟

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  3. Leonel Mattos
    Meu grande amigo e compadre Reynivaldo Brito, homem sensível e sempre procurou estender a mão sem olhar a quem. Só escreve o que gosta e sensível e atento aos fatos típico de um jornalista por excelência. Aos cinquenta e quatro anos de arte e muita estrada ainda não tenho um livro em vida , seria o mais justo para acompanhar de perto a minha realidade. Porque depois que morre lhe pintam do jeito que quiser. Mas mesmo sem o livro , já sou muito grato o que tem escrito durante toda minha trajetória porque pude ser homenageado por essa figura ilustre e verdadeira que você é! Digo sempre o jornalista é o grande parceiro do artista visual porque sua obra ganha voz e ecos. Muito obrigado meu amigo!

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  4. Maria Nazaré Santos
    Você representa muito meu amigo ! Que bom poder conviver e aprender sempre com você ! Obrigada a Reynivaldo por mostrar mais esta janela da sua alma para o mundo ! Parabéns Leonel Rocha Mattos ! Parabéns Reynivaldo Brito 👏🏿

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  5. Tereza Gama
    👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏

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  6. Darcy Brito
    Tive a honra de ter esse talentoso artista como ilustrador da capa do meu livro “Rainha sem Faixa”. Inspirado pela história ele se viu na pele da personagem e desenhou um auto-retrato, segundo o próprio confessou.
    Pode ser uma ilustração

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  7. Enio Celestino
    Parabéns Reynivaldo Brito pelo excelente texto, onde é preciso ter uma percepção sobre a arte contemporâneo de Leonel Mattos. Acredito que o mundo ainda vai lhe agradecer pelas incontáveis coisas maravilhosas que têm feito e que fascina quem as percebem em todos os lugares.

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  8. Angela Lisboa Dabush
    Grande talento, várias artes

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  9. Tereza Gama
    Parabéns Reynivaldo Brito você também é um grande jornalista e quase escritor

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  10. Ivo Neto
    Belissimo trabalho parabéns 🎨🖌👏🏽👏🏽👏🏽

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  11. Liane Katsuki
    Parabens Reynivaldo por seus maravilhosos textos.
    Voce tem muito talento!

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  12. Anna Anapana Martins Ferreira
    Leonel Rocha Mattos que beleza Leonel!!!! Sua arte é muito linda...eu adoro....saudade de ver de perto amigo....querido!!! Merecida matéria❤️❣️

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  13. Rita De Cassia Martins
    Já havia comentado, acrefito ser uma Execelente face!

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  14. Benjamin Brito Gama Junior
    Que trajetória linda ,cheia de desafios e sucesso,sempre triunfante nas suas aventuras.
    Parabéns Rey 👏👏👏👏👏👏👏👏

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  15. Domingos Dantas Brito
    Um artista nota 10, parabéns Rei por divulgar o que é bonito de se ver.

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  16. Maria Nazaré Santos
    Uauuuu estou impactada e feliz o jornalista amigo dos Artista … Reynivaldo Britto ! a cada dia se supera e desta vez não fez por menos ! que relato fabuloso ! deste lendário a quem muito admiro Leonel Rocha Mattos grande artista …que tenho a honra de viver e dividir o palco das artes no mesmo período ! a Bahia está de parabéns por estes dois ilustres e fantástico cidadãos ! Obrigada Reynivaldo Brito pela sua existência ! que honra ter o privilégio de um dia você cruzar o meu caminho e justamente por indicação deste grande Artista ! Meus aplausos a ambos ❤️👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿

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  17. Rebeca Mattos
    Maravilha que trajetória incrível é um orgulho fazer parte .... te amo

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  18. Edna Silva
    Gosto muito do trabalho de Leonel Mattos.

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  19. Inah Campos
    Escrever sobre talentos é tão talentoso quanto.

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  20. Albha Sampaio
    Amei
    Que delícia ler as suas reportagens
    Parabéns à vocês e à Leonel, que nos oferecem as suas artes de maneira clara e bela

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  21. Manuel Augusto Bonfim
    PENSO QUE NO AR, NO VENTA EXISTAM PACOTES DE ENCANTO, IN SITE QUE QUEM DE FATO VERDADEIRO NO ASTRAL SEJA UM SER PERCEPTIVO, ISSO DO SER SENSITIVO QUE SENDO DINÂMICO E ATUANTE NA VOCAÇÃO QUE ADMIRAÇÃO E ESCOLHA FAZ PRÁTICA DE ALGUMA DAS NUANCES DO ARQUÉTIPO ARTE. FELIZARDO FARÁ ACONTECER GRAÇA, ACONTECER VENTURA QUE ESTANDO SINTONIZADA PARA ONDA SOCIAL DA CIVILIZAÇÃO DE CONTRATO E NEGÓCIOS, GOZARÁ LOUVOR A DE RENTÁVEIS ATIVOS DO MATERIAL E DO INTANGÍVEL. AQUELE QUE PRODUZ MODA FICARÁ EVIDÊNCIA E GOZARÁ LOUROS DO SOCIAL. VISLUMBRO DE QUEM VIVA EM HARMONIA AO BEM DE NÃO SER UM COMUM E OU BANAL, SERÁ E FICARÁ EXTRA. PRODUTOR NA VANGUARDA PODERÁ SER ESTRELA DE BRILHO LONGO OU DE BRILHO PASSAGEIRO, MAR MARCANTE. NA BAHIA MUITOS BRILHAM, MAS HÁ MUITOS COM LUZ DE LUA E HÁ TANTOS COM LUZ DE SOL. CONTUDO, VINGAR DE SER REFERÊNCIA, OCORRE EM QUEM SE MANTÉM BRILHANTE NA CONTINUIDADE DA HISTÓRIA, FATO QUE DESSE PANORAMA DE CONSTELAÇÃO DA CRIATIVIDADE, PARABENIZO QUEM SE MANTÉM MESMO NO SHOW, ISSO EM ATO NOBRE DE NÃO SE DEIXANDO COLAPSAR. FELICITO A QUEM, AINDA, SE INVESTE NA LIDA DE IR ROLANDO OS DADOS ESPERANÇOSO E COM CHANCE DE VALER NO ADIANTE DO NÃO IR AO ESQUECIMENTO. DE BOA !!!

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  22. Fernando Freitas Pinto
    Sempre um texto apreciável e inteligente!
    Parabéns ao Artista.

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  23. America Passos
    Tenho muita vontade de lhe encontrar para um bate papo. Ouço falar muito das suas competências, inclusive um texto sobre nossa terrinha!!!’

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  24. Guto Faria
    Leonel é o maior talento vivo que já conheci. É uma inteligência que o torna inquieto, vive em ebulição, agitação e entusiasmo próprio dos gênios da nossa arte.

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  25. Sil Faria
    Leonel é um talentoso artista baiano que nos enche de orgulho.

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  26. Graça Barreto
    Conheço o trabalho maravilhoso de Leonel, só posso parabenizá-lo pelas suas obras. Deus continue lhe abençoando e toda Família e aumente a sua criatividade

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  27. Celimar Geambastiani
    Maravilha, parabéns. A arte é a expressão do ser.

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  28. Maria Deuzari Costa Magnavita
    Você é um grande jornalista, gosta de contar história e apreciador das artes.
    Admiro muito seu trabalho!

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  29. Excelente reportagem. O título resume tudo: talento e superação. Excelente!

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