sábado, 1 de junho de 2024

A ARTE VISCERAL E EMOTIVA DE RAMIRO BERNABÓ

Ramiro com  esculturas no
seu ateliê  em Patamares.
Ao olhar uma escultura,pintura ou desenho de Ramiro Bernabó você não consegue tirar os olhos ou passar batido, como se diz numa conversa singular, porque os cortes rudes e os traços densos nos prendem como se fossem imãs e nos convidam a examiná-los com mais cuidado àquelas obras tridimensionais e suas pinturas e  desenhos repletos de imagens coloridas. A madeira usada revela nos cortes profundos e irregulares que foram feitos usando uma energia diferenciada que precisou sair do seu interior e se libertar. Os cortes foram feitos com força e raiva e lembram um lenhador imerso numa floresta densa obrigado a usar toda sua capacidade física para vencer as dificuldades que se apresentaram. O mesmo acontece com os desenhos do artista e vemos claramente que aqueles traços largos foram feitos num momento onde a gesticulação foi impulsionada por uma energia que saiu do seu interior como as águas incontroláveis que viajam pelos campos durante uma tempestade. Diria que é um trabalho visceral, um trabalho cheio de emoção onde o artista se sente impelido a deixar registradas suas angústias e seus dissabores como uma catarse em busca da paz. São como momentos dramáticos de uma peça teatral e o resultado merece que todos se levantem e gritem bem alto Bravo! Esta saudação de Bravo deixo aqui registrada para o conjunto da obra de Ramiro Bernabó. Suas esculturas monumentais antropomorfas nos encantam e ao mesmo tempo nos levam a questionar as incertezas e oscilações da vida. São obras de presenças fortes e vigorosas e de uma expressividade à toda prova.

Esculturas na sua residência.
Ramiro Bernabó consegue imprimir na madeira e no papel com seus desenhos as digitais das suas angústias e os conflitos que permeiam a sua existência. Não tem telefone celular, e-mail e não usa redes sociais. Vive como um ermitão num espaço rodeado por um pedaço de Mata Atlântica e com suas esculturas de barro e madeira espalhadas pelos cantos e algumas na vegetação que teima em envolve-las. Seu mundo transita entre a mata e o mar. Sua casa plantada no meio a um pedacinho da floresta fica em Patamares, bairro da orla de Salvador e o artista tem também uma predileção pelo mar. Por diversas vezes disse que sempre gostou de mergulhar e apreciar os peixes que povoam a orla de Salvador e são presenças constantes em seus desenhos e esculturas . Gosta também de registrar seus momentos em poemas e mais recentemente num caderno onde diariamente escreve como está se sentindo e os fatos que vivenciou naquele dia. Quando conversamos chegou a ler por alguns minutos trechos deste seu diário que na verdade revela a essência de sua existência.

                                                               SUA TRAJETÓRIA

Nesta foto de Pierre Verger, de 1950,
vemos Nancy, Ramiro e Carybé na festa
da Conceição da Praia, em Salvador.
O escultor e pintor Ramiro Bernabó carrega consigo o fardo de ser filho de Carybé um dos mais festejados artistas em nosso país que viveu em Salvador durante décadas e aqui construiu e consolidou sua carreira artística. O Ramiro também nasceu em Buenos Aires, no bairro do Palermo, em 6 de maio de 1947. Seu pai foi morar com sua mãe Nancy Colina Bernabó num antigo apartamento juntamente com um irmão e irmã do esposo na Rua Urgatete. Quando Ramiro tinha três anos de idade migraram para o Brasil no ano de 1970. Ele cresceu vendo seu pai, e os amigos  Jenner Augusto, Carlos Bastos, Floriano Teixeira, Mirabeau Sampaio, Pancetti e outros artistas daqui trabalhando, especialmente o Mário Cravo Junior, fazendo suas esculturas de ferro fundido, aço inoxidável e madeira. Tornou-se muito amigo do seu filho o fotógrafo Mário Cravo Neto, já falecido. É um autodidata e o gosto pela arte se materializou na década de 60, e em 1967 fez sua primeira exposição de desenhos na Galeria Álvaro Santos, em Aracaju, Sergipe. Em 1988 ganhou o prêmio Copene de Cultura e Arte e de lá já fez várias exposições individuais e coletivas aqui, em outros estados e até fora do país.

