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sábado, 2 de agosto de 2025

NANJA E SUA ARTE CHEIA DE SENTIMENTOS

A artista Nanja pintando em seu ateliê .
A Nanja é uma artista visual autodidata e vem se destacando pela qualidade de sua produção realizando exposições coletivas  e  individuais , ilustrando livros e elaborando mosaicos. É graduada em Letras pela Universidade de Feira de Santana. Exerceu o magistério por algum tempo, mas chegou à conclusão que não era a sua praia e não conseguia se realizar ensinando. Foi então que decidiu iniciar suas observações sobre as pinturas de Manabu Mabe, pintor nipo-brasileiro (1924-1977), morreu em São Paulo aos 73 anos de idade; de Oscar-Claude Monet pintor francês e o mais célebre entre os impressionistas (1840-1926), e do inglês William Turner, que foi um pintor, músico, gravurista e aquarelista romântico (1775-1851). Depois de suas pesquisas começou a pintar algumas abstrações e não mais parou. Descobriu que a arte havia chegado para ficar e passou a se dedicar integralmente. Atualmente é uma das artistas que se destaca não somente em Feira de Santana onde reside, mas também em várias partes deste país continental. Ela pinta com sentimento e vai dando suas pinceladas surgindo formas incríveis com tons vibrantes entremeados de tons mais amenos criando uma atmosfera de alegria.

Vemos quatro obras da série Abstratos
com grande variação de cores e formas

sábado, 26 de julho de 2025

OBRAS DE ZEBAY INSPIRADAS NOS NEOCLÁSSICOS

 Zebay pintando em seu
ateliê na cidade de Ibicuí.
Desde garoto que já desenhava, procurava tocar violão e entrar em contato com os livros. Na década de setenta vieram para a cidade de Ibicuí, interior da Bahia, os estudantes do Projeto Rondon e queriam conhecer as coisas e pessoas da Cidade. Eles organizaram uma exposição e Zebay apresentou um trabalho que foi exposto e premiado. Projeto Rondon foi criado em 1967 e funcionou até 1989 envolvendo mais de 350 mil estudantes. O objetivo era contribuir com o desenvolvimento da cidadania dos estudantes universitários, empregando soluções sustentáveis para a inclusão social e a redução de desigualdades regionais.  O Projeto Rondon tinha como lema "Integrar para não entregar", expressando um ideário desenvolvimentista   articulado à doutrina de segurança nacional. O projeto promovia atividades de extensão universitária levando estudantes voluntários às comunidades carentes e isoladas do interior do país, onde participavam de atividades de caráter notadamente assistencial, organizadas pelo governo.

Retratos de autoria de Zebay mostram a
qualidade do desenho, pintura ,
composição e o cromatismo.
.
A partir desta exposição e sua paixão pelos grandes mestres do passado da pintura aumentou. Foi quando conheceu as obras   do pintor francês Jacques-Louis David por meio de suas leituras.  Passou a observar cuidadosamente cada detalhe procurando desenvolver a sua técnica. Disse o artista Zebay que atualmente conversa com outros artistas e continua fazendo suas telas artesanalmente no seu ateliê e que inclusive que tem uma artista amiga que reside em Nova Iorque e sempre está lhe passando informações sobre as novidades  que surgem por lá. O artista Zebay revelou que fica fascinado ao fazer suas telas artesanalmente. "Encomendo os chassis em Vitória da Conquista. Compro os metros de linho ou mesmo de tecido de algodão. Corto no tamanho desejado e estico nos chassis. Também às vezes prendo na bancada com pregos o pedaço de tecido que vou usar para fazer a tela, lixo para tirar os caroços e outras imperfeições, e se não ficar completamente liso com o auxílio de uma agulha coloco os nós maiores para o fundo do tecido. Passo a lixa levemente, e em seguida esquenta a Cola Coelho em banho-maria e vai   passando no tecido, deixando secar a primeira camada durante um dia para depois   dar  a segunda mão de Cola Coelho". Reconhece que "pode ser trabalhoso, mas para mim dá uma sensação muito grande por estar preparando artesanalmente o meu material de trabalho”. Ao término das camadas da Cola Coelho ele passa uma camada de gesso acrílico.

                                         VISÃO DO UNIVERSO

Também pinta ícones de santos .
"Sobrevivo com esta energia e o Universo ajuda a vender meus trabalhos. Quando a obra está pronta coloco na parede fico olhando todo dia e namorando cada detalhe que pintei.", descreve Zebay.  Disse ainda que fica feliz no seu ateliê em Ibicuí, e que já morou em Salvador, na praia em Itacaré e que pode morar em qualquer outra cidade, no Recôncavo e na Chapada. "Minhas coisas acontecem assim. O importante é que o Universo me ajuda e tenho que trabalhar. Tenho que ter uma dinâmica e disciplina. Quanto à minha técnica venho aprimorando a cada dia. Começo a pintar com uma tinta bem rala e vou preenchendo os espaços. Aí me livro da tela em branco, e vou colocando outras camadas de tintas. Primeiro, é a fase da tinta magra, aí vou incorporando, e na terceira fase dou os toques de luz e sombra. Ao término parece que as figuras querem sair da tela e se livrar de mim", diz brincando o Zebay.

Zebay ensina crianças a pintar no bairro
El Dourado, Ibicuí, 2017.

A Cola de Coelho que ele utiliza é muito usada principalmente em restauração, preparação de telas para pintura e douramento, além de outras aplicações artísticas. É uma cola tradicional feita a partir do colágeno de coelhos, solúvel em água morna e conhecida por sua capacidade de selar e unir materiais. Já o gesso acrílico é usado para preparar telas de pintura, criando uma superfície lisa e uniforme para receber a tinta. Ele ajuda na aderência da tinta, protege a tela e pode influenciar na durabilidade e vivacidade das cores. O gesso acrílico é o mais comum para essa finalidade, sendo dissolvido em água, é de fácil aplicação e secagem rápida. Finalmente ele passa o Líquen Windsor & Newton na base de água que acelera a secagem das tintas a óleo, melhora a fluidez, aumenta o brilho, é resistente ao amarelecimento e ideal para técnicas de veladura, além de criar finas camadas vidradas ou pintura em trabalhos detalhados.

                                                           QUEM É

Pintando  retratos de Jorge Amado
e Adonias Filho da série Terras
do Sem-Fim.
 O artista José Alberto Ferreira Silva, que assina Zebay, nasceu em dezoito de
janeiro de 1964 na cidade de Ibicuí, que dista 461 Km de Salvador. Filho de Almerindo Gomes Silva e d. Aracy Ferreira Silva. O seu pai era caminhoneiro e também operava os equipamentos do cinema da cidade. Também trazia as mercadorias de Salvador para o município ,que até hoje é considerado de pequeno porte, com menos de 16 mil habitantes. O Zebay estudou até o nono ano, e não concluiu o curso secundário. É artista autodidata e seu conhecimento de técnicas de pintura e de artistas clássicos, renascentistas, neoclássicos, além dos modernos e contemporâneos vem de suas leituras e pesquisas que continua fazendo.
Começou a desenhar nos anos 70 e tinha uma fascinação pelos circos mambembes que chegavam à cidade de Ibicuí, principalmente por um deles que "tinha um mágico do cabelo grande." Eles armavam suas lonas e  arquibancadas num campinho que a garotada costumava diariamente jogar bola. Portanto, tinha a alegria da chegada do circo, por sua presença com bailarinas, mágicos, palhaços e os trapezistas, mas por outro lado, privava os meninos do  campinho.

