terça-feira, 4 de dezembro de 2012

NOVAS DESCOBERTAS DE CIVILIZAÇÕES EXTINTAS - 13 DE AGOSTO DE 1984

JORNAL A TARDE SALVADOR, 13 DE AGOSTO DE 1984

NOVAS DESCOBERTAS DE CIVILIZAÇÕES EXTINTAS

Arqueóloga olha uma imensa parede com inscrições Maia
 encontrada por Stuart
Washington (UPI)- Uma tumba Maia não violada contendo um esqueleto de 1.500 anos foi descoberta, na Guatemala vai proporcionar preciosa informação sobre a civilização extinta, disseram os arqueólogos.
“É muito raro e fiquei tão excitado quando desci e vi isso que comecei a chorar”, disse George Stuart, arqueólogo da Sociedade Geográfica Nacional. “É importante não só pelo que é,mas pela informação que proporcionará sobre o período em que a civilização Maia se estava cristalizando”, explicou.
A tumba, situada perto do Rio Azul nas matas da região Nordeste da Guatemala, é a primeira descoberta arqueológica intacta e escavada adequadamente na área da América Central em 20 anos, afirmou a sociedade. Todas as outras foram alvo da ação de saqueadores.
Na tumba, foi encontrado um esqueleto, possivelmente de um membro de uma família dirigente, 15 vasos de cerâmica e colares de jade, objetos que valeriam dezenas de milhares se vendidos no mercado aberto.
O local da escravidão fica numa cidade Maia onde há moradores reais, prédios de administração, pirâmides-templo, outras tumbas e casas, campos e uma zona industrial extrema para a fabricação de implementos de pedra.
O anúncio da descoberta foi feito dois dias depois que a Guatemala e os Estados Unidos assinaram um acordo para impedir que artefatos guatemaltecos sejam importados pelos mercados norte-americanos, onde são vendidos a colecionadores privados, e para a recuperação de objetos roubados.
Numa entrevista coletiva em Washington, o ministro do Exterior guatemalteco Fernando Androte classificou o achado da tumba de “uma dramática descoberta de tremenda importância para a arqueologia Maia”.
O local foi descoberto acidentalmente por um geólogo da Sun Oil Co, em 1962. Os saqueadores depenaram as pirâmides e templos principais abrindo 125 covas, roubando os objetos de maior vendagem e jogando outros artefatos numa vasilha de lixo, tornando-os sem valor para a pesquisa.

A tumba, escavada numa profundidade de três metros numa ala de um templo-pirâmide, permaneceu intocada, fechada debaixo de pedra, e gesso calcinado.Os arqueólogos começaram a cavar na área no ano passado.
Stuart disse que a descoberta não se classifica entre as principais da Guatemala, ele a colocou em sétimo numa escala de 1 a10, mas contou ter sido uma experiência emocionante sua abertura.
Guatemaltecas nas ruas com traços da cultura Maia
A expedição da descoberta foi financiada pelo Centro de Investigações Arqueológicas da Universidade Geográfica Nacional.
A tumba data de 420 a 470 depois de Cristo, período sobre o qual pouco se sabe. A civilização Maia atingiu seu ponto culminante de 300 a 900 d.c., quando grandes cidades e centros cerimoniais foram construídos, e depois desapareceu no século 10 por razões desconhecidas.