Ramiro sentado numa cadeira-escultura
 na sala especial que também é uma
escultura gigante.
Na conversa que tivemos Ramiro lembrou que vieram para a Bahia no navio da companhia de navegação Blues Starline. Disse que quando passou a entender tomou um choque cultural com as praias, as coisas do Mercado Modelo, as festas populares, os bondes e os pescadores. Foram morar num casarão no Largo de Santana, no bairro do Rio Vermelho, e ali fez sua primeira amizade com o Roque, não lembra o sobrenome, mas falou que ele tinha uma rinha de galo nos fundos de sua casa. Naquela época era normal as pessoas colocarem os galos para brigar até que o presidente Jânio Quadros, em 18 de maio de 1961 através de um decreto proibiu a rinha de galos em todo o país. Ramiro fez amizade também com Manolo, que era filho do senhor chamado de Jesus, dono da Padaria do bairro. Visitou os ateliês de Pancetti, em Itapuã, e de Raimundo Oliveira, dentre muitos outros. No domingo seu pai costumava leva-lo para assistir os desenhos animados no Cine Guarany. Disse que presenciou Carybé fazer suas gravuras em metal na sua casa do Rio Vermelho para o livro Macunaíma, que hoje é uma raridade bibliográfica. Foram impressos apenas cem exemplares, e um exemplar pode valer mais de duzentos mil reais. Conheceu o Mário Cravo Neto, chamado de Mariozinho, quando já estava com cinco anos de idade e a amizade se consolidou na adolescência. Recordou que durante a adolescência ele e 
Vemos seis pinturas em papel com  cenas
noturnas , paisagem , cotia e abstratos.
Mariozinho fizeram uma coleção de insetos incentivado por Octávio Mangabeira Filho, Otavinho. “Íamos aos domingos para o bairro da Graça e ele nos ensinava a guardar os insetos em caixas apropriadas. Depois quando adultos cada um foi para um lado. Tive muitos poucos amigos e passei a ocupar o meu tempo já em 1967 para cá fazendo minha arte e assim enfrentava o meu tédio. Neste período conheci os cineastas André Luiz de Oliveira e Rogério Duarte e entramos neste negócio de Tropicália. Foi um período complicado porque a juventude passou a usar drogas. Hoje tudo mudou estou imerso na arte fazendo minhas esculturas e meus desenhos. A arte evita que eu entre numa depressão. Tem uns que preferem viver imersos em dinheiro.” confessa Ramiro Bernabó.

Fez o segundo grau no Colégio Dois de Julho,em Salvador-Ba e em seguida foi aprovado no vestibular para a Faculdade de Arquitetura, da Universidade Federal da Bahia. Não passou do primeiro ano porque inconformado com as constantes greves terminou abandonando o curso e nunca mais voltou. 

Escultura  de Ramiro Bernabó, no
condomínio onde reside.
O Mário Cravo Neto que tinha a mesma idade do Ramiro  Bernabó nasceu em 20 de abril de 1947, faleceu  em 9 de agosto de 2009. 
Contou ainda que nos anos de 1974 conheceu um rapaz cearense chamado Benedito que fazia letreiros em pranchas de madeira e resolveu experimentar. Assim iniciou criar  letreiros em madeira e daí em diante percorreu o caminho natural passando a fazer suas esculturas. A primeira foi em 1983 com um pedaço de cedro que tinha sobrado de uns murais que seu pai Carybé tinha feito. Gostou e de lá para cá já fez centenas de esculturas de todos os tamanhos e formas,usando vários tipos de materiais e ferramentas .  Recordou que certo dia viu um homem cortando uma jaqueira com uma motoserra no bairro de Brotas , em Salvador. Aí resolveu comprar o tronco e posteriormente adquiriu  uma motoserra para trabalhar. Neste interim soube que estavam derrubando umas árvores no bairro do Candeal,também em Salvador. Se dirigiu até o local e conseguiu pegar vários troncos que lhes serviram para fazer muitas  esculturas e móveis de arte.

