segunda-feira, 28 de abril de 2014

FLORESTABILIDADE DE GIL MÁRIO EM ARACAJU

Esta obra  será exposta por Gil Mário em Aracaju
O artista feirense Gil Mário está comemorando 40 anos de arte com uma  exposição na cidade de Aracaju, Sergipe, na Galeria de Arte Jenner  Augusto, da Sociedade Semear. Seus trabalhos versam sobre a natureza com o sugestivo título de Florestabilidade.
Lembro que na década de 70 o artista pintava muitos pássaros, especialmente garças e, agora nos apresenta as folhagens das nossas florestas exuberantes que são focadas com maestria pelos seus pincéis. Ele mostra uma boa técnica com movimentos sinuosos e uma plasticidade interessante.
A folhagem das árvores e arbustos que cobrem nosso território tem uma variedade incrível de formas e cores e isto possibilita a Gil Mário criar novas formas diferenciadas e brincar com as texturas e tonalidades.
Como podemos deduzir Gil Mário tem uma preocupação constante com a preservação da natureza e, assim se expressa em suas obras sempre pintando aves e plantas e, com isto nos apresenta e defende a necessidade de cuidarmos melhor da natureza. As florestas devem ser utilizadas com critério e responsabilidade.
Recebi pelo e-mail o convite de sua próxima exposição que será aberta no dia 6 de maio e permanecerá até 7 de junho, portanto, uma ótima oportunidade para os sergipanos que gostam de arte compartilhar este momento com um artista incansável que ao longo de quatro décadas vem se dedicando ao seu ofício.
A exposição é composta de onze trabalhos em acrílica sobre tela nas dimensões 100 x 100 cm e dez infogravuras sobre placa de PVC. A curadoria da mostra é de Lígia Motta, com coordenação geral de Cita Domingos.
Ele ficou meio surpreso quando respondi o seu e-mail, já que estamos há alguns anos sem qualquer contato. Porém, digo a Gil Mário e outras pessoas que nos lêem no blog reynivaldobritoartesvisuais@blogspot.com.br que estou sempre à disposição para receber sugestões, solicitações e mesmo críticas, quando não concordar com algumas palavras que escrevo. 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

CARETAS E BAIANOS

Os caretas brincando durante  o Carnaval de Maragogipe
 Dois belos livros de fotografias me chegaram às mãos: Careta, Quem é Você - Carnaval de Maragogipe, de Álvaro Villela, e Baianos, de  Manu Dias. São trabalhos que engrandecem a fotografia em nosso estado e revelam a capacidade e, principalmente, a sensibilidade, além é claro, da técnica apurada , desses dois profissionais da fotografia.
Para surpresa minha, os livros me foram presenteados por uma pessoa querida que sabe do meu interesse pela arte da fotografia, inclusive tenho feito algumas fotos ao longo de minha carreira de jornalista. Feito não apenas fotos de reportagem, mas também, de assuntos que causam algum interesse do meu olhar.
O Carnaval de Maragogipe foi tombado como patrimônio imaterial pela sua singularidade, participação e espontaneidade de todos àqueles que curtem a festa nesta pequena cidade do Recôncavo Baiano. Além dos famosos caretas  ainda  tem uma entidade  chamada de Bloco das Almas, que sempre sai a partir da meia-noite assombrando as crianças do local.
Portanto, foi exatamente este Carnaval que o fotógrafo Álvaro Villela, natural de Sergipe, mas residente  em Salvador, resolveu focar com suas lentes. Ele nos brinda com fotos sensacionais, revelando nas páginas do seu livro Caretas a simplicidade desta gente e sua forma alegre de brincar o Carnaval.
Sempre tive uma curiosidade sobre os caretas solitários, que surgem nos becos, nas ruas e procuram a todo custo esconder suas identidades. Mas, desde o tempo de criança observava que meus colegas saíam acompanhando os caretas em Ribeira do Pombal , querendo saber quem eram. Já adulto, morando em Salvador, no bairro do Tororó, notei que acontecia este mesmo comportamento durante o Carnaval, com as crianças seguindo os caretas  com o objetivo de identificá-los, mesmo quando o careta utilizava recursos para modificar o jeito de andar, engrossar ou afinar a voz, para disfarçar.  Quando conseguiam identificar algum careta de pronto as crianças  saiam gritando o seu nome  e este  tratava de sumir daquele local o mais breve possível.
Álvaro passou sete anos fotografando os caretas e diz no seu livro que descobriu por acaso quando viu crianças brincando com as máscaras. Essas máscaras, em sua maioria feitas artesanalmente possibilitou ao fotógrafo fazer uma narrativa visual e documental de fazer inveja.
Já Manu Dias focou, em suas viagens pelo interior, pessoas  de vários tons de pele, religiões e sotaques. Mostra o grande mosaico do que é constituído o povo baiano. Fotografou desde as crianças com sua alegria e ingenuidade, aos garotos e garotas das fanfarras com suas roupas de gala, gente do candomblé, índios  e os valorosos vaqueiros do sertão.
O valoroso vaqueiro na missa celebrada em Curaçá-Bahia
Este livro mostra exatamente através das imagens como nosso estado é formado por uma população multirracial composta de índios, negros, brancos, mulatos, sararás, pardos, enfim, por indivíduos   que se misturam e se completam em todos os níveis imaginados. Pessoas que transmitem em seus rostos e olhares a generosidade desta gente, muitas vezes sofrida, mas que vai em frente acreditando sempre em dias melhores.
Portanto, o Manu Dias também está de parabéns por seu livro Baianos, contribuição importante, documentando com suas imagens, estes rostos de uma expressividade ímpar para que possamos compreender quem somos e o que significa viver num estado composto de uma variedade fantástica de indivíduos de diferentes matizes de cor de pele, religião e nível social.

