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Aurelino andando no Largo Dois de Julho, na Praça Castro Alves e no Alto de Ondina.
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Muito já se
escreveu sobre Aurelino dos Santos atualmente perto de completar 81 anos de idade. Ele nasceu no dia 16 de junho de 1942, é filho de Antônio Roberto dos Santos e Elisa dos Santos. Mora em Salvador no mesmo local há muitos anos.O conhecia de suas andanças de
galeria em galeria, nas casas comercias e nos bares tentando vender suas obras a
preço baixos para sobreviver. É um pintor que faz muitas caminhadas aleatórias e com distâncias consideráveis. Respondeu quando perguntei porque não tomava um ônibus ou táxi é "gosto de ver a Cidade". Daí ele tira suas "ideias" para criar obras geometrizadas e coloridas. Morador do Alto de Ondina, uma favela incrustada
entre o Jardim Zoológico e outras construções de classes alta e média do bairro de
Ondina , agora vem sendo requisitado como um artista cujas obras estão se
valorizando no mercado nacional. Muitos dizem que Aurelino é um pintor
primitivo, mas prefiro dizer que é um pintor que elabora suas obras em formas
geométricas e segundo ele é uma representação de situações e locais, ou seja,
são figurações simplificadas da Cidade. Esta geometrização, as cores fortes, e
a composição é que criam uma atmosfera positiva e dão importância a sua
obra. Vivia num barraco sem reboco em companhia de uma sobrinha de nome Sara viciada em álcool e tabagista a qual decidiu ir embora. Agora ele está com o seu pequeno imóvel quase totalmente reformado com piso de cerâmica, com nova cobertura do telhado, forrado e as paredes rebocadas e pintadas.
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Aurelino em seu ateliê ao lado de uma obra |
Tem
limitações de construir um diálogo, de verbalizar sua arte e de escrever.
Sempre gostou de caminhar pelas ruas da Cidade e muitas vezes podemos
encontrá-lo conversando sozinho animadamente, e se achar algum objeto que possa servir para utilizar em sua arte costuma levar para sua casa. Lembro que um certo dia estava na Galeria O Cavalete, da saudosa Jacy Britto, quando o Aurelino apareceu com dois quadros nas mãos. As obras foram examinadas e adquiridas, e ele seguiu seu caminho. Foi aí que tomei conhecimento deste artista que evoluiu com o tempo . Me disseram naquela ocasião que era ajudante de pedreiro e que usava tintas de construção para pintar os seus quadros.
Atualmente trabalha no seu
ateliê, num ambiente simples, com uma pequena mesa e uma prancheta onde coloca
a tela em branco e vai desenhando as figuras geométricas, com o auxílio de uma régua com cerca de um metro de comprimento. No ateliê encontrei
pequenas peças de plástico e até mesmo pedaços de brinquedos quebrados que ele
recolheu nas ruas por onde passou e disse que serão utilizados em colagens que
pretende fazer. A propósito comprou uma cola especial para fazer essas obras,
quando fomos a uma casa especializada em materiais para arte, que fica no Largo
Dois de Julho, onde também Aurelino comprou vários pincéis, a maioria pequenos.
Suas obras formadas de triângulos, círculos e retângulos parecem traduzir seu comportamento
como que gira dentro destes espaços impedindo de ter uma visão real do mundo
que lhes cerca. Uma desorganização de sua mente não lhe permite este mundo real o
que leva a ter crises que precisam ser controladas . Mas,
quase sempre está neste mundo de poucas palavras, de algumas frases desconexas
e mostra uma fragilidade física no seu corpo magro e de 1,60 mais ou menos de
altura, pesando cerca de 60 quilos. Basta dizer que suas roupas são compradas
no tamanho pp.
O
ARTISTA
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Aurelino mostrando como faz os seus desenhos geométricos da obra. |
Ao olhar
uma tela riscada pelo Aurelino dos Santos você imagina que é uma obra de um arquiteto com sólidas informações de geometria. Numa tela de pouco mais de um metro quadrado
são dezenas de triângulos, retângulos, cubos e linhas paralelas que ele vai
juntando até ficar uma construção geométrica instigante. Depois com os pincéis vai pintando calmamente cada um desses elementos com tintas a óleo cruas as
quais dissolve em pequenos recipientes de alumínio, desses que são
utilizados para fazer bolinhos e empadas. Dissolve as tintas com gasolina e
utiliza de uma régua para traçar seus elementos geométricos e para pintar e não
invadir outro elemento.
