segunda-feira, 13 de agosto de 2012

VISUAIS - OBRAS RESTAURADAS - 21 DE AGOSTO DE - 2001


 JORNAL A TARDE SALVADOR, 21 AGOSTO DE 2001

                          OBRAS RESTAURADAS

 Uma boa notícia. O museólogo Helder Luiz Bello de Mello, que dirige o Parque Histórico Castro Alves, em Cabaceiras do Paraguaçu, garante que todas as obras de arte doadas por artistas baianos estão em perfeito estado de conservação. “Como estamos realizando uma exposição temporária e o único espaço que dispomos no parque é o auditório, tivemos que guardar algumas obras do nosso acervo. Logo depois, elas retornarão aos seus devidos lugares”, disse. Ele adiantou que as obras foram restauradas  em 1999, com recursos oriundos de um convênio assinado entre a Fundação Cultural do Estado da Bahia.
“As telas estão guardadas em nossa reserva técnica, em condições de serem expostas”, finalizou.

                                    ESCULTURAS DE JOSILTON TONN

Há vários anos, Josilton vem trabalhando seu caminho com pedra e muita paciência. Foi morar em Alagoinhas, onde nasceu, e lá montou ateliê. Só vinha aqui esporadicamente, para realizar exposições. Agora, sua mostra é de esculturas feitas com calcita, minério resistente, que exige muito trabalho para ser polido. Tem uma cor esbranquiçada, meio translúcida.
Bonito, com rajadas cremes e amareladas. A mostra está montada no foyer do Cine-Teatro da Casa do Comércio até o dia 30 próximo. Algumas esculturas são vazadas, outras, com pequenas intervenções, valorizando a estética e estrias do material. Josilton tem muitas obras concluídas e, agora, na apresentação desta exposição, o escultor Mário Cravo Jr. Fala da residência-ateliê, localizada em Pernambués. Não conheço este novo local de moradia e trabalho, mas Mário diz que está cheio de obras de várias fases feitas com materiais diversos. Isto é uma demonstração de que Josilton está exercitando a criatividade.
Na reprodução uma escultura de Josilton Tonn feita em calcita.

                                             HÉLIO OITICICA
 Com a proposta de mostrar a produção artística universitária que não consegue espaços nos meios tradicionais de difusão cultural, foi realizada, no início do ano, no Rio de Janeiro, a mostra Hélio Oiticica de Artes Visuais, evento integrante da 2ª Bienal de cultura da UNE. Os 40 artistas selecionados estarão presentes com as obras na exposição 235 264, na Galeria Acbeu, de 23 deste mês a 11 de setembro. São eles: Diana Vaz, Giovana Agostini, Manoel Gomes, Márcio Garcez, Mitsuyana Matsuno e Wilton Vinícius. Durante a Bienal, estudantes universitários de 12 estados do País puderam mostrar as obras e, principalmente, comprovar que a universidade brasileira, a despeito das dificuldades crescentes que vem enfrentando, continua sendo palco e laboratório de idéias e criatividade. “A qualidade dos trabalhos e a diversidade de linguagens nos mostram como, nacionalmente, a produção universitária precisa de mais espaço para se manifestar”, diz Wadson Ribeiro, presidente da UNE.

                                                  MAGNÉTICOS
 A partir da experimentação de técnicas diferenciadas, as artistas plásticas Andréa May e Beatriz Franco vêm descobrindo novas possibilidades estéticas para seus trabalhos. È o que mostram na exposição Magnéticos e Mestiçagem, em cartaz no Teatro XVIII, na Galeria Moacir Franco. Explorando a mistura de linguagens tão características de arte contemporânea, elas conseguem um resultado de força e maturidade surpreendentes. A mostra pode ser vista até 31dia próximo.

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