terça-feira, 14 de março de 2023

JAYME FYGURA E SUA VIDA PERFORMÁTICA

Jayme Fygura ao centro, Leonel Mattos e eu.
Estive com o Jayme Andrade Almeida, conhecido nos meios urbanos de Salvador e artísticos performáticos nacional como Jayme Fygura, é assim junto que ele gosta de ser tratado. Consegui que tirasse a máscara de pano que cobria o seu rosto por uns poucos segundos e pude em seguida conversar tranquilamente sobre sua vida e sua arte na manhã de 10 de março de 2023, num espaço improvisado de atelier do seu amigo Leonel Mattos, no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador. Ali está envolvido num projeto para pintar uma série de cinquenta telas de 1m x 1m. Mas, prometi que não publicaria qualquer foto sem sua máscara instigante. A magia que envolve seu personagem deve permanecer causando a mesma curiosidade que tinha. Nessas telas ele pinta detalhes das máscaras de metal que usa e outras peças de sua indumentária, além de Orixás, a exemplo do Exu, este numa tela bem maior. O Leonel o deixa livre para fazer o que lhe vem à cabeça e o resultado tem sido surpreendente. Além de artista plástico performático, é compositor e cantor. Era vocalista da banda de rock underground Farpas Band, e chegou a se apresentar muitas vezes em público no SESC e em outros espaços alternativos, sempre vestido numa de suas indumentárias cantando e tocando guitarra. Atualmente está impedido de cantar porque quebrou alguns dentes superiores quando foi atropelado, e os dentes precisam de restauração, e não tem grana para isto. Até sua fala está um pouco prejudicada devido aos dentes danificados.

Jayme Fygura com algumas obras recentes.
Matei a curiosidade de ver o seu rosto que aqui tento descrever. É um homem negro por
volta de sessenta anos, de barba rala com muitos fios brancos, braços musculosos, cabelos brancos entrançados e amarrados por uma fita vermelha. Bem articulado, o Jayme Fygura conversa tranquilamente sobre vários assuntos e tem ciência de que sua indumentária ser extravagante e causar reações diversas que vai da curiosidade do transeunte ao medo de alguns. Devido a sua atitude de usar o seu corpo como suporte para sua manifestação artística ele já foi vítima de algumas incompreensões e até agressões, quando certa vez um morador do Pelourinho atirou uma pedra que lhe atingiu e feriu sua perna. Em outubro de 2016 estava comemorando a vitória de um político na Rua Carlos Gomes quando foi atropelado por um carro que lhe quebrou cinco costelas, dentes, e deixou sequelas no braço direito, impedido de fazer esforço maior, como pegar pesos, por exemplo, e também afetou sua coluna e seus movimentos. Ele vem aos poucos se recuperando, e na época chegou a pedir ajuda pela internet porque estava impossibilitado de trabalhar, e passou algumas privações. Aliás privações sempre o acompanham. 

                                                                        INFÂNCIA


Jayme na frente de
sua casa no Carmo
Muito já se escreveu sobre o Jayme Fygura, inclusive tem uma dissertação de Mestrado de autoria do artista José Mário Peixoto Santos, intitulado "Jayme, a Figura do Artista Performático", datada de 2003, até foi filmado pelo cineasta Daniel Lisboa. Portanto, é um artista que não passa despercebido pela Academia, pelo meio artístico e também pela mídia. Mas, o que quis conhecer foi o lado humano do Jayme que está por trás daquela indumentária extravagante e performática que anda vagando pelo Centro Histórico provocando reações diversas, inclusive fetiche entre mulheres e gays. 

