quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

VANDALIZARAM AS OBRAS DO CAMINHO DA FÉ DE IRMÃ DULCE

Obras vandalizadas de Chico Mazzoni, Paulo Rufino Mattos e Murilo
além do pórtico de fixação de uma das obras .Vemos a de Leonel
Mattos , ainda intacta nesta foto feita antes do vandalismo.
Com a santificação de irmã Dulce e a criação do seu santuário no Largo de Roma aumentou a devoção pela Santa dos Pobres e as fundações Gregório de Mattos e a Mário Leal Ferreira patrocinaram a criação do chamado Caminho da Fé - Santa Dulce dos Pobres e Senhor do Bonfim. Vinte e oito obras foram executadas por 14 artistas baianos,a convite  do professor Juarez Paraíso,  autor do projeto. Para tristeza dos devotos de Irmã Dulce, do Senhor do Bonfim , dos artistas e dos baianos de modo geral hoje soubemos que várias dessas obras foram vandalizadas através de um instrumento cortante . Informa Juarez que realizou 14 obras sobre Irmã Dulce e decidiu depois convidar 14 artistas para fazer as obras dos pórticos a serem fixados na Avenida Dendezeiros com a temática do Senhor do Bonfim. Ele fez as efígies dos dois Santos - Senhor do Bonfim e Irmã Dulce - para constar nos 28 totens , e as obras dos artistas aplicou como apropriação artística , com cessão de uso. As obras foram executadas pelos artistas Juraci Dórea, Márcia Magno , Ray Viana, Sonia Rangel, Murilo, Guache Marques, Edsoleda Santos,Leonel Mattos, Paulo Rufino Mattos, Fernando Freitas Pinto, J. Cunha, Bel Borba , Chico Mazzoni e Wasghinton Falcão. Inicialmente Juarez tinha sido convidado para fazer umas obras no local do antigo galinheiro onde Irmã Dulce começou sua saga de pegar pessoas abandonadas nas ruas e trazê-las para tratá-las como seres humanos que eram. As 28 obras  segundo  Juarez Paraíso  dos  14 artistas foram executadas como desenhos e gravados em chapas de aço , à semelhança da gravura em metal, da água forte. 

Essas obras foram fixadas em 28 totens de madeira de autoria do arquiteto Adriano Mascarenhas. Decorridos 15 dias de inaugurado o projeto os trabalhos começaram a ser vandalizados , e ontem, Juarez Paraíso recebeu a notícia triste que várias dessas obras foram riscadas com um objeto cortante. Ele acrescentou que este vandalismo acontece em nossa Cidade por completa ausência de qualquer policiamento. É bom lembrar que o Quartel e a Escola da Polícia Militar ficam nas imediações  do caminho onde as obras estão instaladas.

Juarez falou ainda que a situação é tão caótica com relação a segurança pública que agora quando algum órgão encomenda um busto ou uma estátua para ser colocado em praça pública ou numa avenida solicitam que não sejam feitos em bronze, que é muito mais duradouro e pujante, e sim em fibra de vidro porque os roubos são muitos desses monumentos.