Desenhos de futuras obras do artista.
 "Para entrar de graça no circo a gente ia buscar água no rio Gongoji para os artistas do circo. Embora o rio estivesse a poucos metros da cidade não havia água encanada naquela época. O tempo passou, e certo dia os políticos locais conseguiram que o Banco do Brasil construísse uma agência na cidade.  O local escolhido foi exatamente o campinho de bola onde a garotada se divertia todos os dias. Passados uns tempos um circuito elétrico provocou um grande incêndio destruindo completamente a agência do BB, e o local passou a ser chamado pela população local de banco queimado. Acontece que àqueles garotos que brincavam no campinho já estavam adultos e muitos nem mais moravam em Ibicuí. Mas, o campinho continua sendo utilizado por outros garotos das novas gerações.

                                                     A PINTURA

A elegante d. Edite da série
Cine Ibicuí.
O artista Zebay relembrou que na cidade de Ibicuí tinha um alfaiate boêmio casado com uma mulher muito elegante e bonita chamada d. Nina. Naquela época quase não existiam roupas - prêt-à-porter - ou seja pronta para vestir, e você ia ao alfaiate, ele tirava as medidas e confeccionava sua camisa ou calça. Hoje ainda existem alfaiates que confeccionam ternos exclusivos para clientes especiais. O Zebay admirava tanto a d. Nina que certo dia teve um sonho e decidiu pintar o seu retrato. Disse que ela todos os dias tomava o seu banho e se postava na janela da casa para ver o movimento na pracinha. Quando esteve com ela durante a conversa d. Nina lembrou de seu pai operando o projetor do cinema. Nesta sua visita à elegante d. Nina notou que ela tinha sido acometida de vitiligo. Esta doença  tira a pigmentação da pele, ofuscando um pouco da sua beleza. Lembrou ainda do seu tempo de infância de d. Edite e suas duas irmãs que eram donas do Cartório local. Elas ao sair às ruas se vestiam como se fossem a uma festa com os melhores vestidos e portando joias. "A d. Edite tinha os olhos verdes”, e essas reminiscências lhe servem de inspiração para pintar.

Mulheres da Rua da Palha.
Também relatou sobre suas buscas por um trabalho autoral e falou de sua admiração pelos pintores pernambucanos Reynaldo Fonseca e do João Câmara. Mas, sua maior inspiração vem do pintor neoclássico francês Jacques-Louis David (1748-1825). Considerado o representante francês do neoclassicismo, e consta na História da Arte que ele controlou durante anos as artes na corte francesa de Napoleão Bonaparte. Ao observar uma pintura de Zebay notamos que alguns de seus retratos realmente lembram os pintados naquela época. A técnica é apurada e todo o trabalho artesanal na preparação da tela e no uso de tinta a óleo para pintar lhe proporcionam criar um ambiente de tempos passados.

Voltando aos personagens do seu mundo de sonhos ele também falou dos personagens reais que vivem na zona rural do município de Ibicuí os quais também lhe inspiraram. Citou o romance do escritor Jorge Amado   Terras do Sem-Fim, lançado em 1943. "O livro descreve conflitos em busca da conquista de pedaços de terra nas florestas da Bahia, para transformá-los em plantações de cacau." Para realizar esta série que intitulou Terras do Sem-Fim parodiando o romance do grande escritor baiano Zebay faz viagens pela zona rural e lá de acordo com os familiares da casa escolhem uma pessoa, mais querida da família, e pinta na frente da casinha. Também já pintou as senhoras que na época moravam na Rua da Palha que era a rua de diversão dos jovens que estavam de passagem para a vida adulta. Eram mulheres que viviam de comercializar os seus corpos, muitas vezes pela grande dificuldade de sobrevivência.

                             EXPOSIÇÕES COLETIVAS

Exposição no Condomínio
Cidadelle, em Itabuna.
E1974 fez sua primeira exposição organizada pelo Projeto Rondon - Ibicuí/BA. 1983 - Feira de Arte – Itabuna/Ba; 1983 a 1985 - I, II e II Salão de Artes Plásticas da Região Cacaueira, Ilhéus/Ba. 1984 - FUNARTE – Rio de Janeiro/RJ. 1985/86 - I e III Salão de Arte – Ibicuí/Ba; 1a e 2a Semana de Arte – Ibicaraí/Ba; 1° Salão de Arte – Ibicuí/Ba; Semana Cultural de Nova Canaã/BA. 1987 -Teatro Municipal de Ilhéus/BA. 1988 - Centro de Cultura – Itabuna/BA. 1989 - Galeria de Arte Vila Imperial – Vitória da Conquista/BA. 1990 - Clube Social – Vitória da Conquista/BA. 1991- Galeria de Arte Vila Imperial – Vitória da Conquista/Ba. 1992 - III Salão Regional de Arte – Itabuna/BA. 1993 - Exposição Coletiva – Barcelona /Espanha; Exposição Coletiva – Centro de Cultura Adonias Filho – Itabuna/BA. 1996 - Exposição Coletiva – Galeria de Artes Valéria Vidigal – Vitória da Conquista/BA; Exposição Coletiva - Centro de Convenções – Salvador/Ba. 1998 - Exposição Coletiva - Livraria Papiros – Ilhéus/BA; Exposição Coletiva - Galeria Valéria Vidigal – Vitória da Conquista/BA; 1ª Mostra de Arte e Decoração – Vitória da Conquista/Ba; coletiva com Adelson do Prado. 1999 - Exposição Coletiva Hotel Transamérica – Ilha de Comandatuba; Mostra de Natal – Livraria Papiros – Ilhéus/BA. 2002 - Coletiva Centro de Cultura Adonias Filho – Jornal Agora – Itabuna/BA. 2004 - Coletiva Jequitibá – Jornal Agora - Plaza Itabuna/BA. 2013 - Exposição Coletiva Cidadele – Itabuna/Ba. 2017 - Exposição Coletiva - Carrousel Du Louvre – Paris; Exposição Coletiva – Galeria Geraldes – Porto, Portugal. 2019 - Exposição Coletiva – Gilda Queiroz Galeria – Belo Horizonte/MG.

Cinco obras da exposição na Galeria
Geraldes, cidade do Porto, em Portugal.
 INDIVIDUAIS

Em 1984 - Salão Paroquial -Ibicuí/BA. 1985 - Coelba - Ibicuí/BA. 1987 - Galeria de ArteÂnima -Itabuna-BA. 1988- Murais em Salvador-BA. 1989 - Galeria de Arte Vila Imperial - Vitória da Conquista-BA. 1995 - Individual FransCafé – São Paulo-SP.1997- Galeria da Arte Valéria Vidigal - Vitória da Conquista/BA. 2000 - Galeria de Arte Valéria Vidigal - Vitória da Conquista-BA.

