segunda-feira, 14 de outubro de 2013

MESTRE DIDI DEIXA UM LEGADO


                                                                          foto Google
Criando trabalhos inspirados nos orixás e  na natureza o mestre Didi pautou sua vida até a  morte no último dia 5, dividido entre o candomblé e a produção artística . Morreu vítima de um câncer de próstata.
 Era um dos principais representantes da cultura afro na Bahia , respeitado sacerdote (Alapini), filho de sangue da ialorixá Maria Bibiana do Espírito Santo, a  Mãe Senhora ,uma das mães de santo mais importantes de história do candomblé da Bahia.
Observando os objetos produzidos pelo mestre Didi notamos que são únicos, originais e de uma força que nos transportam para seus ancestrais africanos. Suas obras estão espalhadas em coleções particulares e alguns importantes museus .Participou da mostra Magiciens de la Terre ( Mágicos da Terra) no Centro Pompidou, em Paris , em 1989. Também recebeu um prêmio especial na 23ª Bienal de São Paulo.
Trabalhou com entalhes em madeira; esculpiu  Exus em cimento e barro, e depois vieram os objetos com uso de bambu, cipós, palhas e contas. Tem obras no Museu de Arte Moderna da Bahia e uma escultura na Praia da Paciência, no Rio Vermelho.
Seu nome era Deoscóredes Maximiliano dos Santos, tinha 95 anos de idade , era Alapini, no culto dos Eguns, cujo terreiro fica na ilha de Itaparica. Ele criou um terreiro  na qualidade de Alapini, supremo sacerdote do cultos aos ancestrais, na década de 80. Chama-se Ilê Asipà, onde também  são cultuados os ancestrais. Seus ancestrais eram de origem nagô, e muitos vieram para a Bahia das regiões onde hoje estão a Nigéria e parte de Benin.
Era casado com a antropóloga argentina Juana Elbein,uma incentivadora de sua obra, deixou três filhas de sangue.

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