terça-feira, 29 de julho de 2014

SALÃO DE ARTE EM VITÓRIA DA CONQUISTA


Obra "Linha Fina" de Carla de  Carvalho
 As vinte e cinco obras selecionadas em Vitória da Conquista estão expostas no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima , desde o último dia 18 e ficarão até 31 de agosto. A  mostra poderá ser visitada diariamente, das 9 às 21 horas, com entrada gratuita. Na noite de abertura, com a presença dos artistas e demais convidados, um júri especializado concedeu prêmios de R$ 7 mil, cada um, para três trabalhos, assim como menções especiais, e houve também o Prêmio do Público, escolhido através do voto dos visitantes. O evento conta com o apoio da Diretoria de Espaços Culturais da SecultBA e da Prefeitura de Vitória da Conquista.

Foto "Réquiem Velha Bahia", de Flávio Lopes
O Salão em Vitória da Conquista apresenta  obras em diversos estilos e gêneros, com temática livre, de artistas não apenas de Conquista, mas também de Salvador, Juazeiro, Ilhéus, Lençóis, Araci, Seabra e Feira de Santana. A exposição finaliza a retomada da edição de 2013 do projeto, que foi suspenso no ano passado para a regularização de compromissos relacionados ao cumprimento aos Decretos nºs 14.682 e 14.710/2013, que determinaram o contingenciamento no orçamento das secretarias e órgãos estaduais. Antes, ainda em 2013, os Salões de Artes Visuais da Bahia haviam sido realizados em Feira de Santana e Teixeira de Freitas. Este ano, foi a vez de Barreiras, no Oeste, Lençóis, na Chapada Diamantina, e agora Vitória da Conquista.

Consolidados em 21 anos como um dos principais meios de incentivo à criação e difusão de produção artística e à dinamização dos espaços expositivos do interior do estado, os Salões de Artes Visuais da Bahia objetivam apresentar a diversidade da produção baiana em artes visuais, divulgar o trabalho dos artistas e estimular a reflexão sobre temas atuais da área. Na edição de 2013, houve um recorde de inscritos: das 463 propostas apresentadas, por meio de edital público, foram selecionadas 108 obras realizadas por 77 diferentes artistas.

OS PARTICIPANTES

Veja os nomes dos artistas participantes do salão: Alex Moreira, com a obra “Planta de Arte” (técnica mista - computação gráfica e impressão); Alex Oliveira, “Ritos de Passagem” (videoarte); Álvaro Villela, “Nós, os marcianos” (fotografia); André Souza, “Castelo” (impressão sobre papel fotográfico); Carla de Carvalho, “Fina Linha” (mista de prensagem das fibras da tala da folha do coqueiro da Bahia tingidas e ourivesaria em cobre e latão); Clara Domingas, “In memoriam” (pintura); Devarnier Hembadoom Apoema, “Vitória Régia, (fotografia); Fábio Duarte, “Série Salvador/Ruído e Desalinho em Tons Vibrantes” (fotografia de aparelho móvel); Fábio Gatti, “Eu Boneca” (instalação fotográfica); Fernando Gomes, “Reencontro A” (fotografia); Flávio Lopes, “Réquiem para a Velha Bahia” (Videoarte); Flos, “Grafiitti em mobiliário urbano” (intervenção); George Neri, “Pipa” (instalação); João Oliveira, “Ficções. Segmento do dorso” (gravura em metal – tríptico); Márcio Junqueira, “Self Portrait (2012)” (Videoarte – tríptico); Núbia Pinheiro, sem título (fotografia); Pablo Cordier, “Derradeiro ato; último aplauso (Desenho poliptico);Pedro Juarez, sem título (políptico de fotografia); Roberta Nascimento, “Reação em Cadeia: Agente se Liga em Você” (performance instalação); Rodrigo Freire, “Code” (intervenção); Rodrigo Wanderley, “Noites Interiores” (fotografia); Talitha Andrade, “Diário de Notícias” (intervenção urbana); Tina Melo, “Velados” (instalação); Wianey Santiago, “Corria, enquanto atravessava. Sweet para quando estiver pensando em você não marear” (instalação); Yúri Ferraz, “Instalação com 10 pinturas” (instalação). ( Informações de João Saldanha)



quarta-feira, 23 de julho de 2014

CONCURSO DE FOTOS EM CONTAGEM

Revelar as belezas e as peculiaridades da cidade de Contagem  e de seu patrimônio é o objetivo da Prefeitura, por meio da Fundação Cultural de Contagem (Fundac), na realização do sexto concurso de fotografia "Revelando Contagem". O concurso faz parte do calendário oficial de eventos do município e teve início em 2009. Podem participar do concurso, fotógrafos amadores ou profissionais de todo o Estado.
Com o tema "Essa Gente de Contagem", o concurso será realizado no período de 30 de junho a 29 de agosto. Nesta edição do Revelando Contagem, a Fundac busca fomentar as produções fotográficas que revelarão a beleza das pessoas, por meio das festas e manifestações. O concurso visa registrar o cotidiano das pessoas, seus hábitos, as particularidades étnicas, a origem da população, a religiosidade, o lazer, o transporte, a formação familiar, retratando o dia a dia das pessoas.
A presidente da Fundac, Renata Lima, convida os participantes a viajarem por Contagem. "O sentimento de pertencimento a esta cidade e o orgulho de ser contagense se estampa nos rostos e nos gestos das pessoas que nasceram, trabalham ou simplesmente visitam nossa cidade para participar dos festejos e tradições. Que seu olhar seja compartilhado conosco e com toda a cidade, desejo sucesso aos participantes", incentiva Renata Lima.
Inscrições
As inscrições para a 6ª edição do concurso Revelando Contagem estão abertas até o dia 8 de agosto. As fotografias, acompanhadas da Ficha de Inscrição (Anexo I) e das cópias dos documentos de identidade e CPF, devidamente preenchida e assinada pelo autor, bem como a declaração, se houver, da participação de menor (Anexo II), e a Autorização de Uso de Imagem (Anexo III), deverão ser enviadas para o e-mail revelandocontagem@gmail.com, ou entregues na sede da Fundac, pessoalmente ou  por meio de Sedex, com postagem até a data limite prevista no item 5.1, no endereço localizado a rua Doutor Cassiano, 120, Centro, Contagem. CEP: 32.017-230.
Premiação
A 6ª edição do evento conta com apoio e patrocínio do Big Shopping. As três melhores fotos e seus respectivos autores serão conhecidos no dia 29 de agosto de 2014 e receberão a premiação: 1º prêmio: R$ 3.000,00 ; 2º prêmio: R$ 2.000,00  e 3º prêmio: R$ 1.000,00.
(Texto AI)