Disse que
já pintou figuras e fez até tapetes, mas que hoje só pinta em formas geométricas
que em sua mente representam a figuração da Cidade. Enxerga nas imagens de sua fantasia pictórica viadutos que se entrecruzam, viadutos ao lado de varandas, são paisagens urbanas
que Aurelino dos Santos traduz com este geometrismo que nos permite visões diferentes ao
serem observadas de frente ou mesmo do alto. Umas obras lembram plantas baixas feitas por um arquiteto, só que possuem muitos mais elementos geométricos e são bem coloridas. É um trabalho de qualidade digno
de figurar em qualquer colecionador de arte moderna ou contemporânea. Suas
obras já foram expostas em São Paulo, Paris, Madri e Valência. As principais
exposições foram em 2011, no Museu Afro do Brasil, em Salvador, intitulada
Aurelino - A Transfiguração do Real. Também na exposição Teimosia da Imaginação: 10 artistas Brasileiros, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo;
no Museu Janete Costa de Arte Popular e no Young Art de Art Madrid.
. TRABALHOU
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Aurelino na Ponta de Humaitá, antes de conhecer o Ernesto e detalhe de mais uma obra de elementos geométricos. |
Foi
cobrador de ônibus na empresa Jordão que fazia a linha Ondina, Rio Vermelho.
Quando lhe perguntei se lembrava de alguma confusão nos ônibus onde trabalhou
por causa de troco ou outro motivo qualquer pronunciou a expressão que sempre
usa para responder quando está concordando. Dá um sonoro Ohhhhhhhh!... Esta sua
atividade na juventude viajando para lá e para cá pela orla marítima da Cidade
deve ter marcado sua mente e talvez por isto goste de andar e andar. Um impulso
interno o estimula, e o Aurelino sai por aí percorrendo distâncias
consideráveis. Por exemplo, ele vai de Ondina para a Praça da Sé ou para o
Pelourinho. A volta geralmente toma um "buzu", como disse na sua
restrita linguagem. Diz que iniciou sua carreira artística após contato com o escultor
Agnaldo Santos (1926-1962) que trabalhava no ateliê de Mário Cravo Junior. Ali
chegou a fazer algumas pequenas esculturas, mas tem poucas lembranças. Na
realidade ficou alguns meses e saiu "saí para pintar meus quadros", isto
por volta de 1963. A arquiteta paulista Lina Bo Bardi, quando esteve em
Salvador elaborando o projeto do Museu de Arte da Bahia, no Solar do Unhão viu
a obra de Aurelino e gostou e o incentivou a ir para São Paulo.
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Aurelino na favela onde mora,objetos que recolhe aleatoriamente na ruas e um detalhe de uma obra. |
VAI RISCANDO
Indagado como idealiza suas obras responde simplesmente "Vou riscando".
As paisagens construídas por ele podem ser apreciadas de frente ou do alto e
alguns acham que têm referências barroca, do concretismo e arte do
neoconcretismo. Para mim são paisagens geometrizadasn que saem de sua mente e
são construídas quase aleatoriamente como ele mesmo diz "eu vou riscando
", e depois saca de suas tintas fortes e as constrói com grande habilidade
uma obra colorida que agrada ao mais exigente amante da arte é difícil ser classificada. Ele desenha utilizando uma régua de cerca de um metro e vai preenchendo os espaços em branco na tela com seus elementos geométricos quase que aleatoriamente. No final fica uma composição forte, harmônica , sem catalogação.