domingo, 13 de abril de 2014

ELIZABETE EXPÕE EM PORTUGAL E ESPANHA


A artista baiana Elizabete Johansen em uma de suas exposições, com duas  obras de sua autoria.




A artista Elizabete Johansen saiu de Salvador para residir em Porto Rico e, atualmente está  em Nordlandet, no Norte da Noruega. Chegou por lá em 2008,onde terminou fixando residência , constituiu família e, produz a maioria de suas obras com forte colorido, lembrando os trópicos. Recentemente,  passou férias na Espanha e em Portugal . Mesmo de férias aproveitou para realizar exposições e contatos com galeristas mostrando sua produção. Em Portugal fez uma exposição individual em Albufeira, Galeria Samoura Barros, sob o título Conquistando Novos Horizontes e, participou de duas coletivas , sendo uma em Setúbal e a outra em Monte Mor. Isto depois de realizar uma individual na capital da Noruega, na cidade de Oslo .Tem três mostras programadas para este ano na Noruega.
Elizabete está sempre trabalhando e suas obras versam sobre animais envolvidos, por elementos vibrantes e criativos, que vai incorporando à sua produção. São trabalhos alegres, que atraem os olhares das pessoas que têm oportunidade de observar suas obras.
Como está há alguns anos na Noruega já está atrapalhando um pouco a sua língua materna, que é o português, pois ela é natural da Bahia.
Confessa ser uma leitora assídua deste blog, e sempre está tentando manter contatos com a arte brasileira para não perder suas raízes com esta terra , que tanto lhe inspira.





























BEL BORBA VAI EXPOR DIA 25 EM SALVADOR

 Bel Borba em plena ação criativa.
No próximo dia 25 do corrente mês ( abril 2014) o artista Bel Borba vai expor algumas obras na Paulo Darzé Galeria de Arte. São pinturas de grandes dimensões e algumas esculturas que ficarão por lá até o dia 23 de maio. Em seguida fará exposições em Recife, Bogotá (Colômbia), Shangai ( China) e Vancouver, ( Canadá).
 Bel com seu estilo impulsivo sempre tem necessidade de grandes espaços para exprimir sua arte. Andou pelos quatro cantos de Salvador colocando seus pedaços de azulejos em muros e locais mais inesperados.          Criou um marca na cidade substituindo pichações, que terminam enfeando a cidade, por murais criativos levando uma mensagem positiva. Quando falo em pichações lembro de New York e mesmo em São Paulo, onde os pichadores não respeitam nem os monumentos tombados. Mas, Bel faz um trabalho de arte com seus azulejos, dando a esses locais uma leveza que nos permite olhar com prazer os animais e as figuras humanas que ele cria.