Ramiro com o diário onde registra
suas atividades e sentimentos.
Continuando a conversa Ramiro Bernabó olhou para o lado e apontou o dedo indagando: “Está vendo aquela poltrona-escultura ali? Ela foi feita com um tronco de um oitizeiro gigante que peguei no Candeal”.  Também mostrou a escultura de um peixe que está ainda finalizando,  utilizando de uma pedra dessas usadas para fazer meio fio das ruas da Cidade. Afirmou que encontrou a pedra abandonada no bairro de Itapuã, e como era pesada precisou de ajuda  para recolher e trazer para seu ateliê. Notou que quando foram buscar a tal pedra alguns moradores ficaram observando e meio chateados, mas faz questão de dizer que a pedra estava ali abandonada e sem qualquer utilidade. Disse que atualmente para ele é mais fácil trabalhar com  pedra do que com madeira. Outro momento interessante desta sua trajetória é que esteve recentemente numa pedreira na cidade de Milagres, no interior da Bahia, e começou a fazer uma escultura gigante num bloco de pedra pesando algumas toneladas. O seu projeto era fazer um furo no bloco de pedra de dois metros por dois metros pesando umas vinte toneladas criando uma escultura. Mas, teve que abandonar o projeto porque alguns trabalhadores cismaram com aquilo e começaram a achar estranho. Disse Ramiro Bernabó que devem ter pensado assim: “Aquele cara branco veio aqui para furar uma pedra? Outros acharam que era coisa de bruxaria." Disse que gastou uns dez mil reais alugando gerador e máquinas para fazer a escultura, mas que abandonou o projeto. " A ideia era trazer a escultura para cá",lamenta o artista.  

Ramiro mostra pintura em papel.
Como podemos ver a trajetória de Ramiro Bernabó tem caminhos próprios e assim ele vem construindo sua identidade como artista se distanciando do que seu pai fazia. Suas obras têm este distanciamento e  identidade autoral. Num texto escrito por seu pai Carybé para uma exposição  ressaltou o seguinte: “Ramiro viveu, num ateliê. Desde pequeno a figura do tio Roberto, a magia dos desenhos saindo da ponta do pincel, a música nas cores da paleta misturando, virando outras cores e o pai também lidando com esses mistérios num espetáculo diário que foi acendendo sua curiosidade.  Já na Bahia com o grupo renovador das artes e em segunda casa, a casa de Mário Cravo conviveu com o som da escultura, a pancada do macete na goiva, o fritar da solda, o chiar da serra, a marcação do machado, o ferro na bigorna imitando a araponga; podia estar tirando uma jaca, mas pelo ruído, sabia se se tratava de um Exu de ferro ou se de um tronco estava saindo enorme, gigantesco o Conselheiro pregando em fúria, Lampião, uma carranca, sereias ou Aganjú.

Ramiro com esculturas de cerâmica no
terreno de sua casa.
Dentro dele todos esses personagens pintados nas paredes ou saídos de troncos, do fogo das forjas, de ferro ou de pau, coloridas, vivendo nas telas ou no papel forma-se acomodando-se, tornando familiares, amigas, seu material de sonhos, o mundo silente de peixes no fundo do mar, algas, corais formaram uma potência, um extrato que um dia chegou a suas mãos e saiu mundo afora. Ramiro é autodidata. Vivendo e vive e viveu rodeado de artistas não pediu emprestado a ninguém, num confronto constante de seu mundo e o mundo que rodeia, observa, indaga, analisa e, quando dá um passo é um passo seguro com o respaldo de soluções achadas e resolvidas em carne própria, uma alegria”.

E o saudoso escritor Jorge Amado também escreveu um texto que aqui transcrevo um pequeno trecho. “Tive a possibilidade de entender a origem da arte de Ramiro, o cerne de sua criação, quando me foi dado ler, em prova de amizade e confiança, alguns poemas de sua autoria: o mundo dramático do artista se desnuda nos versos onde coração e tripas estão expostos, carne dolorida, peito aberto. A afirmação da arte de Ramiro coloca-nos diante de uma conquista realizada e com extrema consciência, de uma vitória obtida em luta sem quartel – a arte custa ao criador o preço alto, mas vale a pena” ....