Como não
tinha dinheiro para suas tintas disse que Mário Cravo comprou um quadro e o
Aguinaldo Silva também e quando precisava de comprar tintas o Mário Cravo
sempre arranjava um dinheiro para que ele continuasse pintando. Organizaram uma
exposição de suas obras no foyer do Teatro Castro Alves que funcionava como
local do Museu de Arte Moderna da Bahia, até ser transferido para o Solar do
Unhão, onde permanece até hoje. Para esta exposição contou com a ajuda da
grande pintora baiana Yedamaria, já falecida. Também expôs na Galeria Querino,
que pertencia ao tapeceiro e marchand Renot. A galeria funcionava no final da
Rua Carlos Gomes, num daqueles edifícios que tem a frente para a Avenida Sete
de Setembro e os fundos para a Rua Carlos Gomes.
MUITO
MELHOR
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Aurelino, Ernesto Bitencourt e Reynivaldo no restaurante onde almoçamos e tomamos umas cervejinhas .Gosta de uma boa cerveja e fuma uma carteira de cigarros por dia. |
Com o
reconhecimento do valor artístico de suas obras alguns galeristas e marchands passaram a comprar e
guardar porque existe uma tendência de alcançar uma valorização cada vez maior no mercado
de arte nacional. É uma aposta que pode ou não se concretizar. São as regras
deste mercado cheio de subjetividade que regulam os preços, além da lei da oferta
e procura. Atualmente ele encontrou um marchand o Ernesto Bitencourt que enxergou o
potencial criativo de Aurelino e decidiu investir no artista, e paralelamente
lhe deu dignidade. Disse
Ernesto que o Aurelino, ou Lelo, como ele o trata, vivia realmente numa situação muito
precária. Sua moradia de apenas um quarto era um barraco fétido. Ele
mandou rebocar e pintar a casa, mudou o telhado, forrou e comprou cama,
televisão e outros utensílios domésticos, e assim Aurelino passou a ter uma
vida simples, mas decente. Também, comprou roupas pessoais e mesmo de cama, tênis,
para que ele possa viver a sua vida com dignidade. Contratou um restaurante próximo onde Aurelino mora que lhe fornece as três refeições. Enfim, quando
perguntei ao Aurelino se sua vida agora estava melhor ele saiu com um sonoro
Ohhhhhhh!.... e em seguida completou "muito melhor. Não me preocupo em
sair por aí tentando vender um quadro para comprar comida". O Ernesto Bitencourt passou a pagar o dobro do valor que normalmente ele comercializava seus quadros
pelas ruas da Cidade. Enfim, não está faltando nada a Aurelino, em seu mundo de
simplicidade. A sua relação com dinheiro é muito limitada, não tem ambições e
talvez nem saiba direito valorizar a sua obra e importância. Sabe apenas que as
pessoas que chegam perto dele gostam do que faz. O Aurelino não tem um dente sequer em sua boca. Já houveram tentativas de colocar uma dentadura, mas ele tem resistido. No encontro que tivemos falamos sobre o assunto e notei que já aceita a proposta de ir ao dentista para a realização deste protocolo. Acredito que melhore sua autoestima e passe a mastigar melhor os alimentos.
JUVENTUDE
DIFÍCIL
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Veja o belo colorido desta obra . |
É difícil saber
muitos detalhes da vida de Aurelino. Durante o almoço que tivemos no restaurante popular Líder, no Largo Dois de Julho, em Salvador, ele ficou mais à vontade e entre um
gole de cerveja e outro foi falando de sua vida. Disse que foi internado na
Escola de Menores, em Pitangueiras de Brotas, e que depois foi transferido para a Escola de Menores, no subúrbio de Paripe, em Salvador, e revelou que foi de trem. Disse que permaneceu cerca de um ano e meio em cada local. Falou que quando criança frequentava muito
a praia onde jogava bola, nadava e na rua brincava de bola de gude, empinava arraia
nas imediações onde reside até hoje . Também lembrou que várias vezes furou os pés com os
espinhos das pinaúnas, nas pedras na praia de Ondina.. Não gostava de pescar. “nunca pesquei, porque não entrou
na ideia". Falou que gosta de comer buchada e outras comidas pesadas ,mas que detesta mocotó. Este
foi um momento descontraído onde ele sacou esta conversa que não gosta do tal
do mocotó. Estudou numa escola pública que funcionava perto do local onde mora.