Para Claudius Portugal, o que se está a ver nesta exposição “são trabalhos transbordando de cores, criadas pelo gesto sobre as telas, numa ação única do desenho instantâneo ao encontro das formas, onde sintetiza o  variado, o único, e a inconfundível pintura que está a realizar, distanciando-se do jogo de imagens e de ícones que sua obra vinha normalmente trazendo.’’
Quem me apresentou a Bel Borba foi meu saudoso amigo Ivo Vellame. Bel era quase adolescente e fazia um trabalho com com spray em cartolina na garagem de sua casa, no bairro do Canela. Fez sua primeira exposição na Galeria Cañizares, da Escola de Belas Artes, aos 18 anos de idade. Eram pinturas em spray e ensemblagens com sucata de motores. Diz o artista que “um sugerindo questões existenciais; o outro, uma suposta crítica da sociedade de consumo”. Tenho dúvidas, se já àquela altura Bel tinha esta consciência crítica.

Foi estudar na Escola de Belas Artes em 1978 onde manteve contatos com os jovens estudantes e artistas de sua geração. Filho de advogado, foi cursar Direito na Católica (1976). Parecia ser uma solução para as prováveis dificuldades para a vida de um artista, mas acabou abandonando o curso.
Bel Borba foi um dos artistas que convidei, juntamente com seu incentivador Ivo velame, para participar do movimento Geração 70, da qual fui o curador .
Fez  há quatorze anos atrás, na Chapada do Rio Vermelho, seu primeiro mosaico que  teve uma boa repercussão na cidade. Ele acredita  que “a  repercussão dos meus murais em mosaico não foram apenas pela originalidade da iniciativa e técnica (grafismos em mosaicos). Mas a somatória de diversas ações e uma produção voltada para uma cidade, aproximando estreitamente a arte do cidadão comum, o que acabou me nutrindo de volta, uma coisa estimulando a outra, tornando a mim e minha cidade indissociáveis do nosso tempo. Diz ainda que atualmente sua produção se divide entre a escultura, a pintura e os murais, sem abandonar o papel ou gravuras.”.
Participou da Mostra do Desenho Brasileiro no Paraná em 80. No final dos anos 70 foi premiado nos salões nacionais universitários de artes plásticas (76, 77, 78, 79, e 80). Começou as intervenções urbanas a partir de meados de 70. Pintou no muro de Berlim pela liberdade de ir e vir em meados de 80. Pintou mural contra apartheid na Segunda Avenida em 1987,em New York.
Participou de diversas exposições coletivas e individuais, dentre elas, Homenagem a Pierre Verger no Centro Cultural Correios Salvador e Rio de Janeiro; Por favor, não matem Raul Seixas no Museu de Arte Moderna e no Museu da Água em Lisboa, e em várias galerias.
A partir de 1986  fez instalações, esculturas, e paralelamente continuou pintando. Realizou vários murais de mosaico por toda a cidade do Salvador, fazendo um trabalho de aproximação da sua arte com o grande público das ruas, além de expor aqui e no exterior.




LENÇÓIS TEM EXPOSIÇÃO DE 17 OBRAS

A histórica Casa Afrânio Peixoto onde está o seu memorial e ao lado o auditório em Lençóis.
Foi aberta na Casa Afrânio Peixoto, na histórica cidade de Lençóis, a exposição composta de 17 trabalhos em diversas técnicas . Esta mostra que ficará  até o próximo 25 de maio integra o Projeto Salões de Artes Visuais da Bahia 2013 , promovido pela Fundação Cultural .
Serão premiadas três obras entre as 17 expostas,sendo que cada uma receberá R$7 mil, além de menções especiais e o Prêmio Público,que será concedido através de voto dos visitantes.
 Informam os organizadores que o objetivo dos salões é de apresentar a diversidade da produção baiana em artes visuais;divulgar o trabalho dos artistas e estimular a reflexão sobre temas atuais da área plástica.
Sabemos que os salões já são realizados há mais de duas décadas,sempre enfrentando os transtornos governamentais de falta de um apoio firme e constante ao setor de artes visuais na Bahia .Para a edição de 2013 foram recebidas 463 propostas,através de um edital público,sendo selecionadas 108 obras, produzidas por 77 artistas nas mais diversas técnicas e estilos.
O Projeto passou um ano parado e, agora com esta retomada serão realizadas cinco exposições.Depois de Lençóis, no dia 10 de maio, será a vez de Barreiras, no oeste baiano, no Mercado Coparrosa, até 26 de junho. Finalizando, no dia 18 de julho, o evento chega a Vitória da Conquista, no sudoeste, no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, até 31 de agosto. 

