sábado, 2 de junho de 2012

EMÍDIO MAGALHÃES : NÃO EXISTE ARTE MODERNA

Texto Reynivaldo Brito


"Não existe arte moderna e antiga. Existe sim, a boa arte, feita com técnica e amor e aquela oura feita sem técnica.É por esta razão que muitas vezes fico triste quando vejo jovens sem talento tentando dedicarem-se à arte e outros que no início de seu trabalho artístico falam de fases . Acho que é uma pura demonstração de falta de disciplina.O artista deve ser humilde e acima de tudo voltado para o seu trabalho sem a preocupação com os modismos", esta é a opinião do professor Emidio Magalhães, ex-diretor da Escola de Belas Artes, regente de duas catédras e um dos mais festejados pintores baianos. A partir de amanhã,ele estará expondo 39 quadros na Galeria Canizares. na avenida
Araújo Pinho, no Canela.
Foto Emídio Magalhães em   sua residência em Itapagipe, com seus barcos.
Com 67 anos e muita vitalidade o professor Emídio Magalhães mostra sua humildade quando revela que só fez duas exposições individuais embora já tenha recebido vários prêmios.Em 1932 ganhou o Prêmio Caminhoá, prêmio esse de viagem à Europa, que infelizmente não conseguiu realizar. Em 1939, concorreu pela primeira vez no Salão Nacional de belas Artes sendo premiado com a Medalha de Bronze. Em 1943, novamente premiado no Salão nacional de Belas Artes com a medalha de Prata. Em 1945 e 1949, foi designado membro do júri pelo Conselho Nacional de Belas Artes. Em 1955 e 1956, foi membro do Júri do Salão Baiano de Artes Plásticas. Fora do Salão Nacional, obteve a medalha de prata no Salão Paulista, em 1957 e em 1963, a de ouro.

                                         DISCÍPULO DE PRESCILIANO
O ex- aluno do mestre  Presciliano Silva continua admirando o trabalho que acompanhou de perto. Foi com Presciliano Silva que iniciou realmente o seu trabalho de artista vindo a substituir-lhe quando o mestre aposentou-se. nesta época, residia em belo Horizonte, quando recebeu um chamado de Presciliano. O então aluno Emídio Magalhães não pestanejou. Arrumou as malas e passou a lecionar na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, até que em 1967, foi nomeado diretor.
Seus quadros que serão mostrados ao público na Galeria Canizares apresentam , a grande maioria,uma tonalidade escura verde ou azul.Os barcos são presenças constantes. Ele justifica a utilização da temática barcos e tenta explicar: "Veja que vista se descortina desta sacada", e aponta para o mar e as dezenas de barcos que pontilhavam a península itapagipana onde morava.
Na foto à esquerda uma paisagem pintada pelo mestre Emídio Magalhães.

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