"Foi na mais antiga!" Não lembra o nome.
Aí vão
surgindo algumas lembranças esparsas e de repente me pergunta de chofre: "Conheceu
Odorico Tavares? "Respondi que pessoalmente não, e retruca "eu vendi
quadros a ele". Odorico Tavares era um jornalista, superintendente do
grupo Diários Associados, que mantinha os jornais Diário de Notícias, Estado da
Bahia, Rádio Sociedade da Bahia e Tv Itapoã pertencente ao icônico Assis
Chateubriand. Odorico também era um colecionador e incentivador da arte na
Bahia.
Também
lembrou que o tapeceiro “Genaro de Carvalho tinha um Aero Willys, de cor azul,
chamado de "Tufão" que era muito bonito.” Nunca esteve com o
tapeceiro, mas adiantou que de longe observava e o admirava. Frequentava os bares da
época, inclusive lembra ter encontrado com o pintor feirense Raimundo Oliveira,
também falecido há muitos anos, num dos botecos do Largo Dois de Julho onde ele
frequentava para tomar suas bebidas preferidas. Ainda falou de seu time.
Disse ser “torcedor do Vitória e que em São Paulo torce pela Ponte Preta.”
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Aurelino dos Santos concentrado escolhe alguns pincéis. |
Em suas
caminhadas costuma ir para o Centro da Cidade cortar o cabelo e a barba com um
barbeiro que tem sua barbearia defronte do velho prédio onde funcionou o Cine
Liceu, na Rua Saldanha da Gama. O barbeiro chama-se Luís Santos e que a barbearia Passos Saldanha cobra R$30,00. Dizem que mesmo quando não tinha dinheiro para pagar
o Luís nunca deixou de cortar o seu cabelo e fazer a barba quando precisava.
Uma gratidão que fez questão de confirmar. Quando indaguei porque se hoje tem dinheiro e pode pegar um ônibus ou até mesmo um táxi para ir para onde
desejar ou precisar ele anda a pé enfrentando o sol forte? A resposta foi dada
com a mesma simplicidade em que vive: "É porque andando eu faço exercício
e vejo a Cidade".
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Aurelino e Washington Sales que o encontrou andando na Praça Castro Alves no dia 10-4-2023. |
Disse que
tem um irmão que mora no Nordeste de Amaralina, em Salvador, mas não declinou o
seu nome. E em seguida que esteve em São Paulo e a Lina Bo Bardi o instalou no
anexo do Masp, onde ficou hospedado por uns dois meses. Lá conheceu talvez o
amor da sua vida chamada de América, ninguém sabe se realmente houve ou não este
romance. Mas, ele confidenciou que em seguida foi para o Rio de Janeiro de
ônibus em companhia da América e lá ficou num hotel chamado de Minas Holtel na Praça Tiradentes perto
do Teatro de Bibi Ferreira. Lembrou do Campo de Santana, e que pagou C$16,00 na
passagem de ônibus doe São Paulo até o Rio de Janeiro e que pagava C$ 2,50
pela diária do hotel. A América era um tipo meio hyppie e da mesma forma que se aproximou de Aurelino também desapareceu.
Na
exposição realizada no Museu Afro Brasil, em São Paulo, o diretor Emanoel
Araújo, já falecido, que também foi o curador em março de 2012 editou um
catálogo de 40cm x 28cm com reproduções de várias obras de Aurelino e
com alguns textos enfocando a obra, mas dando ênfase a sua loucura. Prefiri aqui enfocar
o lado humano, o colorido de sua arte, a genialidade de suas composições, e sua capacidade de
resistir durante todas as décadas que permaneceu à margem do mercado de arte,
que teve momentos de florescimento na Bahia. Aurelino era um espectador de longe deste movimento,
inclusive frequentava as galerias em dias e horários de pouco movimento, e ao
pintar algumas telas era obrigado a sair do seu barraco para
procurar possíveis compradores. O seu comportamento fora do normal para muitos
é loucura mesmo. Aliás, se formos por este caminho encontraremos muitos
aurelinos mais ou menos afetados no ambiente artístico, cada um com suas manias
e reações até esquisitas. Vamos celebrar a qualidade de sua obra!