AS MOEDAS MACHADO PERUANAS

As culturas indígenas Pré-colombianas que floresceram entre os anos 800 e1.100 da era cristã no litoral norte do Peru fabricavam moedas em forma de machado que talvez utilizassem em suas transações comerciais, disse a imprensa o chefe de uma equipe de arqueólogos peruanos, Carlos Elera Arévalo.
De tamanhos diversos e fabricados com cobre, as moedas foram descobertas pelos arqueólogos que faziam escavações em templos indígenas construídos de adobe que eram ao mesmo tempo locais de adoração e de sepultamento.
Os templos fazem parte de Batan Grande, importante centro arqueológico situado no Departamento de Lambayeque, 500 quilômetros ao norte de Lima. Dali já foram extraídos no passado valiosas peças de ouro como máscaras e Tumis, facas cerimoniais dos antigos índios peruanos.
Segundo Elera Arévalo, a descoberta confirma  a teoria de que as sociedades pré-colombianas utilizavam moedas em suas transações. Já o arqueólogo Federico Kauffmann Doig, autor de numerosas obras sobre a História Antiga do Peru, comentou que o achado é “muito interessante”, assinalando: Já tínhamos na região do Equador as primeiras referências sobre as chamadas moedas-machado. A descoberta é importante porque se acreditava que havia apenas operados de troca no antigo Peru”.
Falando aos jornalistas, Kauf Mann Doig declarou:, “hoje podemos afirmar que também os antigos peruanos utilizavam um tipo de moeda para suas transações comerciais”.
Na região da descoberta floresceram, entre outras a cultura Chimu, considerada pelos estudiosos uma das que atingiram elevado nível tecnológico, especialmente em metalúrgica.

     CASA DE JUSCELINO VAI SER RESTAURADA
Em  2012 está assim a Casa de Juscelino

A casa onde viveu Juscelino Kubitscheck em Diamantina, uma típica construção da segunda metade do século XIX, modesta, de tijolo e pau-a-pique com um pavimento e porão, será inteiramente restaurada, e constituirão o principal item do acervo da Sociedade Civil Casa de Juscelino, entidade criada com o objetivo de preservar e divulgar a memória do ex-presidente.
Convênio nesse sentido foi firmado entre a Flat Automóveis e a Casa do Juscelino pelo qual a empresa mineira proporcionará suporte financeiro ao trabalho de restauração, cujos levantamentos preliminares já estão concluídos. Além disso, segundo anunciou o presidente da Fiat Automóveis, Amaro Lanari Júnior, a empresa contribuirá também para a manutanção do memorial JK, em Brasília.
O convênio foi assinado, por seu presidente e pelo diretor-superintendente, Silvano Valentino. Pela Casa de Juscelino, assinaram o presidente, Serafim Melo jardim durante a solenidade, a visita que o ex-presidente fez as obras de construção da Fábrica, em Betim.
Naquela ocasião, Juscelino se referiu ao fato de a empresa significar, para o estado, um marco decisivo em seu processo de industrialização, objetivo que o ex-presidente sempre perseguira.
Segundo os diretores da Casa de Juscelino, a restauração do prédio onde o ex-presidente viveu boa parte de sua vida, é etapa essencial a realização dos propósitos da entidade, que consistem na preservação de objetos e escritos que lembrem sua vida, sua obra e seu ideais.   Além disso, a “casa de Juscelino” deverá realizar, periodicamente, certames que estimulem estudos sobre Juscelino.
O projeto de restauração da casa a descreve como “construção modesta, típica da arquitetura residencial mineira do final do século XIX feita de pau-a-pique e tijolo. Aproveitando a inclinação da ladeira, conta com porão, sob o piso de tábua corrida”.
O trabalho a ser realizado para a recuperação do prédio é bastante extenso: parte do piso original foi substituído por ladrilhos; o forre está em más condições, há diversas infiltrações pelas paredes e pelo telhado, e o madeirame está mau conservado, atacado por água e insetos. O prazo estimado para a restauração da casa, entre projeto e execução, é de quatro meses.

PAINÉIS SOBRE OS DIREITOS HUMANOS

Desde quinta-feira que o Museu de Arte da Bahia e o Centro de informações das Nações Unidas estão apresentando a exposição Direitos humanos, do artista plástico Otávio Roth. São 30 painéis, nos quais os artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que este ano completa 36 anos, estão transformados em “imagens gráficas”, conforme explica o artista em sua apresentação dos trabalhos.
O objetivo é levar a um número cada vez maior de pessoas o conhecimento da declaração, de uma “forma agradável e atraente”, disse Manoel de Almeida, assessor do centro de informações. “A idéia de ilustrar cada artigo da declaração evidencia a habilidade imaginativa aliada á beleza das próprias pinturas”, escreveu o secretário geral da ONU, Javier de Cuellar. Os trabalhos ficam expostos até o próximo dia 26 e o horário para visitação no MAB é das 14 às 18 horas.


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