PREMIAÇÕES: Em 1983 - 1° Lugar – II Salão de Artes Plásticas da Região Cacaueira. 1984 - Premiado do III Salão de Artes Plásticas da Região Cacaueira. 1985 - Salão de Artes da Região Cacaueira. 1986 - 1° Lugar – 1° Salão de Arte – Ibicuí-BA; 1° Lugar – III Salão de Artes Plásticas da Festa do Cacau – Ilhéus-BA. 1992 - III Salão Regional de Artes Plásticas – Itabuna-BA. 1997: Troféu Cidade Artista do Ano – Vitória da Conquista-BA; Homenagem Câmara de Vereadores de Ibicuí-BA.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

EXPOSIÇÃO ODE AO MODERNISMO HOMANEGEIA RIOLAN COUTINHO

Cartaz da mostra e desenho de Riolan
Coutinho de autoria de Paulo Rufino,
e duas  fotos do homenageado
.
A Exposição Ode ao Modernismo será aberta hoje, dia 22, às 19  horas, no Centro Cultural da Caixa Econômica ,localizado na Rua Carlos Gomes, em Salvador, numa homenagem ao mestre Riolan Coutinho e conta com as participações dos artistas Else Coutinho e Elizabeth Roters, irmã e esposa do homenageado, respectivamente, além de Bel Borba e Murilo Ribeiro. A exposição constará da apresentação das obras de pinturas, desenhos e esculturas desses quatro artistas modernistas, e de um espaço especial dedicado ao mestre Riolan Coutinho com suas obras e história, que se inicia com coquetel e se mantem ao longo dos meses de julho e agosto 2025.

A mostra tem a curadoria de Andrea Coutinho, celebra os 103 anos de Riolan que pertence à segunda geração dos modernistas baianos. Na exposição você ficará sabendo detalhes de sua atuação como artista e também como professor que contribuiu para a mudança curricular e de postura da Escola de Belas Artes, que deixou o ensino acadêmico por uma abertura para o modernismo. Ele trouxe essas ideias modernizadoras a sua estadia como bolsista em Madrid e Paris onde teve contato com as últimas novidades na arte feita naquela época.

Este rompimento foi fundamental para dar maior liberdade de expressão aos artistas, deixando de lado a representação realista para abraçar novas linguagens e estilos. Também trouxe novas técnicas e materiais a exemplo de tinta acrílica que ainda era pouco conhecida por aqui.  O mestre Riolan Coutinho apresentou  vários desenhos e pinturas feitos durante seus estudos em Madrid e Paris e aqui passou a orientar seus alunos com essas novas técnicas, materiais e experiências vividas na Espanha e França. Os quatro artistas expositores foram seus alunos na Escola de Belas Artes, da Universidade Federal da Bahia, e são profissionais que já realizaram várias exposições, conhecidos no mercado de arte baiano e até e fora do país.

 

sábado, 19 de julho de 2025

CARMEN FREAZA PINTA SUA ALMA FEMININA

Carmen Freaza trabalhando em seu ateliê .
A artista Carmen Freaza há décadas vem participando de exposições individuais, coletivas, salões aqui e lá fora mostrando sua arte focada nas formas sinuosas da mulher usando cores e tonalidades que identificam a sua produção. Faz um figurativo moderno quase sempre a composição traz como elemento principal a figura da mulher. Ela considera que esta sua pintura autoral surge no momento que começa a fazer os primeiros esboços na tela branca. A imaginação vem nesta direção “acho que pinto a minha alma”, e as cores em tonalidades de amarelos, azuis e terrosas criam um ambiente de sensualidade feminina quase celestial. Nos convida à contemplação de suas figuras de rostos meio circulares e olhares expressivos que variam da alegria à tristeza. Desde a década de 80 que conheço as obras de Carmen Freaza quando ainda se dividia entre a arquitetura e a pintura com seu esposo, também arquiteto o Alfredo Gusmão, que infelizmente veio a falecer em 2022.  Foi exatamente no ano de 2014, depois de um período de maior dedicação à arquitetura que retornou com força para sua arte e não mais parou.  Hoje temos uma artista reconhecida e produzindo sua arte muito apreciada pelos que gostam da figuração. A artista revela que na pintura encontra uma forma de  expressar o seu encanto pela natureza, pelas belezas da sua terra e pelas descobertas que faz da alma humana, quando posiciona seu olhar  sobre o universo feminino e suas possibilidades estéticas. Tem como base sua expertise de artista visual e do trabalho que desenvolve como arteterapeuta em seu ateliê no Jardim Brasil, no bairro da Barra, em Salvador. O teraupeta é o profissional de saúde mental  e pode utilizar a arte como ferramenta
Esta obra está exposta na Faculdade de
Arquitetura.
 terapêutica para ajudar os indivíduos a explorar suas emoções, desenvolver autoconhecimento e promover o crescimento pessoal.
 Ela confessa ainda que busca sempre a sutil linha poética e se coloca entre a realidade e a fantasia, e assim segue criando e registrando sua arte com traços precisos, orgânicos e sinuosos mostrando o seu mundo que chama de “figurado contemporâneo”. Na sua condição de mulher e terapeuta junguiana usa a arte para melhorar o emocional de seus alunos   buscando  tocar no centro emocional e psicológico das pessoas, "onde residem emoções, medos, desejos e traumas". E sua arte revela essas emoções de alegria, de tristeza, de melancolia, de busca e de uma sensualidade contida. 
A  Carmen Castro Freaza é filha do espanhol da Galícia, Albino Castro Freaza, que foi um dos mais destacados dirigentes do Esporte Clube Vitória e de d. Nelly Castro Freaza, brasileira que tinha descendência francesa-libanesa. Nasceu em dezessete de abril de 1952 e foi criada em meio ao mundo do futebol, mas nunca gostou, talvez pela presença em sua residência de muitas conversas e discussões que giravam sobre o mundo futebolístico. Estudou o primário e o ginásio no Colégio das Mercês, localizado na Avenida Sete de Setembro, e o
A influência da arquitetura 
neste belo casario.
colegial no Dois de julho, no bairro da Fazenda Garcia. Recorda que fez o vestibular em 1970 na Faculdade de Arquitetura,  da Universidade Federal da Bahia, e de Economia, na Universidade Católica de Salvador, sendo aprovada em ambos os cursos. Optou por Arquitetura, e só veio a concluir em 1978 devido às muitas greves e outros problemas na sua vida acadêmica. Seus pais queriam que fizesse Pedagogia, mas naquela época as jovens pensavam em se libertar e não seguir os passos de suas mães, quando muitas delas eram donas de casa. Por gostar de Matemática e Desenho escolheu a Arquitetura que no seu entendimento lhe daria mais liberdade como profissional. Após a formatura resolveu casar e ficaram trabalhando com arquitetura. Disse Carmen Freaza que “a pintura foi ficando por um bom período em segundo plano”.

                                                       O GATILHO

Certo dia ouviu uma frase que lhe impactou e nunca saiu da sua mente. A frase é a seguinte: “Todo arquiteto é um pintor frustrado!” Trabalhei muito como arquiteta e ao ouvir esta frase que alguém disse num programa de televisão funcionou como um gatilho. Não sabe explicar como isto aconteceu. Decidiu procurar aprender a pintar e foi estudar com o professor Oscar Caetano que estava dando um curso de Pintura na Escola de Belas Artes, da Universidade Federal da Bahia. A duração do curso foi apenas de poucos meses, e achou que não foi suficiente. Aí foi para a Galeria Panorama e teve como professora Anna Georgina, e depois foi estudar com  Odete Valente, que ensinava num prédio, na Rua Banco dos Ingleses. Carmen passou a fazer umas figuras humanas mais livres, sem aquela preocupação em copiar. Recordou que algumas pessoas ao ver suas pinturas relacionavam com os fantasmas. Destacou que a professora Odete Valente dizia “pinte o que você quiser. Ela não me restringia. Ela também elogiava, e isto me estimulava”. Passou a fazer exposições e disse que "até hoje é apaixonada por exposições. Não sei explicar, mas gosto de organizar e mostrar os meus trabalhos”. A propósito ela está participando da coletiva Arte e Arquitetos 2025, que foi aberta ontem na Faculdade de Arquitetura , da Universidade Federação da Bahia, no bairro da Federação.