domingo, 6 de julho de 2014

PERFORMANCE CARIMBA A 3a. BIENAL DA BAHIA

Foto Google
A performance da artista portuguesa  na 3ª Bienal da Bahia
Após 46 anos a Bienal da Bahia iniciou sua 3ª edição (dia 29 maio de 2014 ) marcada pela performance da artista portuguesa Luisa Mota, que em forma de um cortejo ou procissão, como querem alguns , levou 70 pessoas, divididas em dois grupos, a desfilarem do Solar do Unhão até o Passeio Público. Algumas completamente nuas e outras vestidas com um papel laminado. Evidente que as pessoas desfilando sem roupas chamaram a atenção e provocaram até protestos dispersos de  espectadores  pegos de surpresa.
Para uma integrante do grupo que desfilou nua sua presença ali foi uma forma de protesto, porque em sua opinião o artista não pode ficar preso a dogmas. Outro disse que esta performance serve para abrir a mente das pessoas. Entendo, que servindo de protesto ou mesmo para abrir a mente das pessoas foi a performance que carimbou esta Bienal e, assim ficará registrada para sempre.
Aprecio quando a arte sai dos espaços limitados de uma galeria e ganha as ruas e os parques para que um número maior de pessoas veja e se expresse diante do que está sendo apresentado, quer seja através uma performance ou mesmo em presença de uma escultura ou outro objeto de arte.
Acho importante que após mais de quatro décadas a Bienal da Bahia seja retomada e todos os envolvidos merecem aplausos, porque sei que o esforço foi grande para reunir todo este pessoal e colocar em prática este evento. Porém, defendo que a nossa Cidade tem carências extraordinárias e a primeira delas é a falta de um imóvel apropriado e moderno para abrigar grandes mostras de arte .Com estes R$7 milhões gastos com a Bienal poderia ter sido construído um prédio que ficaria ai por muitos e muitos anos servindo a bienais, mostras grandiosas, performances e todo tipo de manifestação artística, a exemplo do que acontece no Ibirapuera, em São Paulo e, em outras cidades.Agora mesmo a cidade de Campina Grande, na Paraíba, está edificando um prédio para um museu regional. O nosso Museu de Arte Moderna precisa de um espaço mais adequado. O prédio centenário e majestoso  do Solar do Unhão é inadequado, apesar dos esforços de climatização.
Reconheço e tenho convicção que esta Bienal vem resgatar a posição da Bahia no cenário da arte nacional e mexe com a consciência e comportamento das pessoas. Ainda devemos registrar que não deixou de fora artistas que há anos vêm contribuindo com a  arte baiana entre eles Juarez Paraíso e Sante Scaldaferri. É claro que não são os únicos, mas temos que entender que a limitação física e financeira são algumas determinantes quando vai se realizar um evento.Outro aspecto considerável é que retoma as duas bienais anteriores, servindo para informar aos jovens artistas ou não e, deixar registradas como essas manifestações anteriores foram mostradas em nossa Cidade.
Mas, como dizia Drummond : "No meio do caminho tinha uma pedra".Um dos convidados, o artista português Antonio Manuel recusou participar e protestou considerando que "Reencenar essa exposição é uma loucura. Estão fazendo isso sem considerar o que aconteceu naquele ano de 1968.Temo muito pela coisa".
Ele participou da 2ª Bienal da Bahia com um painel de 4 metros chamado "Repressão Outra Vez," onde enfocava a  violência nas ruas entre policiais e estudantes. Seu painel desapareceu e dizem que teria sido queimado pela repressão.
Devido a este fato Antonio Manuel , que é um premiadíssimo cineasta, e atualmente mora no Rio de Janeiro, disse que a 3ª Bienal da Bahia " não respeita esse clima", referindo-se a violência da ditadura. E, acrescentou: "Eles assumem com esse nome o passivo da memória da ditadura, da violência. Estou indignado com essa história, com essa tentativa de criar algo político sem dar a mínima satisfação aos artistas. Espero que não copiem nem encenem o meu trabalho".
Os curadores têm tentado convencer com explicações, às vezes não convincentes, recolocar a memória e um deles chega a afirmar que " não é um remake "  e, sim que, " queriam reencenar uma luta."
 Ora, remake significa reefilmagem, reepresentação, reedição, reencenação, etc..Portanto, Antonio Manuel tem razão no seu protesto. Acrescento também  que não sabemos  como reagiriam a este remake de R$7 milhões os artistas  participantes da 2ª Bienal , já falecidos.
Vamos aguardar a segunda etapa!