quarta-feira, 10 de julho de 2013

JORGE COSTA PINTO EXPÕE

JORNAL A TARDE, SALVADOR,  BAHIA 13 DE JULHO DE 1974


Marinha, trabalho de Jorge Costa Pinto

O Diretor do Museu do Estado, Professor Carlos Eduardo da Rocha convidou o pintor Jorge Costa Pinto para inaugurar a Galeria do Museu do Estado, que fica localizada na Pousada do Convento do Carmo.
Assim Jorge Costa Pinto é o primeiro a expor naquela galeria que está sendo apontada como uma das mais bem equipadas e certamente vai contribuir para aumentar o mercado da arte em Salvador. O convite foi formulado segundo explica Carlos Eduardo da Rocha movido pelo único critério que foi de ordem estética pois Jorge Costa Pinto é o pintor mais adequado para suportar distorções, os reflexos e as interferências do ambiente criado no Claustro Monumental dos Carmelitas.
Diz ainda Carlos Eduardo que a pesada linha de arquitetura colonial, a marca da arcaria envidraçada, a simetria de ordem dupla das janelas, o grande  espelho d’água e ainda o imenso pedaço do céu banhado de sol e iluminado de luar, dispersam muito as atenções do espectador mais atento. Para resistira a tanta força, só o equilíbrio equivalente, em construção sólida, em composições organizadas com as massas e volumes muito bem distribuídos como são os quadros de Jorge Costa Pinto.
Também a violência de suas cores puras, dos meus verdes e amarelos tão quentes, os azuis profundos e os vermelhos mais vibrantes, tenho certeza, vão agüentar a claridade do claustro, a brancura luminosa dos altos muros e as dispersões provocadas pelo movimento dos hóspedes, passantes, visitantes do Museu e o pessoal do serviço do grande hotel de luxo, que é a Pousada do Convento do Carmo.
Numa simples visita a exposição do pintor baiano você sentirá os efeitos provocados pelo contraste de sua pintura moderna e colorida com o casario colonial do convento.

FRED SCHAEPPI
 O pintor Fred Shaeppi realiza sua exposição na Galeria Panorama, na Barra. Iniciou sua carreira pintando marinhas e atualmente trabalha aquarelas onde surgem peixes belíssimos, que estão sendo mostrados aos baianos.

BIENAL E GRAVURA
 A mostra da Gravura Brasileira será constituída de duas partes: uma História e Didática, e outra, Atelier Vivo. Ela será programada e montada pela Comissão Nacional de Críticos de Arte da Bienal Nacional de 1974, a qual indicará os artistas que comporão a mesma. Ela terá um regulamento específico que será divulgado e serão distribuídos oito prêmios de 7 mil cruzeiros e mais três prêmios de 3 mil cruzeiros, ficando a distribuição dos mesmos a critério do Júri de Premiação.

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