 PARTICIPANTES  
Estes são os artistas participantes da exposição de Lençóis Cecília Tamplenizza,com a obra “Astrozoofili” (vídeoarte); Ciane Fernandes, “Evoca(N)ções” (performance); Devarnier Hembadoom Apoema, “Trouxa de mulher-dama posta pra fora dorecinto de trabalho sem direito a nada...” (técnica mista: objeto, roupas e objetos pessoais); Dmitri de Igatu, “Memórias da Chapada Diamantina” (acrílica s/tela); Félix Caetanno, “Construto” (tijolos, dobradiça e vergalhão); Flávio Lopes, “Requiem para William Turner” (videoarte); Jô Félix, “Interstício” (tríptico Fotografia); Uirá Meneses, “Im(v)ersões Corpo Ambiente” (videoarte); José Arcanjo, “Passeios com os cães” (instalação); Laércio Fonteviva, “Vila Asa Branca” (pintura); Tish, “Filho veado” (instalação); Marcio Junqueira “Devocional” (instalação); Marco Antonio de Ferreira, “Ignescência” (chapas de ferro-sucata-soldadas); Michelle Mattiuzzi, “Merci Beaucoup, Blanco” (performance); Pablo Lucena, “Ponto Turistico nº 01”(instalação); Roberta Nascimento, “Melancolia, obrigada Lars Von Trier” (performance instalação); Cristina Damasceno, “Aconchego” (colagem em papel com fotografias e pintura).


HORA DE EXPOR EM GOIÁS

Foto oficial da Faculdade de Artes da Universidade Federal de Goiás

Estão abertas até o dia 16 de maio as inscrições para a Galeria Paulo Campos Guimarães,da Faculdade de Artes da  Universidade Federal de Goiás. Os objetivos são de oferecer a Galeria como espaço para divulgação das artes visuais; contribuir para formação estética e cultural dos indivíduos e estimular o debate e a reflexão sobre arte e movimentos , além de incentivar a pesquisa em artes visuais e promover ações educativas visando a formação em arte.
As inscrições são gratuitas e deverão ser feitas mediante o envio pelo artista à Galeria da Faculdade de Artes – FAV/UFG, da ficha de inscrição , via e-mail para:edital2014galeriadafav@gmail.com e o termo de compromisso e documentos impressos, o texto da proposta e o portfólio , via correio até o dia 16 de maio próximo, em carta registrada ou por serviços de entrega expressa, postada dentro do período de inscrição constante do edital

Os portfólios deverão conter a documentação fotográfica, em cores, de no mínimo cinco obras, sendo imprescindível que cada uma das fotos esteja identificada com o nome do artista, data, título, dimensões, técnica e demais dados necessários. O portfólio deverá ser apresentado em tamanho A4,contendo a fotografia das obras no formato de 15x21cm,fixadas sobre papel A4; documentação sobre a trajetória do artista, cópias de catálogos, convites, textos críticos ou impressos. Deverá apresentar também proposta de expografia, tendo por base a planta baixa da galeria que está disponível em www.fav.ufg.br/galeriadafav.


Veja abaixo o Edital na íntegra, para que você observe todas as exigências para que sua inscrição seja aceita sem restrições:

Edital de Exposições da Faculdade de Artes Visuais da UFG (Goiânia / GO)

Galeria da Faculdade de Artes Visuais Universidade Federal de Goiás Cx. Postal 131 CEP 74001-970 – Goiania – Go Site: www.fav.ufg.br/galeriadafav
A Galeria de Artes da FAV - Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, recebe inscrições de artistas e curadores interessados em participar do calendário de exposições do local até 16/05/14. 


Confira o regulamento: 
OBJETIVOS 
1.1. Estabelecer-se como espaço para divulgação das artes visuais.

1.2. Contribuir para a formação estética e cultural dos indivíduos.
1.3. Estimular o debate e a reflexão sobre arte e movimentos artísticos e estéticos.
1.4. Incentivar a pesquisa em artes visuais.
1.5. Promover ações educativas visando a formação em arte.