Carmen pinta também objetos, animais e 
até a  Shri Saraswati  deusa indu
da sabedoria, das artes e da música
.
 Em 1981 fez concurso para o Banco do Brasil e foi aprovada passando a trabalhar. Ficou durante quatro anos, e confessa que não foi uma boa experiência porque trabalhava demais. Para ela   ser bancária não combinava por ser  naturalista alternativa. Não se adaptou ao ambiente  e mudavam ela com frequência  de setor . Era uma briga danada e neste meio tempo já estava fazendo exposições e era ali que me realizava. Largou o banco e passou a pintar. Os parentes e amigos disseram você “está maluca, largar um emprego certo e bem remunerado para arriscar a ser artista”. Carmen Freaza disse que sempre respondia “maluca eu vou ficar se permanecer no banco, um lugar que nada tem a ver comigo”. 
Foi aí que resolveu estudar na Galeria Panorama onde fez sua primeira exposição e também  um Curso de Extensão na Escola de Teatro da UFBA, e depois pediu para entrar como portadora de diploma universitário. Ficou dois anos, mas tinha que optar porque o teatro estava lhe absorvendo muito e a aconselharam a fazer Artes Cênicas. Porém, era outro ambiente ." Tive que fazer a opção e optei pela pintura. Aprendi muito e acho que tive uma experiência  importante. Fui fazer uma exposição juntamente com Viga Gordilho e outros artistas de serigrafia na Galeria Prova do Artista. Depois fomos fazer outra exposição que arranjei em Porto Seguro, inclusive também com a participação de Tina Pimentel." Em seguida em 1996 a professora e artista Carmen Carvalho  que ensinava Composição Decorativa entrou de licença e foi substituí-la. Ela e seus alunos pintaram muitos tecidos e espalharam pela escola inteira. Em seguida foi ser professora Substituta da disciplina  Desenvolvimento de Projeto de Decoração Ambiental I, III e V, no ano de 1997,  também na Escola de Belas Artes, da UFBA,  substituindo, Yumara Pessoa, que foi ter nenê. Lembra que quem lhe avaliou foi o professor Luiz Mário . Ficou  dois anos, e disse que neste período  estudou mais sobre arte. 

Entre as pinturas que estão em seu ateliê
esta se destaca pelo uso da luz e sombra
e leveza da expressão.
Passou a dar curso de extensão em Criatividade e Arte, Estamparia e tinha um jeito meio bagunçado com trabalho de corpo, dança e certo dia o Victoriano Garrido, que era  esposo de uma das alunas, foi assistir a sua aula, e ao término lhe convidou para dar aula no Estado. Ele trabalhava numa Secretaria do  Estado e iniciavam um Projeto chamado de Programa de Gestão e Desempenho Institucional(PGDI) na Bahia visa aprimorar a gestão e o desempenho das secretarias de estado, buscando eficiência e resultados para a administração pública estadual.Foi assim que Carmen Freaza passou a treinar os funcionários das secretarias durante três anos. Disse que o salário era muito bom e as aulas muito divertidas. Aprendiam criatividade, a desenhar, dançar e até  cantar. Lembrou que o Márcio Meireles dava aulas e Teatro. Foi aí que a artista Carmen Freaza passou a gostar de ensinar e ao término do seu período no PGDI foi dar aulas particulares numa sala que alugou no bairro da Graça. Atualmente ministra aulas de pintura e arterapeuta no seu amplo ateliê localizado num prédio no Jardim Brasil.

                                        EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS E COLETIVAS

 E2025 –Art Arq - Exposição Faculdade de Arquitetura da UFBa. – Salvador – Bahia – Brasil; Portas Abertas – edição 4 – coletiva e sarau, Brejões – Bahia – Brasil; Das Cores no Cantar da Galiza, Curadoria e participação, Clube Espanhol da Bahia – Salvador – Bahia – Brasil; A Bahia  Seus Encantos, Restaurante Confraria das Ostras – Salvador – Bahia – Brasil; Meu Congá, Cine Teatro Lauro de Freitas – Lauro de Freitas –