EXPOSIÇÕES
Individuais:
Em 2022: Às Margens Urbanas, Galeria Simões de Assis, São Paulo,
SP, Brasil; 2020: Aurelino dos Santos: Construção Obsessiva,
Museu Nacional da República, Brasília, Brasil; 2019: A Letra é
que faz o mundo, Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, BA, Brasil
2013:Pinturas, Galeria Estação, São Paulo, SP, Brasil
2011: Transfiguração do Real, Museu Afro-Brasil, São Paulo, SP, Brasil.
Coletivas: 2024: Entre
Linhas, Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, São Paulo, SP, Brasil; 2023: Reversos
& Transversos : artistas fora do
eixo (e amigos) nas bienais, Galeria Estação, São Paulo, SP, Brasil; 2021:
A Máquina Lírica, Galeria Luísa Strina, São Paulo, SP, Brasil; 2020:
Orixás, Museu Nacional da República, Brasília, Brasil
Luso Afro Brasil – Encontros: Arte,
História e Memória, Museu Afro Brasil, SãoPaulo , SP; Brasil ;2019:
Southern Geometries, from Mexico to Patagonia, Fondation Cartier pour l’Art
Contemporain, Paris, França; 2016: A mão do povo brasileiro
1969/2016, MASP, São Paulo, Brasil ; 2012: 4 Artistas
Espontâneos, Museu Afro-Brasil, São Paulo, SP, Brasil ; 2012 - 2013:
Janete Costa “Um Olhar”, Museu Janete Costa de Arte Popular, Niterói, RJ,
Brasil; Teimosia da Imaginação: dez artistas brasileiros, Instituto Tomie
Ohtake, São Paulo, SP, Brasil; Teimosia da Imaginação: dez artistas
brasileiros, Centro Cultural Paço Imperial, Rio de Janeiro, RJ, Brasil ;
Histoires de Voir: Show and Tell, Fondation Cartier pour l’Art Contemporain,
Paris, França; 2011: SP-Arte, Pavilhão da Bienal, São Paulo, SP, Brasil ; 2010:
SP-Arte, Pavilhão da Bienal, São Paulo, SP, Brasil
2009: Feira Art Madrid, Pabellón de Cristal, Madrid, Espanha
2007: Encontro entre dois mares: Bienal São Paulo-Valencia,
Convento del Carmo, Valencia, Espanha ; 2006: Viva Cultura Viva
do Povo Brasileiro, Museu Afro-Brasil, São Paulo, SP, Brasil
2002: Pop Brasil: a arte popular e o popular na arte, Centro
Cultural Banco do Brasil, São Paulo, SP, Brasil ; 500 Mostra do Redescobrimento, Pavilhão da
Bienal, São Paulo, SP, Brasil; 1995: Os da
Noite: fragmentos do imaginário negro, Centro de Cultura de Belo Horizonte,
Belo Horizonte, MG, Brasil ; 1994: Arte e Religiosidade
Afro-Brasileira, Frankfurter Kunstverein, Frankfurt, Alemanha ; 1994: Os
Herdeiros da Noite: fragmentos do imaginário negro, Pinacoteca do Estado de São
Paulo, São Paulo, SP, Brasil
ColeçõesPúblicas:
1. Instituto Inhotim, Brumadinho, MG, Brasil ;2. Museu AfroBrasil, São Paulo,
SP, Brasil; 3. MAM Rio de Janeiro, RJ, Brasil
4.Fundação Cartier, Paris, França
Publicações Selecionadas:
1. 2019: Géometries Sud, Fondation Cartier, Paris, França
2. 2018: Arte Popular Brasileira: Olhares Contemporâneos, WMF Martins Fontes,
São Paulo, Brasil
3. 2016: A mão do povo brasileiro, MASP, São Paulo, SP, Brasil
4. 2013: Aurelino | Pinturas, Galeria Estação, São Paulo, SP, Brasil
5. 2006: Viva Cultura Viva do Povo Brasileiro, Museu Afro-Brasil, São Paulo,
SP, Brasil.