DAS INSCRIÇÕES E DAS PROPOSTAS 

2.1. As inscrições são gratuitas e deverão ser feitas mediante o envio pelo artista à Galeria da Faculdade de Artes - FAV/UFG, da ficha de inscrição, via e-mail para: edital2014galeriadafav@gmail.com e termo de compromisso e documentos impressos, o texto da proposta e o portfólio, via correio, no período de 14/03/2014 a 16/05/2014, até 18:00hs, em carta registrada ou por serviços de entrega expressa, postada dentro do período de inscrição constante do presente edital. 2.2. Os Portfólios deverão conter: 2.2.1. Documentação fotográfica, em cores, de no mínimo cinco (5) trabalhos, sendo imprescindível que cada uma das fotos seja identificada (nome do artista, data, título, dimensões, técnica e demais dados necessários). 2.2.2. Documentação sobre as obras do artista, com catálogos, textos ou impressos em geral, não sendo este item condição obrigatória. 2.3. Não serão aceitas obras para efeito de inscrição. 2.4. O resultado da seleção será divulgado no site da galeria da FAV - UFG e por e-mails. 2.5. Os portfólios dos selecionados farão parte do acervo da Galeria da FAV. Os portfólios das propostas não selecionadas serão devolvidos aos inscritos via correio ou pessoalmente na secretaria da Galeria. 2.6. A Galeria da FAV/UFG rejeitará as inscrições que não estejam de acordo com os termos deste edital, cuja inscrição implica na automática e plena concordância das normas estabelecidas. 2.7. A inscrição se efetivará apenas mediante entrega de toda a documentação constante do presente edital. 2.8. As propostas de exposição deverão conter: 2.8.1. Termo de Compromisso devidamente preenchido e assinado. 2.8.2. Cópia de RG e CPF, currículo e dados pessoais do(s) artista(s) e/ou curador (quando for o caso), endereço completo, telefone e e-mail para contato. 
2.8.3. Portfólio apresentando a proposta (tamanho A4), contendo fotografias dos trabalhos (5, aproximadamente, no formato 15x 21 cm, fixadas sobre papel A4), documentação sobre a/as trajetória(s) artística(s) dos proponentes, cópias de catálogos, convites, textos críticos ou impressos em geral. 2.8.4 Sugestão de expografia tendo como base a planta baixa da galeria (disponível no site da galeria: (www.fav.ufg.br/galeriadafav) e com especificação das obras que comporão a exposição - a ser analisada pela coordenação - cronograma de montagem, descrição de equipamentos necessários ou de materiais específicos no caso de instalações ou obras multimídia. 2.8.5. Memorial descritivo da obra, croquis se necessário. 2.8.6. Envelope selado para devolução do portfólio. 2.8.7. As propostas poderão ser entregues pessoalmente na Galeria da FAV no horário de segundas feiras, terças feiras e quartas feiras apenas pelas manhãs, das 08:30h às 11:30h, ou encaminhadas por correspondência registrada e postada dentro do prazo especificado para inscrições, para o seguinte endereço: Galeria da Faculdade de Artes Visuais Universidade Federal de Goiás Cx. Postal 131 CEP 74001-970 – Goiania – Go Site: www.fav.ufg.br/galeriadafav E-mail: edital2014galeriadafav@gmail.com 2.9. Nas propostas de vídeo-arte, vídeo-instalação e computação deverão constar um termo no qual o artista proponente se compromete a fornecer e dar manutenção a todos os equipamentos que for usar na sua mostra. 2.10. Os trabalhos cujas apresentações exijam fitas de vídeo (performance, vídeo-arte e/ou instalação) deverão ser encaminhados gravados em DVD. 2.11. As propostas de performance selecionadas acontecerão na parte interna ou externa da Galeria, dependendo da proposta e poderão ser concomitantes com a abertura das exposições ou não. 2.12. Havendo divergência entre o projeto aprovado e o apresentado, a coordenação da galeria se reserva o direito de aprovar ou recusar o mesmo. 2.13. Casos omissos serão analisados pelo Conselho Curatorial da Galeria. 