Bahia – Brasil; Yemanjá, Restaurante Confraria das Ostras – Salvador – Bahia – Brasil. 2024- Mural na Ilha– 2,50 x 6,00m2 - criação e execução, Residência particular – Gameleira -Ilha de Itaparica – Bahia – Brasil; Pinceladas de España, Curadoria e participação, Clube Espanhol da Bahia – Salvador – Bahia – Brasil; Reza Forte, Restaurante Confraria das Artes – Salvador – Bahia – Brasil; Portas  Abertas – Edição 3 – Centenário de Brejões - Casa Amarela Atelier – Brejões – Bahia – Brasil; Diálogos Nordestinos, Centro Cultural da Câmara de Vereadores – Salvador – Bahia – Brasil; Portas Abertas – Edição 2 , Casa Amarela Atelier – Brejões – Bahia – Brasil ; Artsy – site internacional, Exposição permanente a partir de julho/2024, Curadoria INN Gallery – São Paulo (SP) – Brasil ;Climate Change Bioversity  – coletiva virtual, Urena, Norway;  Dia das Letras Galegas  – individual e curadoria, Clube Espanhol da Bahia – Salvador – Bahia – Brasil . 2023 –Vida com Arte - individual e curadoria, Espaço Gourmet Di Mercatto – Salvador – Bahia – Brasil; BarraMaster e Arte – individual e curadoria, Ed Empresarial Barra Master – Salvador – Bahia – Brasil; No Feminino– individual e curadoria, Clube Espanhol da Bahia – Salvador – Bahia – Brasil; Peace and Fraternization Universal – coletiva virtual, Urena, Norway. 2022 – Sã Paulo 360o - coletiva virtual, INN Gallery – SP – São Paulo – Brasil. 2021 – Transgressões da Arte – coletiva virtual, INN Gallery – SP – São Paulo – Brasil; International Women’s Day – coletiva virtual, Urene – Norway. 2020 - Folk and Etnic Art in The Word – coletiva virtual, Urene, Norway; SecondVirtual Exhibitionof Art – coletiva virtual, Urene, Norway; Empoderamento na Arte Pandêmica – coletiva virtual, INN Gallery – SP – São Paulo – Brasil.  2019 - 11o Jantar Cultural e Exposição Coletiva, Espaço Cultural  Marilene Carvalho - Rio de Janeiro – RJ – Brasil; Da Alma Feminina – individual e curadoria, Circuito de Arte Perini, Boulevard PERINI GRAÇA – Salvador – Bahia – Brasil; V Jornada Junguiana, – individual e curadoria, Teatro Sesc Casa do Comércio – Salvador – Bahia – Brasil.  2018 – Imagens no Feminino – individual e curadoria, Espaço Gourmet Di Mercatto – Salvador – Bahia – Brasil; Borber’Art 2018 – Land Art Project – coletiva, Palazzo Spinola – Rocheta Liguri – Itália; Parco
Mongiardino – Mongiardino Liguri – Itália; V Circuito de Arte e Moda  – coletiva, Salvador Shopping – Salvador – Bahia – Brasil.  2017 – Segundo Feminino – individual e curadoria, Assembleia Legislativa da Bahia – CAB – Salvador – Bahia – Brasil ; Viver no Feminino – individual e curadoria, Quattro Gastronomia & Cultura – Salvador – Bahia – Brasil; Semana Cultural do Brasil em Oslo, coletiva, Embaixada do Brasil em Oslo – Noruega;  Internacional Cultural Exchange of Arts and XXIIIII, Awarded Salon, Kulturhuset Gamlebanhen – Exhibition of International Art Nordfjard, Nordfjordeid – Norway; Art Exhibition Miami – coletiva; Art & Design Gallery – Miami – Florida – EUA; Visão Brasileira, Gasometer Kulturzentrum, Museu e Centro Cultural Gasometer Triesen, Triesen – Principado de Liechtenstein; Sinais do Futuro, – 2º Salão de Arte Brasil Liechtenstein, Casa Brasil Liechtenstein; Vaduzer Saal – Centro Cultural de Vaduz – Vaduz, Principado de Liechtenstein; Exposição Coletiva Estrella Guia– Arte Brasileira em Barcelona, Espaço Marc Llimós - Barcelona – Espanha; Arco BH – Arte Contemporânea BH, Galpão Paraiso 44 – Belo Horizonte – Brasil; In Art Fair  – coletiva, Porto Art Gallery – Porto – Portugal; Aequilibrium  – coletiva, L’Association Ecco – Maison Internationale des
Associations Genève, Genève – Suisse; IV Circuito de Arte e Moda, Salvador Shopping – Salvador – Bahia – Brasil; Femmes Danas Le Monde  – coletiva, Galerie Café Brise Miche – Centre Pompidou – Paris – France; Mulheres na Arte  - coletiva, Alphaville - São Paulo/SP –Brasil; Circuit Café Culture, Art & Coffee – Edition 2017, Station Genève – Les Recyclabes Café – Genève – Suisse ; Station Rio de Janeiro – Brasserie Caffé Olé – Rio de Janeiro – RJ – Brasil; Circuit Café-Culture – Art & Coffee, Genève – Suisse, Rio de Janeiro – Brasil.  2016 – Bahia Brasil Raízes, Mostra individual, Galeria Glen Arte Celeiro, Shopping Iguatemi Alphaville – Barueri/SP;  Galeria Arco BH – Mostra Coletiva de Arte Contemporânea , Mangabeiras -Belo Horizonte/MG; Salão Bahia Marinhas – XIV Edição, Marinha do Brasil – Comando do 2o Distrito Naval , Clube Cabana da Barra, Farol da Barra, Salvador/Ba; Museu Náutico – Farol da Barra – Barra – Salvador/Ba; Shopping Bela Vista – Pituba – Salvador/Ba; Exposição Rio - Anjos Art Gallery, Shopping Cassino Atlântico , Av. Atlântica, 4240 – Copacabana – Rio/RJ; La Vie Est Belle ,Coletiva em benefício do Hospital Martagão Gesteira, Galeria da Aliança Francesa – Ladeira da Barra – Salvador/Ba; 60ème Salonde des Beaux Arts de Saint Denis , Rue de la Legion d’Honneur – Saint Denis – Paris – France ; Arte Brasiliana in Firenze, Galleria Merlino Bottega D’arte – Firenze – Itália ; Tecendo a Vida : Arte Por Arteterapeutas, 12º Congresso Brasileiro de Arteterapia, Hotel Fiesta – Salvador/Ba ; Outubro Rosa por Patrícia Rosa, Sesc/Casa do Comércio – Pituba
Exposição na V Jornada Junguiana,
em 2019.


– e no Shopping Barra – Barra -Salvador/Ba; B.Arte Galeria – em exposição permanente Shopping Paralela – Paralela – Salvador/Ba; Art Fair Bahia , B.arte Galeria  – Shopping Paralela – Paralela – Salvador/Ba; Arte, Terapia e Saúde, Secretaria de Saúde do Estado da Bahia – Itaigara – Salvador/Ba. 2012 - Feminino Figura e Cor, Restaurante Visca Sabor e Arte – Rio Vermelho - Salvador/BA; Terra de cor e Som, Painel show Musical 180 x 380 cm, Teatro do SESI – Rio Vermelho – Salvador/BA. 2005 - Mulheres - I Simpósio de Arte Terapia Junguiana, Escola Bahiana de Medicina – Salvador/BA; Projeto Saraus, Coletiva de Artes, Ladeira dos Galés – Salvador/BA. 2003 - Projeto Talento Graça, Edf. Mansão Rio de São Pedro – Construtora Cosbat – Graça, Salvador/BA, Prêmio Aquisição – Júri Imprensa. 2000 - Pinturas, Charli’s Pub – Genève – Suíça, Coletiva de Pinturas; Restaurante Ramma – Salvador/BA. 1999 - Instalação na Expo Antônio! Tempo Amor e Tradição - extensão, Solar Sophia Costa Pinto – Vitória – Salvador/BA. 1998 -Pinturas, Shopping Barra – Salvador/BA; Coletiva Projeto Cultural, extensão, Galeria do Ministério da Fazenda – Salvador/BA; Pinturas em Tecido - Expo Hobby, Pavilhão de Feiras da Bahia – Centro de Convenções – Salvador/BA; Instalação na expo Antônio! Tempo Amor e Tradição -extensão, Galeria Cañizares – EBA – UFBA. – Salvador/BA; Arte e Natureza - extensão, Galeria Cañizares – EBA – UFBA. – Salvador/BA; Moda é Arte - Made
in Bahia, Centro de Convenções – Salvador/BA. 1997 - A Arte de Seus Mestres - extensão, Galeria Cañizares – EBA – UFBA. – Salvador/BA;  TerçasCooperarte, Expresso Bahiano – Galeria do Clube Baiano de Tênis – Salvador/BA; Bahia de Todas as Cores -  Made in Brazil,  Centro Oeste e UFBA-Extensão,  Centro de Cultura e Convenções Goiânia/GO; Imagens Plácidas, Galeria Prova do Artista-Arcada das Artes-Cooperarte, Espaço Cultural do Centro de Amaralina – Salvador/BA ; Gravuras da Bahia,  Projeto ARTEBAHIA, Galeria Prova do Artista – Hotel Sofitel - Salvador/BA; Coletiva, Espaço Cultural do Banco do Brasil – Porto Seguro/BA. 1996 - Projeto Verão 97, Shopping Brotascenter – Salvador/BA; Bahianada, Galeria Cañizares – EBA – UFBA – Salvador/BA; Pinturas - Made In Brazil, Centro de Convenções da Bahia – Salvador/BA; Pinturas, Sala de Exposição da Câmara dos Deputados – Brasília/DF; Pinturas, Leiro Móveis e Decorações – Salvador/BA. 1994 - Coletiva a de Artes Plásticas, Galeria Cañizares – EBA – UFBA – Salvador/BA. 1993 - Coletiva de Explosão de Formas e Cores - Shopping Itaigara – Salvador/BA; Coletiva Dia Internacional da Mulher, Panorama Galeria de Arte – Salvador/BA. 1992 - Janelas, Participação como docente - Pró Reitoria de Extensão da UFBA, Espaço Cultural do Banco do Brasil – Porto Seguro/BA; A Alma Fêmea, Shopping Barra – Salvador/BA, Obra em acervo; Coletiva de Arte-Civil / Iasa de Arquitetos e Decoradores, Civil Materiais de Construção – Salvador/BA; Semana de Arte da Coelba, Edifício Sede da COELBA – Salvador/BA. 1991PinturasShopping RIOMAR – Aracaju/SE; Sementes Mágicas, Panorama Galeria de Arte – Salvador/BA; Coletiva Outono, Época Galeria de Arte – Salvador/BA; Coletiva de Abril, Panorama Galeria de Arte – Salvador/BA; Coletiva de Março, Panorama Galeria de Arte – Salvador/BA; Grande Leilão de Arte e Antiguidade, Leiloeiro Luiz Caetano Queiroz – Tropical Hotel da Bahia – Salvador/BA. 1990 - Projeto Arte Mulher, Panorama Galeria de Arte e Studio L – Salvador/BA. 1989 Projeto Arte Mulher, Panorama Galeria de Arte-Studio L-Shopping Barra – Salvador/BA. 1988Só Mulheres, Panorama Galeria de Arte – Salvador/BA. Coletiva da Galeria Tânia Tolomei, Hotel Caxangá – Teresópolis/RJ; Coletiva Inauguração do Lar Shopping, Galeria Frente e Verso - Lar Shopping – Salvador/BA. 1987 - Três Mulheres, Galeria Tânia Tolomei – Teresópolis/RJ; Arte Exposição Brasil Exterior - IX e VII Coletiva, Loja CLUB do Rio Design Center – Rio de Janeiro/RJ; V Salão Nacional de Artes Plásticas Genaro de Carvalho, Bahia Othon Palace Hotel – Salvador/BA, Medalha de Ouro. 1986 6a Expo Bahia Verão 86, Grande Hotel da Bahia – Salvador/BA; 1º Salão Metanor/Copenor de Artes Visuais da Bahia , Museu de Arte da Bahia – Salvador/BA, Menção Honrosa Júri Popular;  Mostra Premiados no 1º Salão Metanor/ Copenor de Artes Visuais da Bahia, Shopping Iguatemi – Salvador/BA; IV Salão Nacional de Artes Plásticas Genaro de Carvalho, Bahia Othon Palace Hotel – Salvador/BA, Medalha de Prata ; Coletiva Atelier Odete Valente, Shopping Iguatemi – Salvador/BA; IV Salão Nacional de Ates Plásticas Presciliano Silva, Bahia Othon Palace Hotel, Menção Honrosa com Broche de bronze. 1985 - Expo Vitória Régia, Anísia Galeria de Arte – Bahia Othon Palace Hotel – Salvador/BA; III Salão Nacional de Artes Visuais Genaro de Carvalho, Bahia Othon Palace Hotel – Salvador/BA, Menção Honrosa. 1984 - Coletiva do atelier Odete Valente, Shopping Iguatemi – Salvador/BA. 1982 - XI Salão dos Novos, Panorama Galeria de Arte – Salvador/BA.