Ramiro gosta de tocar tambores no    ateliê,
tendo ao fundo seu colega Leonel Mattos.
Vejam este poema Mata de autoria do Ramiro Bernabó: “Era um dia de nuvens, era uma manhã, /o homem subia o morro, o barro grudado nos sapatos/os frutos no chão e a terra vermelha. /As borboletas pousam na sua camisa /como que perdidas, perplexas de ver seu mundo acabar./Os insetos esvoaçam encima das frutas, enlouquecidos,/ moscas,vespas e formigas como ébrios perdidos./ Esse morro que era verde com mil plantas/ agora deixa de ser seu âmago./ Seu mundo acabou para sempre./Seu microssistema deu lugar à ruas de lama./ As mariposas voam ao redor como dizendo:/ Somos amigas, somos boas, ou talvez busquem o suicídio/ asas azuis com bolinhas pretas / confundiram o homem com a árvore./ Enquanto os micos pulam buscando um novo lar,/ um besouro sai dos troncos caídos,/ abrindo as asas se coçando todo./Estranho tanta vida, tantos pequenos dramas,/ tantos pedidos no ar./ E lá no fundo os edifícios testemunham estáticos/ uma destruição que ninguém vê.”

                                               EXPOSIÇÕES

Ramiro com autorretrato 
ainda por terminar.
Entre as exposições estão: 1967 – Exposição de Desenhos na Galeria Álvaro Santos, Aracaju-SE ; 1972 – Exposição de Gravura em Metal, no Museu Regional de Feira de Santana-BA; 1973 - Exposição Desenhos, em A Galeria, São Paulo-SP; 1975 – Exposição de Gravuras e Desenhos com Carybé, em A Galeria, São Paulo-SP e Exposição de Desenhos e Esculturas , no Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador-BA; 1977 – Exposição de Gravura em Metal, na Galeria da Pousada do Carmo, Salvador-BA; 1979 – Exposição de Gravura em Metal, na Galeria ACBEU, Salvador-BA; 1981 – Exposição Gravuras em Metal, na Kattya Galeria de Arte, Salvador-BA; 1982 – Exposição de Gravuras,  na Galeria de Exposiciones Petroperu, em Lima, no Peru; 1986 -Exposição de Desenhos, na Galeria O Cavalete, em Salvador-BA; 1988 – Exposição de Esculturas e Pinturas, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, MASP – São Paulo-SP; 1990 – Exposição de Pinturas a Óleo, na Galeria Bonino, no Rio de Janeiro-RJ; 1993 – Exposição de Esculturas em Madeira, no Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador-BA; 1995 – Exposição de Esculturas em Madeira, no Terminal Rodoviário de Salvador; 1996- Exposição Mobiliário em Madeira, na Casa Cor, Salvador-BA; 1997 – Exposição da Escultura em Madeira, no Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador-BA; 1998-Exposição da Escultura Floresta Construída, no Liceu de Artes e Ofícios, Prêmio COPENE de Cultura e Arte; 2000- Exposição no  Parque de Esculturas , da escultura Arte da Mata, Itacaré-BA; 2001 – Exposição de Cerâmicas, na Galeria da Aliança Francesa, Salvador-BA; 2004 – Exposição Coleção Metrópolis de Arte Contemporânea , no Espaço Cultural CPFL, em Campinas-SP; 2006/2007 – Exposição Viva a Cultura Viva, no Museu Afro Brasil de São Paulo-SP; 2007 – Exposição Comemorações , na Galeria da EBEC , Salvador-BA e em  2018 – Exposição Matéria Onírica, no Museu de Arte da Bahia, Salvador-BA.

 

 

 

 

 


24 comentários:

  1. Um excelente artista filho de um excelente artista. Quem puxa aos seus não degenera. Excelente escolha Reynivaldo

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  2. Rita De Cassia Martins
    Adorei o texto, realmente uma viagem maravilhosa, me sentir no ateliê observando cada trabalho e a sensibilidade de Ramiro!

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  3. Maria Das Graças Santana
    Uma história de vida dedicada a artes. Parabéns e sucesso!

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  4. Domingos Dantas Brito
    É incrível o trabalho desse artista .

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  5. José Henrique Silva Barreto
    Texto excelente. Nos transporta para o ateliê do artista 👏👏👏👏

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  6. Leonel Rocha Mattos
    Meu compadre, Reynivaldo Brito, sua capacidade de entrevistar é fenomenal, genial, seu talento de ouvir ,captar e traduzir são para poucos. Parabéns meu amigo, é de ficar de boca aberta, como diz o ditado 🤗
    Ramiro Bernabó é outro, traduz o que sente e pensa , na linguagem bruta, parece inacabada sua obras, grosseira no sentido do belo. Sua obra parece inacabada porque dá a impressão que só finaliza na próxima, mas pelo contrário, ela é tão visceral que deixa todos presos ao olhar, como visgo de jaca, rsrsr. Simplesmente delirante.