DAS EXPOSIÇÕES 
3.1. As exposições serão classificadas como individuais ou coletivas. 3.2. Cada exposição terá duração máxima de 30 dias. 3.3. Na abertura das exposições individuais ou coletivas haverá encontros com artistas e/ou curadores ou oficinas. DA 

SELEÇÃO 
4.1. As propostas serão analisadas por uma comissão indicada pelo Conselho Curatorial da Galeria (professores, artistas e críticos). 4.2. A seleção somente será realizada por meio de fotos, projetos, DVDs, não sendo aceitas obras originais ou maquetes para essa finalidade 

DA GALERIA 
5.1. Da localização: A Galeria da Faculdade de Artes Visuais da UFG localiza-se no prédio da EMAC - Escola de Música e Artes Cênicas, no Campus II, Samambaia, da Universidade Federal de Goiás – Goiânia, s/nº. 5.2. Espaço Físico: A Sala Expositiva tem 100 metros quadrados de área, com pé direito de 4,40 metros, adequadamente iluminada. A planta baixa e cortes, cotados, encontram-se disponíveis em pdf no site da Galeria. 

COMPETE A GALERIA DA FAV/UFG 
6.1. Disponibilizar o espaço físico acima descrito, com paredes brancas. 6.2. Impressão de folders ou outros materiais, nos formatos já definidos pela Galeria (criação, produção e envio). 6.3. Divulgação junto à comunidade em geral e universitária, na imprensa local impressa e eletrônica (TV UFG) e nas redes sociais da internet. 6.4. Envio de convites virtuais. 6.5. Montagem e desmontagem da exposição. 

COMPETE AO ARTISTA 
7.1. Fornecer as imagens das obras digitalizadas em alta resolução, textos digitados e ceder os direitos dos mesmos para divulgação em impressos, imprensa e demais mídias. 7.2. Entregar na Galeria a(s) obra(s), de acordo a com proposta apresentada, com sete (7) dias úteis de antecedência. Retirá-la(s) no prazo máximo de 15 dias após o encerramento da exposição, respeitando o seu horário de funcionamento. 7.3. Fornecer equipamentos e materiais eventualmente previstos e não disponíveis na Galeria da FAV/UFG. 7.4. Entregar as obras(s) embaladas, em material resistente, pois o mesmo material de embalagem será reutilizado para devolução. 7.5. Providenciar o seguro das obras. 7.6. Comparecer na abertura da exposição, no encontro com o artista e/ou outras atividades programadas. 7.7. Arcar com as despesas de transporte das obras (envio e devolução) e responsabilizar-se por deixar o espaço da galeria nas condições encontradas (limpeza, restauro e pintura). 7.8. Aceitar as condições e os termos deste Edital. 7.9. Indicar o período preferencial para realização da exposição (critério final, é da galeria): -Segundo semestre de 2014 -Primeiro semestre de 2015 -Segundo semestre de 2015 

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
8.1. Serão aceitas propostas contemporâneas de artistas e/ou curadores brasileiros e/ou estrangeiros maiores de 18 anos, nos seguintes campos de atuação das artes visuais: Pintura, Escultura, Desenho, Gravura, Fotografia, Objeto, Instalação, Performance, Arte e Tecnologia, Mídias Interativas, Vídeo/Arte e outras. 8.2. Cada artista expositor terá direito a uma cota de folders impressos. 8.3. Ao realizar exposição individual o artista deverá doar uma obra de sua autoria, que será incorporada ao acervo de arte da UFG. 8.4. No caso de exposição coletiva, o coordenador da galeria juntamente com a curadoria da exposição, escolherão a(s) obra(s) a ser doada ao acervo da Galeria. 8.5. A Galeria da FAV/UFG não efetua e nem se responsabiliza por transações comerciais durante as exposições. 


Mais informações: 
Galeria da Faculdade de Artes Visuais 
Universidade Federal de Goiás - Goiânia - GO 
tel. (62) 3521-1445 
galeriadafav@fav.ufg.br 
contato@selmaparreira.com.br 
www.fav.ufg.br/galeriadafav 
www.agepel.go.gov.br 
Secretária | Rejane Ribeiro