De quando em vez sai com uma frase fora do contexto. Não gosta de falar de sua vida e dos familiares. "Deixe fora!" Diz com sua voz hoje prejudicada pelo atropelo que lhe quebrou os dentes superiores. “Sou um João Ninguém. Mas, na realidade depois de alguma conversa se mostra confiante e fala com desembaraço do seu trabalho, dos seus objetivos e mesmo da família. Por trás daquela figura que espanta muita gente tem um homem sensível e responsável. Cuida da sua esposa que ficou com algumas limitações depois do AVC, e chega no horário estabelecido por ele e Leonel Mattos para pintar um total de cinquenta telas que estão no atelier improvisado para serem pintadas. Já pintou algumas delas e o resultado é um conjunto de obras que reflete a sua vida performática com cores fortes, feitas com espátula e pincel em densas camadas.

O menino Jayme Andrade Almeida nasceu no dia 2 de janeiro de 1959, na cidade de Cruz das Almas, mas foi registrado em Salvador. Passou sua infância no bairro Alto do Peru, na rua Pacheco de Oliveira, onde seu pai um homem que viajava muito, pois era da Marinha Mercante e mantinha sua família num padrão de classe média . Ele hoje questiona porque seu pai foi comprar uma casa em plena área de mato, quando poderia ter comprado na Ribeira, por exemplo. Mas, - adianta- talvez ele comprou porque tinha outras pequenas construções as quais alugava. Nós tínhamos uma vida tranquila, nos alimentávamos bem. Não faltava nada, até meu pai ser atropelado no Rio de Janeiro e teve dificuldade para se aposentar e receber uma pequena indenização da Marinha Mercante. Como tinha diabetes a perna nunca cicatrizou e assim levou até os seus últimos dias de vida. Quando ele morreu minha mãe teve de pedir ajuda das pessoas para acabar de criar os sete filhos. Sofremos muito."

 

Estudou o primário na Escola União e Progresso, no Alto do Peru, mas não gostava das aulas de História e sempre procurava filar as aulas. Costumava se esconder num depósito onde eram empilhadas as velhas carteiras quebradas. Certo dia estava lá, tinha por volta de cinco anos de idade, quando entrou a funcionária encarregada de fazer o mingau para distribuir com os alunos, quando ela chegou para mudar a roupa e vestir a farda. Ele ficou nervoso ao ver aquela cena e saiu correndo. Foi denunciado à diretoria pela funcionária, como ele estivesse se escondido para vê-la tirar a roupa. Mas, foi apenas uma coincidência, confessa o articulado JaymeFygura . Aí passou a sofrer o que hoje chamam de builling. Passado um tempo foi estudar no Colégio Pinto de Carvalho, em São Caetano, mas não chegou a concluir o segundo grau.

Jayme,vocalista da Farpas
 Band
E continuou "a miséria bateu em nossa porta. A nossa residência ficava na Rua Pacheco de Oliveira, no Alto do Peru, e entre os inquilinos que moravam atrás da nossa casa  tinha um artesão, que não lembro o nome dele, que fazia umas esculturas de madeira. Foi aí que comecei na minha adolescência a me interessar e passei também a fazer pequenas esculturas de Exu e ia vender no Mercado Modelo. Foi o despertar para as artes."

Foi servir ao Exército no Batalhão de Guardas, no Forte do Barbalho, de 1968 até meados de 1970 e chegou até a se preparar para fazer o curso cabo. Pretendia seguir a carreira militar e seu objetivo era ser sargento. Mas, ocorreu que sua atual esposa ficou grávida e o "salário do Exército", era muito baixo teve que sair para procurar um emprego que ajudasse no sustento da família. Foi assim que foi trabalhar na gráfica Liderança, que ficava em São Caetano. Lá trabalhou como chapista, impressor e depois o dono fez uma pequena sala, colocou ar condicionado e ali passou a desenhar logotipos e outros desenhos de publicidade. Evoluiu e passou não apenas a atender os clientes da gráfica como também seus clientes que lhes encomendavam desenhos de marcas, etc. Em seguida foi trabalhar numa agência de publicidade a Baldacci e lembra que chegou a ganhar até uns quinze salários mínimos por mês. Passou a ter uma vida tranquila até comprou um carro. Todo seu trabalhão era manual. Com a chegada do computador enfrentou alguma dificuldade, mas chegou a fazer o curso de CorelDraw. Porém, com a chegada de Collor de Mello ao poder em 1990-1992 perdeu o emprego e tudo que tinha ganho. "Ai passei a procurar emprego e só queriam pagar 2 a 3 salários mínimos, e havia uma grande oferta de estagiários universitários que se submetiam por qualquer salário. Me aborreci e desisti".