 

sábado, 12 de julho de 2025

MARISTELA RIBEIRO E SEU DIÁLOGO CONTEMPORÂNEO COM AS RUAS

A artista Maristela Ribeiro
trabalha em mais uma obra.
A artista Maristela Ribeiro iniciou seu percurso artístico em meados dos anos de 1990 nos salões de arte. A partir daí participou com frequência de dezenas de coletivas, salões e bienais na Bahia,  em outros estados brasileiros, assim como no exterior, tendo sido algumas vezes premiada. É doutora em Artes Visuais, mestra em Poéticas Visuais e graduada em Artes Plásticas e suas obras estão em acervos públicos e privados. Desde 2004 realiza intervenções em espaços públicos, ruínas, edifícios abandonados e museus. Maristela “desenvolveu composições de poder evocativo, dando visibilidade a indivíduos reais, invisíveis na sociedade e propondo novos significados a lugares ou objetos, por meio da imbricação destes, com a Fotografia.” Costuma utilizar a ilusão de ótica como recurso poético, trazendo estranhamento e alteração na percepção do espectador, dessa forma, encontra diversas maneiras de falar sobre um determinado lugar, sua cultura, seu entorno e sua história. O conjunto do seu trabalho mostra preocupação com aspectos sociais e abre uma reflexão quando aborda questões sobre gênero, vulnerabilidade, solidão, universo cotidiano, desigualdade social e outros temas relevantes na sociedade contemporânea.  Portanto, sua pesquisa busca fazer uma reflexão sobre os modos de construção de imagens, tendo como fio condutor uma poética com ênfase na fotografia, baseado nos projetos artísticos realizados em Morrinhos, Feira de Santana, Bahia e em Cabanyal, Valencia, na Espanha.

Série As Meninas em acrílica sobre  tela
 que fez durante a pandemia, 2021.
A artista Maristela Almeida Santos Ribeiro nasceu em dezoito de maio de 1960 em Feira de Santana e oito meses depois seus pais Antônio Almeida Filho e Edla Santos Almeida foram morar em Itaberaba. Lá fez o primário na Escola Góis Calmon, que era anexada ao Colégio Estadual de Itaberaba, e ao terminar o ginásio veio estudar em Salvador no Colégio das Sacramentinas, no bairro de Fazenda Garcia. Em 1975 prestou vestibular para Licenciatura em Desenho e Artes Plásticas, na Universidade Católica de Salvador - UCSAL. Casou, e logo depois decidiu fazer um curso de especialização em Varginha, interior de Minas Gerais, quando se especializou em Metodologia do Ensino. Ao concluir o curso voltou para Feira de Santana passando a ensinar várias modalidades de artes no Curso de Adicionais no Colégio Estadual Gastão Guimarães para  de professores de primeiro grau , que eram multiplicadores em suas salas de aulas. Foi nesta época em 1994 que o então reitor professor Josué da Silva Mello, da Universidade de Feira de Santana lhe fez o convite para trabalhar no CUCA. Lá promoveu várias oficinas de artes visuais, inclusive contando com professores da Escola de Belas Artes, da UFBA, e do Museu de Arte Moderna-BA. 

A Árvore , Um Poema Visual, 
intervenção  feita num viaduto em Feira
 de Santana, 2016.
Em certo momento sentiu a necessidade de sistematizar os seus conhecimentos, e em 2002 decidiu fazer o mestrado em artes visuais primeiro ficou como aluna especial, depois passou a aluna regular. Para Maristela Ribeiro "o mestrado na Escola de Belas Artes, da Universidade Federal da Bahia, foi muito importante porque me abriu novas possibilidades para as áreas da Poética e da Estética. Pude assim me aprofundar em minha produção artística". Passou a trabalhar com experimentos e novas linguagens. Na sua dissertação do mestrado escolheu oitenta e nove mulheres que viviam separadas da sociedade em hospital psiquiátrico, lar de idosos e no presídio. Passou dois anos pesquisando e no final fez uma instalação com vídeos e fotos que chamou de Fendas e Frestas mostrando como essas mulheres aparecem parcialmente na sociedade e sobre a forma em que vivem . Depois expôs em Brasília em 2005 ocasião em que o curador Bené Fonteles escreveu: "Por Fendas e Frestas, Maristela deixa vazar a luz. As ausências e presenças fluem em meio a sombras, onde cada ser desvela sua humanidade. Todos nós, de alguma forma, estamos confinados em presídios particulares e, quase sem saída , vamos negando o outro em nós mesmos".
Colou fotos de  estantes com
livros em espaços públicos na
intervenção que chamou de
Sebos Urbanos, 2016
.

