JORNAL A TARDE, TERÇA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2000.
ANGOLANO MOSTRA 23 OBRAS
O artista plástico angolano Antônio Ole apresenta 23 dos
seus mais recentes trabalhos, na Casa de Angola na Bahia, até o dia 24 deste
mês, nos quais mostra uma grande versatilidade, marca em seus mais de 30 anos
de carreira. A exposição é a primeira realizada por ele na Bahia e reúne
pinturas sobre tela e aquarelas sobre papel que em boa parte, mostram as raízes
de sua terra natal. O rupestre e máscaras estilizadas são presença marcante em
parte de suas obras. Natural de Luanda, capital angolana, Ole diz não ter “limites
nem balizas” em sua criação. Porém, boa parte de seus trabalhos tem suporte
acadêmico. Interessa-se profundamente por pigmentos naturais, bastante usados
pelos antigos. A ritualidade africana é presença constante em suas obras,
largamente inspiradas, tanto pela abstração como pela figuração. Dentro da
programação, será exibido o filme O Ritmo do N’gola Ritmos (com data a ser
definida), realizado por ele em 1978. ( Bernardo Menezes).
CARTÕES TELEFÔNICOS
Quadros da pintora Luiza Costa ilustram cartões telefônicos
da Telemar, numa iniciativa voltada a marcar a passagem do Dia Internacional da
Mulher (8 de março). A artista é professora de pintura da oficina de Arte Waldo
Robatto. Seus trabalhos já foram apresentados em exposições individuais na Câmara
Federal, em Brasília; Museu de Arte Moderna e sede do Tribunal Regional do
Trabalho, em Salvador, além de ter participado de exposições coletivas em
vários estados.
Há cinco anos que Jorge Pimentel, conhecido por Kirimyré,
vem focando seu olhar para a ilha de Itaparica, seus costumes, a flora e a
fauna. Não sei por que ele adotou este nome Kirimyré, pois o conhecia , há
algumas décadas por Jorge. Agora, o cidadão está envidando esforços para lançar
um livro com o título Kirimyré, a Magia do Mar, com contos e histórias que vem
recolhendo dos pescadores. Kirimyré é uma espécie de Bispo Rosário daqui. Ele
pinta peixes com muitos detalhes, com canetas esferográficas ou hidrocor, e
utiliza qualquer tipo de papel e seus contos têm ilustrações especiais. Isso,
podemos verificar não apenas nas cores e formas, mas também na construção das
frases de seus textos. Não é preciso a gente exigir dele um conto com começo,
meio e fim e até lógica nas frases construídas. As idéias surgem, borbulhando,
e Kirimyré vai colocando no papel. O importante é que ele deixa transparecer,
com sensibilidade, uma atmosfera poética diferente.
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