JORNAL A TARDE SALVADOR,
TERÇA-FEIRA, 17 DE SETEMBRO DE 2002
Composta com obras em grandes
formatos, de 15 artistas baianos, esta exposição traz ao público um painel da
arte produzida na Bahia. São trabalhos de Almandrade, Ângela Cunha, Ayrson
Heráclito, Beth Souza, Caetano Dias, Chico Macedo, Florival Oliveira, Gaio,
Iuri Sarmento, Leonel Mattos, Paulo Pereira, Sérgio Rabinovitz, Vauluíso
Bezerra, Zau Pimentel e Zivé Giudice, artistas que se vêm destacando com uma
produção diferenciada em criatividade e qualidade técnica. São artistas antenados
com o seu tempo, com as coisas que estão acontecendo ao seu redor. Utilizando o
suporte tradicional ou ampliando suas possibilidades de uso, reinventam as relações
entre materiais, técnicas e conteúdos, apropriando-se com maestria da linguagem
contemporânea na expressão dos signos do cotidiano. Esta é uma arte
fundamentada e simbolicamente transposta do diário da vida, tem marcas
profundas de universalidade e plasticidade que permite ser apreendida além do
contexto da sua produção.
Reprodução da obra de Ayrson Heráclito que está no Mam-Ba.
SCHAEPPI EM GENEBRA
O artista baiano Fred Schaeppi
vai expor algumas telas, de hoje a 13 de outubro, na Galerie Chausse-coq, em
Genebra, na Suíça. Fred é um dos artistas que participaram do movimento Geração
70, que reuniu o que existia de mais significativo na jovem arte baiana da
época. Recolhido em casa, no Farol de Itapuã, o artista vem, pacientemente,
criando seu mundo pictórico e aos poucos deixando de lado a figuração para
criar composições mais soltas. Ele criou um painel num mosteiro de frades
próximo à cidade de Mundo Novo, que é uma referência significativa da sua capacidade
criativa. Agora, para alegria dos apreciadores de sua arte e dos amigos, ele
vai expor mais uma vez fora do Brasil, levando um pouco da Bahia para os
suíços.
Reprodução da tela de Fred Schaeppi que ilustra o catálogo-convite da mostra.
Reprodução da tela de Fred Schaeppi que ilustra o catálogo-convite da mostra.
PRELÚDIO DE GIL MACIEL
Composta de 14 telas abstratas em
técnica mista e acrílica sobre tela e dois desenhos em papel, em várias dimensões,
a mostra do artista Gilson Maciel, que está expondo na Aliança Francesa. Ele
procura como símbolos o osso e a mão buscando o “elo de energia, de vida e
morte, numa vaidade antropocêntrica do ser humano, no qual o caminho seguido
vai desaguar no ômega ao pó da terra”, diz Gilson. Diz ainda que suas “pinturas
procuram refletir um sentimento intrínseco do pensamento com uma visão plástica
da abstração, no qual a textura, cores e pinceladas soltas regem os quadros em
mensagens subjetivas.
Reprodução de obra em técnica mista demonstra a busca de sentimentos de Gilson Maciel.
Reprodução de obra em técnica mista demonstra a busca de sentimentos de Gilson Maciel.
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