Na intervenção que chamou de Sebos Urbanos a artista Maristela Ribeiro criou em um programa de computação  estantes de livros e adesivou em locais estratégicos em Salvador e Feira de Santana,  interior da Bahia, procurando incentivar a leitura e também chamar a atenção dos moradores da cidade sobre a necessidade de ter mais livrarias. Brincando falou que “temos setecentas farmácias e apenas uma livraria na cidade! É uma farmácia em cada esquina. É hora de incentivar a leitura nas escolas, na universidade e nos lares. O livro é um companheiro que nos acalenta, nos informa e abre uma janela para o mundo”. Nas fotos dos Sebos Urbanos podemos ver pessoas comuns procurando ler os nomes dos livros, que compõem as imagens.

A artista Maristela Ribeiro afirmou ser uma pessoa inquieta que sempre está procurando manter contatos com artistas daqui e de fora trocando experiências, e gostou do amplo contato com o público durante as apresentações de sua instalação que tiveram uma boa afluência de público em Salvador ,São Paulo,
Intervenção urbana em dez casas no
 povoado de Morrinhos, município
de Feira de Santana.
 Rio de Janeiro, Brasília, Buenos Aires e Valencia, na Espanha. “O meu trabalho, portanto, não é só pintura porque gosto de me expressar em outras linguagens como a fotografia, por exemplo. Utilizo a fotografia para dar o sentido que espero como fiz com o projeto em Morrinhos. Não é a fotografia pela fotografia. É a fotografia onde esta técnica cria uma relação com o próprio ambiente. Veja que as fotos que tirei, ampliei e colei nas fachadas das casas cada fotografia era de um local onde o morador tinha alguma relação com aquele lugar que fotografei. Às vezes foi uma fazenda onde trabalhou, uma roça onde nasceu e assim por diante. Trouxe para eles lembranças que haviam quase esquecido.” Ficou muito orgulhosa quando um morador espontaneamente lhe disse. “Maristela agora Morrinhos entrou no mapa!”. Isto porque houve muita mídia, inclusive saiu com destaque num jornal de uma grande emissora de televisão que era líder de audiência. No estágio doutoral em Valencia, na Espanha, ela fez um estudo paralelo entre as casas do sertão e de Cabanyal, que é um bairro de pescadores daquela cidade, para entender até que ponto a arte é necessária ao ser humano. 
Obras da série Inventos que expos
no Hotel Sofitel, em Sauipe.
Maristela Ribeiro escreveu em sua tese do doutorado “que o espaço público é o espaço de excelência da ação política. As associações geradas pelas imagens nos espaços 
públicos incidem diretamente na relação homem-espaço. Elas contribuem para experiências subjetivas pressupondo que esta ação acontece com a apropriação simbólica do espaço. Na área rural do semiárido baiano, com seu lento fluxo de estímulos sensoriais, sugere um microcosmo à parte com suas manifestações culturais e práticas sociais próprias que demonstram a preservação e manutenção de sua identidade e tradição”.

Também na série que expôs no Hotel Sofitel apresentou a série de pinturas  que denominou de Inventos inspirada na infância onde conseguiu se expressar através de desenhos de aparência ingênua e refletir sobre o passado da família brasileira e da sua própria família e sobre aspectos variados do universo infantil.. Uma dessas obras intitulada Exílio está no acervo do Museu Regional de Arte do CUCA e serviu de modelo ao projeto A Escola Vai ao Museu .

Exposição de fotografias feitas
do alto em Valencia, Espanha,
.
No período da  pandemia não parou. Aproveitou que estava em casa e trabalhou numa série de pinturas onde pintou suas netas utilizando principalmente o azul claro.  Para ela “a arte nos dá a possibilidade de reinventar e de termos a percepção de que não temos apenas as necessidades básicas.” Nesta série intitulada As Meninas, de 2021, ela conseguiu captar com maestria a inocência das meninas em suas brincadeiras e até em momentos de descanso. São obras que nos deleitam com a sutileza das formas e criou um ambiente quase celestial usando um azul claro e transparências que transmite tranquilidade e ternura.

Em 2020 mostrou a série de fotografias aéreas - plongées – realizada emValencia, Espanha, onde faz o contraste entre o claro e o escuro. "Plongée em francês, significa mergulho. No contexto do cinema e da fotografia refere-se a um ângulo de câmera onde a imagem é filmada de cima para baixo.” Para ela “a sombra tem uma dimensão ampliada porque além das questões técnicas e simbólicas, abordam problemas plásticos em si. Sendo um elemento tão comum e ordinário no nosso cotidiano, a sombra, neste caso, cresce e subverte a sua posição, ao protagonizar a cena, tornando-se maior que o personagem”.

                                                                                                     

                                                                             EXPOSIÇÕES

Instalação Fendas e Frestas no
 Conjunto  CEF ,  São Paulo, 2005.
INDIVIDUAIS - E2022  - Festa no Quilombo, Narrativas Visuais, Intervenção Urbana, Feira de Santana/BA. 2017 - Sebos Urbanos, Intervenção Urbana, Feira de Santana/BA .2014 - Casas do Sertão, Exposição a Céu Aberto, Morrinhos/BA. Casas do Sertão, MAC, Feira de Santana/BA. 2006 - Fendas e Frestas, Conjunto Cultural Recoleta, Bueno Aires, Argentina; Fendas e Frestas: instalações, Conjunto Cultural da Caixa, Rio de Janeiro/RJ. 2005 - Fendas e Frestas: instalações, Conjunto Cultural da Caixa, São Paulo/SP; Fendas e Frestas: instalações, Conjunto Cultural da Caixa, Brasília/DF. 2004 - Fendas e Frestas: uma poética do feminino, CC da Caixa, Salvador/BA. 1994 - Pinturas Recentes, Museu Regional de Arte, Feira de Santana, BA.

NO EXTERIOR - E2016 - Por Una Casa Llena de Recuerdo, Intervenção
Urbana, Valencia, Espanha (Foto ao  lado ) . 2015 - Perspectivas: Arte, Doenças Hepáticas, Viena, Áustria; Casas do Sertão, com Neyde Congreso Internacional ANIAV, Lantier, Teatro Munganga, Amsterdam, Holanda; Comunicação, Valencia, Espanha; El Horno y las Madalenas, Festival de Benimaclet, Valência, Espanha . 2010 - Congreso Internacional Mujer, Arte y Tecnología, Valência, Espanha. 2008 - VideoBraC, Intercâmbio Cultural, Dep. del Quindío, Armênia, Colômbia. 2006 - Fendas e Frestas, Individual, Centro Cultural Recoleta, Buenos Aires, Argentina. 1997 - Arte Lusófona, Galeria de Arte LCR, Sintra, Portugal; Pinturas e Esculturas do Nordeste Brasileiro, Duo, Centro Cultural OIKOS, Lisboa/PT. 