domingo, 6 de abril de 2014

ENCONTRO COM SANTE SCALDAFERRI

Sante nos mostrando a mim e Leonel Mattos
a série digital Formigas que está produzindo.
Aos 86 anos o pintor, gravador, cenógrafo, tapeceiro e ator de vários filmes de Gláuber Rocha  está em plena atividade em sua casa no fim de linha de Itapuã. É o quase monge Sante Scaldaferri , que agora vem incursionado pela arte digital como se fosse um jovem artista de 20 anos. Vive em sua casa, que é um verdadeiro museu, rodeado de obras de muitos artistas amigos que já se foram e outros que ainda estão por aqui produzindo. Sante é um observador, um experimentador de técnicas, cores e temas, bastando dar uma olhada na sua vasta produção através desses anos repletos de criatividade e de experiência.
A voz agora é mais suave, pausada, como estivesse, junto com sua inseparável Marina,  habitando um desses conventos de paredes grossas e silencioso. Ali os dois se completam no dia a dia , nas tarefas caseiras. E, ele religiosamente vai cuidar da sua arte única, forte, instigante e provocativa.
Reynivaldo, Claudius, Sante e Leonel conversando
Sua produção tem uma forte e expressa fundamentação e inspiração na arte popular, especialmente nos ex-votos, manifestação religiosa, da qual ele é um colecionador meticuloso. Tem em sua casa museu mais de 600 ex-votos, inclusive vários de metal do nosso país e de outros países. Este quase monge colecionador e pintor de ex-votos nos delicia com sua prosa fácil e seu modo carinhoso de ser. 
Estive este fim de semana visitando Sante Scaldaferri em companhia do pintor e  também, seu compadre Leonel Mattos e sua esposa Isa Oliveira, responsável pelas fotos ora publicadas. Fomos abraçá-lo depois de um "incidente" digital. Mandei um e-mail para Leonel perguntando em tom de brincadeira : "Como anda nosso amigo velhinho Sante?". Leonel, na sua pressa impulsiva, retransmitiu o e-mail, para o quase monge . Sante, ao receber o e-mail me ligou e, saiu com aqueles impropérios próprios dos italianos e seus descendentes. Esqueceu seu lado monge e que estava no monastério. Assim , marcamos o encontro e, ao chegar, fui logo dizendo que  o velhinho parecia muito bem. Rimos muito os três e conversamos mais ainda,  principalmente, sobre arte. Quando lá estávamos chegou Claudius Portugal com sua família para uma visita rápida.
Eva em nova versão
contemporânea, de Sante.
Deixando o incidente digital de lado, vamos falar do que Sante anda fazendo em seu ofício. Ao abrir uma gaveta de um armário centenário ele mostrou um grosso livro, escrito a mão, onde estão meticulosamente anotados os dados de todos os trabalhos por ele produzidos desde o primeiro dia que passou a exercer seu ofício de artista. Ali está anotado o nome do trabalho, técnica, tamanho ,proprietário  e localização. Agora está transferindo esses dados para o computador. Portanto, ai está uma prova indiscutível do trabalho de um monge.
Está com um livro pronto de autoria de Maria Cristina Pipes Silva Ramos chamado Sante Scaldaferri - Aspectos da Vida e da Arte, com 328 páginas, à espera de um patrocinador ou mesmo de uma editora.Um levantamento muito interessante que irá enriquecer a bibliografia da arte produzida em nosso país, de tão fraca memória. Também, já ultimou o primeiro volume , com quase 500 páginas de uma obra que cobrirá toda sua produção. O segundo volume está em andamento. Nela reúne todos os textos publicados por críticos de arte e reportagens mais significativas além das fotos de seus trabalhos. Uma obra de folego, em dois volumes.
Enquanto isto , vive observando tudo que está ao seu redor. Conheci uma série que ele está produzindo , cujo título ainda provisório é Formigas, fruto de sua observação no quintal de sua casa do movimento de um formigueiro, que surgiu por lá. Fotografou o chão, transferiu para o computador, mandou imprimir e naquele suporte passou a desenhar meticulosamente as formigas no seu vai e vem, inclusive colocou algumas em outras situações inusitadas.Também está fazendo experiências digitais com seus ex-votos, os quais sabemos que lhe acompanham há décadas.
Sante é um exemplo para os jovens artistas que querem ganhar dinheiro e reconhecimento fácil. Ele é um trabalhador, observador, pesquisador incansável que construiu seu prestígio com muito trabalho,dedicação e estudo. Hoje é considerado um dos mais importantes e representativos artistas contemporâneos da sua geração.Sua produção é de  uma arte erudita calcada na raiz popular,onde  mostra toda a dramaticidade e a tragédia diária dos nordestinos que teimam em viver nos sertões esquecidos de nosso país.