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  7. Ana Castro
    Dedicação, comprometimento e muita arte, essa é a alma de um verdadeiro artista, parabéns Ramiro pelo seu talento.
    Ótima reportagem Reynivaldo 😘

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  8. Marluce Maria Morais Brito
    Voce expressa com muita sensibilidade, o artista Ramiro Barnabo na sua arte tão forte, dramatica, mesmo.

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  9. Therezinha Carvalho
    Reynivaldo, o texto está magnífico.
    Sempre aprendo um pouco mais com a leitura e assim vou enriquecendo minha cultura, como também vou acrescentando mais palavras ao meu vocabulário.
    Este blog nos proporciona aprendizado.
    Bom seria que todos ou parte dos seus leitores, não apenas se limitasse a ler o conteúdo dos seus textos por ser mais uma história de vida de um artista, mas que aproveitassem também para enriquecer o vocabulário. Um aprendizado para a vida.
    Não entendo como num texto deste nível, as pessoas que curtem e entendem de arte, se limitem apenas a bater palminhas, ou simplesmente levantar o dedo polegar sem se quer fazer um comentário, um elogio ao trabalho do artista, ou mesmo ao seu desempenho como crítico de arte e incentivador das artes plásticas, seu tempo, sua dedicação como jornalista que escreve e compartilha tanta cultura e beleza para todos nós seguidores do seu blog.

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  10. Saulo Portela
    Ramiro Bernabó 🙌🏻muito bom💚

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  11. Maria Maxixe
    Gosto dos trabalhos dele , são sempre demonstrando a natureza na sua simplicidade e rústico como uma floresta virgem !
    Não tem vaidade no que faz , só trasmite amor pela arte !

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  12. Berenice Carvalho
    Parabéns para o artista Ramiro e sucesso!
    Parabéns para Reynivaldo com o seu excelente trabalho de divulgação dos artistas.

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  13. Félix Sampaio
    Reynivaldo tem o dom das palavras e sabe onde andam os bons. Salve Ramiro!! 👏👏👏👏👏

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  14. Graça Gama
    PARABÉNS amigo Reynivaldo nos mostrando sempre grandes artistas e belos trabalhos

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  15. Teresinha Nogueira
    Esse senhor Ramiro é um escultor excelente .Incrível

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  16. Beth Sousa
    Muito bom conhecer mais sobre os artistas! Parabéns, Ramiro e belo texto, Reynivaldo!

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  17. Dulce Cardoso
    Conheci Ramiro no curso livre de cerâmica ministrado pela prof.Betania Vargas, no MAMBA, Reynivaldo com o seu grandioso conhecimento, entrou na alma do artista e o descreveu com genialidade ao pé da letra. Parabéns a Ramiro pela sua arte, como disse Ligia cheio de "causa propria".

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  18. Luis Guilherme Pontes Tavares
    Destaque, foto e texto de qualidade!

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  19. Linda arte, gostaria de ver pessoalmente, sou fã de esculturas. Parabéns Reynivaldo, a cada sábado vou conhecendo um pouco mais dos artistas baianos.

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  20. Comecei a admirar Ramiro desde que o conheci como também a sua arte impregnada dele próprio, reconheci ali o artista visceral, cheio de "causa própria" original, criativo, consistente. Sem comparações.

    Foi criado em um ambiente propício às artes, onde circulavam artistas de primeira grandeza, amigos do seu ilustre pai, Caribé. O que seria normal traçar o seu caminho artístico dentro dos limites conhecidos.

    Participamos de várias exposições coletivas, em que ele apresentava pinturas e belos desenhos diferenciados.

    As suas esculturas de figuras antropomórficas, de grandes dimensões, são impactantes tamanho o grau de expressividade.

    Ramiro Bernabó o artista que não seguiu o caminho sedutor da contemporaneidade, não seguiu modismos nem nenhum ismos. Atenção para este Grande artista!!

    Belo texto do sempre disposto incentivador das artes, Reynivaldo Brito, Crítico e Jornalista.

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