COLETIVAS - E2023 - Fabulações Visuais, Caixa Cultural Salvador/BA. 2019 - Prisma, Museu Regional de Arte, Feira Santana/BA. 2016 -Intervenção Fotográfica, Museu de Arte Contemporânea, Feira de Santana/BA; O Remorso, Museu de Arte da Bahia, Salvador/BA. 2014 -  30 x 30 Pequenos Formatos. 2012 - Circuito das Artes, Salvador/BA. 2011- Pontos Cardeais, Museu de Arte Contemporânea, Feira de Santana/BA . 2009 - Panorama, Museu de Arte Contemporânea, Feira de Santana/BA; Treze Contemporâneos - 13 anos de Museu, MAC, Feira de Santana/BA; Galeria Cañizares - Escola de Belas Artes - UFBA, Salvador/BA; Inauguração da Pinacoteca, Acervo CDL, Feira de Santana/BA; IX Bienal do Recôncavo, Centro Cultural Dannemann, São Félix/BA; XV Salão MAM/BA, Salvador/BA;  130 Anos da Escola de Belas Artes da UFBA; Instituto Goethe, ICBA, Salvador/BA; I Ocupação do Grupo GEMA, MAC, Feira de Santana/BA; Grandes Artistas da Bahia em Pequenos Formatos - MRA, Feira de Santana/BA. 2007 - Onze anos MAC, Artistas Convidados, MAC, Feira de Santana/BA; Grandes Artistas da Bahia em Pequenos Formatos, Prova do Artista- Salvador/BA; Acervo da Pinacoteca CDL - Feira de Santana/BA; 11 anos Museu Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira. 2006 - Coleção Pós-Modernismo na Bahia, Museu Regional Arte, Feira de Santana/BA. 2005- Arte para Hoje, Galeria ACBEU, Salvador/BA; Arte Sofitel, Costa de Sauipe/BA ; Lado a Lado, Duo, Galeria Carlo Barbosa, CUCA/UEFS, Feira de Santana/BA. 2004 - VII Bienal do Recôncavo, Centro Cultural Dannemann, São Félix/BA ; Távolas, Duo, Galeria de Arte Caco Zanchi, Salvador/BA. 2003 - I Salão de Arte de Rio das Ostras/RJ.  2002 -  VIII Salão; Nacional Victor Meirelles, Florianópolis/SC; Salão de Artes, Usina do Gasômetro, Porto Alegre/RS;  VI Bienal do Recôncavo, Centro Cultural Dannemann, São Félix/BA; Artistas Convidados, Museu de Arte Regional, Feira de Santana/BA. 2001- Artista selecionado pelo Programa Rumos Itaú Cultural Artes Visuais, Reabertura do Museu Regional de Arte. 2000 - Artistas premiados nos Salões de Artes Plásticas, MAC, Feira de Santana/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Feira de Santana/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Alagoinhas/BA ; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Porto Seguro/BA.
Foto 1. Cartaz mostra coletiva Prisma.
Foto 2 -A canadense Karen Ostron,
Maristela Ribeiro, Juraci Dórea,
Geórgia Lima e Edson Machado.
Foto 3- Visitan
tes, 2019.
 
1999 - Salão de Artes Plásticas da Bahia, Feira de Santana/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Conquista/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Valença/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Juazeiro/BA ;100 Artistas da Bahia, Museu de Arte Sacra da Bahia, Salvador/BA. 1998 -VIII Salão Latino Americano de Artes Plásticas, Santa Maria/RS; IV Bienal do Recôncavo, São Félix/BA; Encontro de Contemporâneos, MASC, Feira de Santana/BA; Inauguração da Galeria de Arte Caetano Veloso, Santo Amaro/BA; Três, ACBEU, Salvador/BA; Abertura da Galeria Carlo Barbosa, CUCA/UEFS, Feira de Santana/BA. 1997 -  Salão de Artes Plásticas da Bahia, Itaparica/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Valença/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Itabuna/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Porto Seguro/BA; Três Artistas Contemporâneos, Galeria ACBEU, Salvador/BA. 1996 - Pintura e Bahia de Artes Plásticas, MAM, Salvador/BA; Inauguração do MAC de Feira de Santana/BA; Arte Lusófona, Sintra, Portugal;  Salão de Artes Plásticas da Bahia, Feira de Santana/BA; Artistas Contemporâneos da Bahia, MAC, Feira de Santana/BA;  Núcleo de Artes Visuais do Museu de Arte Contemporânea, F. Santana/BA. 1995 - XIV Salão de Artes Plásticas da Bahia, Alagoinhas/BA;  Salão de Artes Plásticas da Bahia, Feira de Santana/BA; Salão de Artes Plásticas da Bahia, Valença/BA;  III Bienal do Recôncavo, Centro Cultural Dannemann, São Félix/BA. 1994 - Panorama da Arte Feirense, Museu Regional de Feira de Santana/BA; A Estética da Fome, Biblioteca Julieta Carteado, UEFS, Feira de Santana/BA. 1993 - VI Salão de Artes Plásticas da Bahia - Feira de Santana/BA.

Obra Genesis,objeto . cerâmica,
30 x 5 x 2 cada, 1998. Premiado
 no Salão de Artes de Valença-BA.
PREMIAÇÕESE2015 - Edital Bolsa CAPES Estância Doutoral, UPV, Valencia, Espanha. 2012 - 1° lugar no Concurso Público, Professor EBTT, Instituto Federal da Bahia; Edital Programa Cultural BNB/BNDES, Projeto Casas do Sertão. 2010 - Prêmio Salão de Arte da Bahia, Membro do Coletivo GEMA, FUNCEB. 2007 - Prêmio Sacatar, Residência Artística Internacional, Itaparica/BA. 2006 - Edital de Apoio à Produção/Exposição de Arte,  Caixa Cultural,  Rio de Janeiro/RJ; 2º lugar Concurso Público Professor Assistente, Universidade Federal Recôncavo da Bahia/UFRB. 2005 - Edital de Apoio à Produção/Exposição de Arte, Caixa Cultural, Brasília/DF; Edital de Apoio à Produção/Exposição de Arte, Caixa Cultural. São Paulo/SP. 2004 -Prêmio Aquisição, VII Bienal do Recôncavo, São Félix/BA; Edital de Apoio à Produção/Expo de Artes Plásticas,  Caixa Cultural, Salvador/BA. 2003 - 1º lugar Seleção Mestrado em Artes Visuais, Universidade Federal da Bahia. 2001 - Artista selecionado pelo Programa Rumos Itaú Cultural Artes Visuais /2003.  2000 - Menção Honrosa XXIX Salão Artes da Bahia, Porto Seguro/BA. 1999 - Menção Honrosa no Salão Artes da Bahia, Vitória da Conquista/BA; Prêmio no XXIII Salão Artes da Bahia, Feira de Santana/BA; Prêmio no XXVII Salão Artes da Bahia, Valença/BA. 1998 -  Menção Honrosa VIII Salão Latino Americano de Artes, Santa Maria/RS. 1997 - Menção Honrosa XVIII Salão Artes da Bahia, Feira de Santana-BA; Prêmio XXI Salão Artes da Bahia, Alagoinhas/BA. 1996 - Pintura e Escultura do Nordeste do Brasil, Espaço Oikos, Lisboa, Portugal. 1995 - Menção Honrosa XI Salão Artes da Bahia, Feira de Santana/BA; Menção Honrosa XIII Salão Artes da Bahia, Valença/BA; Menção Honrosa XIV Salão Artes da Bahia, Alagoinhas/BA.