                                           DEPOIMENTO

Jayme Fygura pintando no ateliê
Foi o artista Leonel Mattos na década de 1970 que realmente começou a observar o que o Jayme Fygura produzia. Ele estava fazendo uma exposição na Galeria Abaporu, de Ligia Aguiar, no Pelourinho, em dezembro de 1997 quando o Jaime apareceu e o convidou para conhecer as pinturas que fazia na casa de número 4, na Ladeira do Carmo, e vendia esporadicamente aos turistas que passavam por ali. Foi quando Leonel Mattos viu suas indumentárias e se interessou em divulgar. Lembro que um dia ele chegou com Jayme na sede do Jornal A Tarde, na Avenida Tancredo Neves, onde eu trabalhava e todos ficaram espantados. Mandei entrevistar e publiquei a matéria. A partir daí passaram a vê-lo como um artista performático. Suas indumentárias foram sendo acrescidas de novos elementos como uma forma de proteção. Quando ele andava nas ruas até alguns motoristas maldosos jogavam o carro em cima dele foi então que resolveu colocar proteção nos joelhos com placas de metal. É uma pessoa muito tímida, tem algo que o impede de conviver com as pessoas de cara limpa. Se esconde através de máscaras, luvas, botas a se proteger das pessoas e de cachorros que latem muito quando o encontram. Muita gente o conhece como Homem Lata. Ele gosta quando as pessoas se assustam ou se aproximam. 

Jayme com sua  arte
performática.
Ressalta Leonel Mattos "que Jayme Fygura não pode ser confundido com figuras folclóricas como a Mulher de Roxo, o Mágico Mr. Brocks e outros. Jayme tem consciência que é um artista performático e age assim durante todo o tempo que está acordado." Leonel o apresentou a galeristas, levou para todas suas exposições, e também para as ruas quando pintaram vários muros. Lembram que certa vez estavam pintando nas imediações da Avenida Garibaldi quando passou um sujeito que parou o carro e mandou ele apagar uma suástica nazista que estava pintando a qual pretendia cobrir com umas flores. Mas, a reclamação do motorista foi tão contundente que decidiu apagar.

 

Realmente como lembra Leonel Mattos "Jayme não é um acumulador de coisas como acontece com alguns outros. Ele tem consciência e usa os materiais que consegue para a criação de sua indumentária, que é única, e se apresenta ao público como um artista performático". Com certeza, o Jayme tem muita consciência do seu trabalho e preserva inclusive esta magia de seu personagem. Não permite muita intimidade que venha a revelar a sua verdadeira identidade.

Numa mensagem que me encaminhou através o Whatzapp disse que a década de 80 foi melhor para ele quando recebeu as casas e também fundou a sua banda de  rock The Farpa Band e participou do Festival do Rock, na praia de Jaguaribe, em Salvador, organizado pelo sindicato dos músicos e recebeu uma premiação disputando com várias  bandas de rock. Recebeu o prêmio no valor de R$3.800,00 reais pela premiação em primeiro lugar. "Por isto não parei mais e continuei meu caminho na carreira musical performático. Isto me fortaleceu muito na época"

