JORNAL A TARDE SALVADOR,
TERÇA-FEIRA, 07 DE MAIO DE 2002
Mais uma vez, César Romero surge
no cenário das artes plásticas com uma exposição no Centro Universitário de
Cultura e Arte, exatamente na Galeria Carlo Barbosa, em Feira de Santana. A
mostra acontecerá no próximo dia 16, às 20 horas, ocasião em que lançará o
César Romero – a Escritura do Brasil, de autoria do crítico Jacob Klintowitz. O
artista é feirense de nascimento, psiquiatra e filho de Oxum. Recentemente,
ganhou o prêmio Mário Pedrosa. Na realidade, César é um batalhador, um artista
que cuida da imagem, que trabalha sério e vai conquistando os espaços, não apenas
na Bahia, mas também no Sul do País. César tem a capacidade de captar detalhes.
Na Série Platibandas, ele se debruça sobre as platibandas dos antigos casarões
e recolhe detalhes das formas que, em suas obras, ganham mais plasticidade e
cores diversas. Produz uma arte emblemática, que teve como mestre, em nosso País , o baiano
Rubem Valentim, já falecido, que trabalhou durante grande parte da existência
com toda uma simbologia inspirada na arte africana. Nas armas e também nos
instrumentos das manifestações.
Na foto obra da série Platibandas Emblemáticas, de César Romero.
Na foto obra da série Platibandas Emblemáticas, de César Romero.
LEILÃO NA MCR
O galerista Marcos Couri está
convidando para o seu primeiro leilão deste ano, a ser realizado no dia 13, no
Salão Ondina, do Hotel Blue Tree Towers (ex-Ceasars Towers), em Ondina. Ele apresenta
várias obras importantes de Carlos Scliar, Réscala, Carybé, Raimundo de
Oliveira, Iberê Camargo, Floriano Teixeira, Jenner Augusto, Di Cavalcanti,
Jaime Hora, Sigaud, Inímá de Paula, dentre outros.
Como acontece com a maioria dos
leilões realizados em Salvador, estão também relacionados obras de menor importância,
que num critério mais seletivo seriam colocadas de fora.Basta um exame atento
ao catálogo para consta o que afirmo.
Foto da obra Caçadores de Passarinhos, de Floriano Teixeira, é capa do catálogo do leilão da Galeria MCR.
GUSTAVO MORENO
O artista Gustavo Moreno realiza
a segunda exposição individual. A primeira aconteceu em agosto de 2000, no
Museu de Arte Moderna da Bahia.
Agora, ele expõe na Mosaico
Galeria de Arte, quando mostra o rumo assumido pelo seu trabalho e deixa clara
a coerência com as conclusões anteriores. Após retratar personalidades de forma
pessoal, utilizando recursos da nova figuração, Gustavo deixa de preocupar-se
com a identificação imediata da imagem e recorta as figuras em partes,
tirando-lhes a identidade para deixar transparecer apenas o sentimento. O que
aparece são partes de um rosto. A busca do artista torna-se mais subjetiva e requer
uma reflexão mais profunda do espectador.
Na foto reprodução da obra de autoria de Gustavo Moreno.
Na foto reprodução da obra de autoria de Gustavo Moreno.
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