                                           O HOMEM X ARTISTA PERFORMÁTICO

Jayme Fygura na frente do
ateliê ,no bairro de Amaralina.
Tive a oportunidade única de conversar alguns segundos do Jayme Fygura sem a máscara ninja de cor preta que tirou depois de reclamar e ficar desconfiado. Isto aconteceu logo após ser apresentado por Leonel Mattos e conversarmos um pouco. Antes nos cumprimentamos normalmente e passamos a conversar sobre sua infância, adolescência, sua juventude, passagem pelo Exército, seu casamento, família e filhos. Talvez transmitindo confiança e com o apoio de Leonel Mattos conseguimos que tirasse a máscara ninja que escondia o seu rosto. Tem uma preocupação imensa em deixar sua esposa e os dois filhos já adultos fora do seu trabalho artístico. Notei que se comporta como tivesse duas vidas. Uma do marido que cuida da esposa, que sofreu um AVC e passou por um período muito complicado, e do pai que não deixa os filhos se envolver com a sua obra. A segunda é a vida do artista que permanece a maior parte do tempo vestido naquelas indumentárias que assustam e atraem pessoas  e provocam reações de espanto e até mesmo de revolta, aos que não conseguem compreender um trabalho performático.

Jayme de costas com
seus cabelos brancos
.
Ele é natural de Cruz das Almas onde nasceu em 2 de janeiro de 1959, mas foi registrado em Salvador. Isto era muito comum entre as pessoas mais humildes naquela época registrar os filhos posteriormente. Filho de Estefânia Andrade Almeida e Arlindo Souza Almeida, que era da Marinha Mercante. Seus pais já faleceram e atualmente mora entre a Ladeira do Carmo, número 20, e a sua residência familiar na Avenida Gal Costa. Enquanto conversávamos volta a me questionar: "Vai divulgar na matéria os nomes dos meus familiares? Estou preocupado. Quero eles fora! Os nomes de mamãe e papai pode divulgar". Argumentei que era normal falar dos nomes dos familiares dos entrevistados, mas não consegui convencê-lo e saiu com esta resposta. "Mas, no meu caso é diferente porque existem pessoas que podem prejudicá-los. Não quero que ninguém saiba de nada!"  Aí está exatamente uma das razões porque o JaymeFygura desde os anos 70 se apresenta com esta indumentária que assusta e impõe um distanciamento. Ele tem uma forte timidez e assim se protege dos seus medos. Diz que é ligado a Exu e Omolu e que sua cabeça pertence a Oxum. 

Sei é que sempre sai com suas diferentes indumentárias com uma lata de forma cilíndrica representando o falo de Exu, onde me disse que coloca um recipiente de vidro e ali guarda o seu pênis depois de passar álcool gel no recipiente. Isto porque "tenho as pernas juntas e as vezes sofro com assaduras. Para evitar infecção adoto esta forma de proteger a genital". Ele revelou ainda que deixou de participar do Carnaval porque mulheres e gays ficavam querendo tirar a lata que imita o falo do Exu e isto o deixava incomodado.

Jayme Fygura até hoje sofre sequelas no
 braço direito e em outras partes do
corpo
Foto Google
         curador do Festival de Arte Negra, que foi realizado em Minas Gerais em 2012, com participação de Jayme Fygura o Francellis Castillo Leal escreveu "Jayme é arte que provoca choques tectônicos por onde passa, abrindo fissuras no psiquismo humano e social". É verdade até no seu dia a dia sempre tem algum fato que marca a presença dele por onde passa, imagine no local onde reside e trabalha.

       Como ficou desempregado durante o governo Collor de Mello foi morar de favor no Edifício Themis onde guardou uma grande caixa com suas indumentárias. De quando em vez colocava algumas delas para tomar sol e os moradores dos apartamentos mais altos jogavam todo tipo de objetos e até cabeças de galinhas e pó de café. foi aí que conseguiu um local na Rua das Flores, no Pelourinho e saiu arrastando a imensa caixa no asfalto da Praça da Sé até esta nova moradia. Também, ligava a radiola alto ouvindo rock. Certo dia um dos moradores desligou a sua luz. Ele bateu forte na porta para pedir para religar a luz e houve um desentendimento e foi aí que o vizinho jogou uma pedra na sua perna e terminaram na delegacia, mas depois foi feito um acordo e tudo ficou em paz. Mas continuou colocando  nas janelas as roupas para tomar sol e uma vizinha implicou e deu queixa no IPAC, até que o transferiram para a casa de número 4, no primeiro andar, na Ladeira do Carmo.

Lá também não foi aceito porque funcionava um restaurante no  térreo e toda a fumaça da cozinha entrava no espaço que ele ocupava. Para se proteger "e respirar o ar puro " colocou uma imensa cortina para desviar a fumaça, mas também acumulava a sujeira que caia do teto do casarão, e às vezes sujava as mesas dos clientes. Ali ele comercializava suas obras como pinturas e esculturas e também umas carrancas que um conhecido trazia da região do São Francisco. Também, os vizinhos reclamavam que ele trabalhava com serras cortando metal e com marretas causando um barulho danado. Foi ai que Sonia Fontes, da Conder , no Governo de ACM, lhe destinou o térreo da Casa número 20, da Ladeira do Carmo, onde está até hoje e construiu o seu Sarcófago, e recebeu também uma casa num conjunto habitacional na Avenida Gal Costa, onde vive com sua família. 

 

Além de ter sido atropelado em outubro de 2016, na Rua Carlos Gomes e hoje estar enfrentando as sequelas o motorista atropelador fugiu deixando-o estirado no chão, e a placa do veículo não foi anotada, o Jayme Fygura foi assaltado três vezes. Sua indumentária não intimidou os assaltantes atraídos talvez pelas histórias que correm no Pelourinho de que ele tem grana. Na realidade Jayme Fygura precisa trabalhar sempre para se sustentar e enfrenta dificuldades financeiras com certas frequências. Quando do atropelo colocou um cartaz e uma mensagem apelando para as pessoas o ajudarem a enfrentar as dificuldades porque foi obrigado a permanecer quase um ano inteiro numa cama até que teve a ideia de apelar por ajuda pela internet. Vejam parte da mensagem: "Estamos passando por dias muito difíceis, sei que já precisei de sua ajuda. Mas, agora algumas coisas pioraram, por isso peço que me ajudem como puderem. Somos pessoas idosas, minha esposa e eu, e existem muitas formas de ajudar. Estamos abertos a todo tipo de apoio". A ajuda era para compra de alimentação , remédios e outros gastos de rotina.  Para isto oferecia a venda suas máscaras, pinturas e outros objetos de arte de sua autoria. Veja que aí ele volta a mostrar preocupação com a esposa, portanto ele tem esta ligação com a família.

 

 

                                 

 


13 comentários:

  1. Muito bonita a história desse Senhor, JaymeFygura. Parabéns! Os relatos foram de grande valia.

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  2. Edison da Luz
    Reportagem interessante de um artista invisível. Conheci o artista com sua indumentária escultórica. Numa verdadeira performance itinerante se começando a pintar a performance virou traje uma roupa.

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  3. Antonio Larangeira
    Grande jornalista Reynivaldo Brito, figura da comunicação pelo jornal A TARDE.

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  4. José Valverde Valverde
    Era um como cartão postal que percorria as ruas de Salvador silenciosamente, causando indagação, curiosidade. //

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  5. Liane Katsuki
    Muito obrigada querido amigo por enviar-me.

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  6. Leonel Rocha Mattos
    Parabéns Reynivaldo sem você a Bahia fica desdentada . Seu trabalho é o resgate da história , ressaltando valores que com certeza viveriam a beira da marginalidade, não entendido por muitos . Abraço amigo.

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  7. Mario A. Lima Neto
    Parabéns Primo Reynivaldo Brito

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  8. Wellington Lôbo
    O verdadeiro sentinela da cultura baiana. Um abraço Rey.

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  9. Liane Katsuki
    Gostei muito deste "artigo".História espectacular , muito humana, emocionante!!!

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  10. Excelente reportagem. E o Jaime, realmente, é uma figuraça!!!

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